DO MUNDO

 

 

– FESTA PORTUGUESA NOS EUA

Bispo de Santarém presidiu às Festas do Divino Espírito Santo em Fall River

D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, presidiu, no dia 27 de agosto às “Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Nova Inglaterra”, com a comunidade portuguesa de Fall River, no Estado norte-americano Massachusetts.

O Bispo de Santarém, desenvolveu a homilia da Missa celebrada na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, a partir das palavras: “trabalho, bondade e festa”.

Sobre o trabalho, D. José Traquina, começou por afirmar que ele é necessário para uma realização na vida, e colaborar na “edificação de um mundo Melhor”. Assinalou que Jesus também trabalhou e foi conhecido como “o filho do carpinteiro”.

Sublinhou o testemunho dos portugueses, especialmente dos Açores, que há muitos anos rumaram para os Estados Unidos da América para edificarem as suas vidas. Por acréscimo, os seus rendimentos, produziram crescimento económico do seu país. Destacou ainda o “trabalho voluntário”, visível na realização daquelas grandiosas festas.

D. José Traquina, explicou como a “bondade” que se traduz em “atenção, perdão e generosidade”, exprime o amor humano e o melhor do interior de cada pessoa”, isto é, o seu coração.

“A bondade é uma graça do Espírito Santo, e nesta Grande Festa, a bondade está bem expressa, no cuidado da partilha de bens, que se realizou na sexta-feira”, afirmou o Bispo de Santarém que no dia 25, presidiu á bênção de vários tipos de alimentos, distribuídos, depois às pessoas.

Destacou ainda outras formas de bondade patentes entre gerações, pessoas de todas as idades, jovens e menos jovens, colaborando juntas. “A bondade é fundamental para a salvação do mundo, para a salvação do planeta Terra e do futuro da humanidade”, sublinhou o Bispo.

Sobre a “festa” que representa a plenitude da vida humana, “deve ser a marca do cristão”, D. José Traquina afirmou que, para ser “autêntica”, tem de ter “alegria e paz”, e, na Igreja aprende-se a viver a vida em comunidade e alegria.

“Deus quer que haja festa no mundo, mas há muitos milhões de pessoas para quem a vida não tem festa, é mais parecida com o inferno. Por isso mesmo há muito a fazer para que o mundo seja mais justo e melhor”, concluiu, considerando que a Festa ao Divino Espírito Santo, promovida pela comunidade portuguesa de Full River, “é profética”.

Várias entidades religiosas, civis e políticas, participaram nestas festas, nomeadamente o vice-presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, e o cônsul de Portugal em New Bedford.

 

 

 

– FRATERNIDADE PRESBITERAL NO BRASIL

Dioceses reuniram-se no Brasil, para fortalecer Fraternidade Presbiteral

Teve lugar em agosto, na diocese de S. José de Rio Preto, uma formação, nas dependências do Santuário de São Judas Tadeu, destinado a sacerdotes da sub-região Ribeirão Preto 2, da qual fazem parte também, as Dioceses de Jales, Votuporanga, Catanduva e Barretos.

A iniciativa profundamente marcada pelo incentivo à fraternidade presbiteral, foi aberta com uma oração no Santuário, tendo o reitor local e coordenador de pastoral da Igreja Particular anfitriã, Pe. Luiz Caputo, apresentado um panorama de atividades realizadas na Comunidade e na Obra Social anexa, que acolhe 400 crianças e adolescentes, além de profissionalizar cerca de 130 jovens e adultos em diversas áreas.

O Pe. Luís Fernando da Silva abordou o tema da “humanidade”, que carateriza a Igreja e o entendimento do exercício do Ministério em uma realidade cultural variada. “Somos presbíteros, no contexto de encontro de todas as culturas. Dialogar, não nos faz perder a identidade. Por nossas mãos ungidas, passa a comunhão da Igreja”, sublinhou o Pe. Luís Fernando.

Debruçados sobre o texto da Encíclica Populorum Progressio, de São Paulo VI, foi tomado o “desenvolvimento dos povos”, como meta. Para ser autêntico, deve ser integral, isto é, promover todos os homens e o homem todo.

O bispo de Catanduva, Dom Valdir Mamede, que articula ações voltadas à fraternidade sacerdotal, apresentou o que já foi feito para favorecer o diálogo, a formação e a confraternização dos padres, iniciativas que fazem parte dos programas locais e comuns das Dioceses do Noroeste Paulista.

Considerando o cuidado dedicado aos padres, já tinha sido inaugurado no dia 2 de agosto, em S. José de Rio Preto, a Casa de Acolhimento Presbiteral, Santo Cura D’Ars.

Neste encontro participaram cerca de 110 presbíteros.

 

 

– PROMOÇÃO DA MULHER NAS FILIPINAS

Mulheres Badjao, nas Filipinas invertem a tendência.

Os Badjao ou Bajau (homens do mar), são uma das tribos indígenas das Filipinas, cuja cultura e subsistência estão ligadas ao mar. Uma tribo de ciganos do mar, (assim chamados por se deslocarem de acordo com o vento e a maré, a bordo dos seus pequenos barcos-casa ou “vintas”). Habitam as águas e costa do arquipélago de Sulu, na ponta sudoeste das Filipinas.

Nos últimos anos, comunidades Badjao, vieram fixar-se em Cebu, aproximadamente a 600 quilómetros de Sulu. Muitos vivem em condições precárias, e as oportunidades de trabalho são limitadas., por não terem níveis suficientes de educação e competências.

Em média os Badjaos não permanecem mais que seis meses na escola.

Em julho de 2022, um grupo do Centro Nano Nagle, administrado pelas Irmãs da Apresentação de Maria, que trabalha para melhorar a vida das comunidades, visitou o Centro de Desenvolvimento Profissional Banilad – BCPD, uma escola técnica criada por membros do Opus Dei em 1992.

Beth Lopez, diretora do BCPD, apresentou projetos destinados a reduzir a pobreza, mas a pandemia COVID-19, obrigou a adiar.

Com grandes sacrifícios impostos por deslocações difíceis para poderem frequentar aulas semanais, 25 mulheres concluíram uma formação intensiva que contou com o apoio da AusAid-Reledev Australia, que financiou o projeto, em 3 de dezembro de 2022.

Estas mulheres, tem agora competência profissional para trabalhar na indústria da panificação e pastelaria.

O projeto continua em 2023-2024, com uma segunda turma de alunas, já inscritas na escola técnico-profissional BCPD, fundada por pessoas do Opus Dei.

 

 

 

– PAPA NA MONGÓLIA

Mongólia recebeu com alegria a visita do Papa Francisco

Pela primeira vez a Mongólia recebeu o Chefe da Igreja Católica. Tratando-se dum país de maioria budista, onde reside a mais pequena comunidade católica do mundo com cerca de 1500 fiéis, (0,04% da população), naturalmente que foi o lugar ideal para o Papa descansar um pouco, após as multidões imensas de jovens, com quem viveu na JMJ de Lisboa.

Os mongóis assim o entenderam proporcionando um justificado descanso após os 8000 quilómetros de viagem.

Enquanto descansou, o acolhedor povo da Mongólia, ofereceu a jornalistas e funcionários do Vaticano que fizeram parte da comitiva, um espetáculo exibindo os seus trajes coloridos, suas danças tradicionais e músicas populares.

O grande dia de festa, com a presença do Pontífice, teve lugar no sábado, dia 2. O Papa Francisco deslocou-se à Catedral dos Santos Pedro e Paulo, com a característica forma em ger (habitação circular dos povos nómadas da Mongólia), para falar aos bispos, sacerdotes, missionários, consagrados, religiosas e agentes de pastoral da Prefeitura Apostólica de Ulaanbaatar, que abrange todo o território mongol.

Antes de chegar ao local. O Papa reuniu-se num iurt, com a mulher budista que encontrou a imagem de Nossa Senhora, no lixo.

A imagem foi entronizada e o cardeal Marengo, prefeito apostólico, confiou-lhe a Igreja na Mongólia, segundo informação da Vatican News

“Deus ama a pequenez e gosta de realizar grandes coisas, mediante a pequenez, como testemunha Maria. Irmãos e irmãs, não tenham medo dos números exíguos, dos sucessos que tardam, da relevância que não se avista. Não é este o caminho de Deus. Olhemos para Maria que na sua pequenez é maior que o céu”, indicou o Papa Francisco aos participantes nesse encontro.

“Os irmãos e irmãs da Mongólia que possuem um forte sentido do sagrado e – como é típico do continente asiático – uma vasta e articulada história religiosa, esperam de vós este testemunho e sabem reconhecer a sua genuinidade”, apontou também.

«Os governos e as instituições seculares, nada tem a temer da ação evangelizadora da Igreja, porque esta não tem uma agenda política, a concretizar, mas conhece só a força humilde da graça de Deus e duma Palavra de misericórdia e verdade, capaz de promover o bem de todos», concluiu o Pontífice.

O encontro ecuménico e inter-religioso, teve lugar no dia 3, no Teatro Hun, também em forma de ger. A celebração eucarística para a comunidade católica mongol e de países vizinhos, foi celebrada na Arena da Estepe.

 

 

– DE BARCELONA A LISBOA

Peregrinação à JMJ Lisboa 2023, inspira caminhada de 1276 quilómetros

Um grupo de 80 jovens, fez 1276 Km a pé, desde a sua paróquia de S. Rafael, em Barcelona, até Lisboa, para participar na JMJ, mas também para angariar fundos para construção de igreja, na sua paróquia.

“Foi uma prova dura, com bolhas e dores nos pés, cansativa, com caminhadas médias de 38 km, dificultando a coesão do grupo, numeroso, por vezes lento, mas as alegrias superaram as tristezas, a alegria de estar juntos, de superar as diferenças, levou-nos a poiar-nos uns aos outros”, contou a peregrina Olga Napria á Agência Ecclesia.

Durante 40 dias, o grupo caminhou com duplo objetivo: participar na Jornada e angariar dinheiro para construir a sua igreja paroquial.

“Temos uma paróquia que esteve muitos anos sem culto. Agora estamos numa garagem, em condições pouco dignas, e temos pedido aos nossos amigos que, por cada quilómetro, nos deem um euro. É uma campanha muito bonita. Somos uma paróquia que está muito viva”.

“Viemos andando porque peregrinar é uma forma de aprender a viver. A peregrinação tem dias mais duros, outros mais fáceis, experimentamos muita convivência e fraternidade, e na peregrinação, aprende-se a contemplar no silêncio, aprende-se ‘a estar’”.

“Quando cansada, outro te leva a mochila; quando choras, alguém te abraça. A fraternidade experimentada é muito especial, sobretudo o encontro com Jesus, porque tivemos oração diária e sentimo-nos muito perto de Deus,” valorizou Olga lamentando que outros não tenham a oportunidade de experienciar o que o grupo viveu.

 

 

– DIMINUIÇÃO DE CATÓLICOS NO BRASIL

Evasão de fiéis católicos, preocupa a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enfrenta um cenário desafiador para combater a evasão dos fiéis e a migração de católicos para outras religiões cristãs. Ao mesmo tempo busca promover o diálogo e propor uma mensagem que seja relevante para diferentes faixas etárias, especialmente em contextos de desigualdades sociais no país. A metáfora de “ser sal da terra” e “luz do mundo”, baseada no Evangelho de Mateus, emerge como uma proposta para enfrentar esses desafios.

De acordo com o presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, a diminuição do número de católicos é uma questão que preocupa a Igreja. Em uma entrevista ao Vatican News, alerta para a possibilidade de o país perder o título de país “mais católico” do mundo. Com a divulgação dos dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Existe ainda a possibilidade de a percentagem de católicos descer para nível inferior aos 50 %.

Diante deste contexto desafiador, Dom Jaime convoca, os fiéis leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas para uma reflexão sobre como ser “sal da terra”, “luz do mundo” e “fermento na massa”.

A proposta, completou o Arcebispo, é, como  encontrar uma linguagem que seja capaz de propor a mensagem ao adolescente, ao jovem, ao adulto de hoje, marcados por desigualdades imensas, mas também por avanços tecnológicos extraordinários.

 

 

– SÍNODO – ÁFRICA

Africanos reuniram-se em Nairobi, Quénia preparando a sessão de outubro.

Os participantes africanos no Sínodo, reuniram-se durante dois dias em Nairobi, no Quénia. para se conhecerem e se familiarizarem com o Documento Continental e o Documento de Trabalho do Sínodo, Instrumentum Laboris, segundo informação do Vaticano com data de 17 de agosto.

No discurso de abertura, o Presidente do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM), Cardeal Fridolin Ambongo, convidou os participantes a trabalhar juntos, como família de Deus e entrar na dinâmica do Sínodo.

“O Sínodo sobre a Sinodalidade, é um momento histórico e especial em relação ao seu tema, sua característica especial, de caminhar juntos e ouvir uns aos outros e ao Espírito Santo, é o seu estilo distinto que o diferencia de todos os sínodos anteriores”, disse o Cardeal Ambongo.

Por sua vez, o Secretário-geral do SECAM, Padre Rafael Simbine Jr, insistiu para que o encontro fosse encarado como um pré-Sínodo. Iriam realizar duas atividades: o reexame do Documento sinodal africano e do Instrumentum Laboris

“Os objetivos deste seminário, foram basicamente quatro: Que os participantes no Sínodo se conheçam e se reconheçam, se familiarizem com o documento Instrumentum Laboris, e façam perguntas de esclarecimento, aprofundem a metodologia da Conversa Espiritual e compartilhem expectativas pessoais sobre a próxima reunião em Roma”, disse o Padre Simbine

Iniciando o encontro, o Padre Vitalis Anaheobi, lembrou resumidamente o Documento continental da África, apresentado após o encontro em Adis Abeba, Etiópia, destacou as prioridades que incluem entre outras a necessidade de alinhar os princípios da sinodalidade com o Evangelho e os valores africanos; uma Igreja empenhada em promover a paz e a justiça no contexto africano, marcado pela exploração de recursos e conflitos sociais; promover a comunhão no contexto da subsidiariedade e de corresponsabilidade de todos os batizados da Igreja, pastoral da família, e uma Igreja comprometida em abordar a justiça ecológica e a administração.

Sobre o Instrumentum Laboris,, Dom Lúcio Muandula, recordou as duas seções do Documento de trabalho, chamando a atenção para os frutos já colhidos e os passos que devem ser tomados, a partir de agora.

“Com o Espírito Santo como protagonista, o caminho sinodal foi uma oportunidade para a Igreja em África”, disse Dom Lúcio. Porque “a Igreja sinodal, fundada no reconhecimento da dignidade comum de todo o batizado, como membro da Igreja, inspirado pelo Espírito Santo, é enviado para cumprir uma missão”.

Segundo o Cardeal Ambongo, a Igreja de África agradece ao Papa Francisco que nomeou, do Continente 5 cardeais, 48 bispos, 6 sacerdotes, 6 religiosas e 2 leigos para participarem no Sínodo.

Estiveram presentes representantes das oito Regiões do SECAM.

 

 

– CAMARÕES, INAUGURAÇÃO DE CATEDRAL

Diocese de Maroua – Makolo, Camarões concretizou sonho antigo

No dia 8 de julho, foi inaugurada a Catedral da Diocese de Maroua – Makolo, numa cidade com mais de 600 mesquitas.

“Para a comunidade cristã local, foi um dia de festa, depois de anos em que as celebrações ocorriam por vezes debaixo de copas de árvores”, segundo o comunicado enviado pela AIS, à Agência Ecclesia.

A consagração do templo, que teve o apoio da FAIS para a construção, foi a etapa final de um projeto que começou há 9 anos e que se tornava cada vez mais urgente, dada a exiguidade do espaço que servia para o culto.

O bispo D. Bruno Ateba Edo, celebrava numa igreja pequena e degradada, ou debaixo de copas das árvores, a que chamavam a “bio – catedral”.

O edifício da nova catedral, dedicada a Nossa Senhora, encheu de orgulho a comunidade local e de satisfação D. Bruno Ateba.

Os frescos que decoram o interior foram pintados por um artista local, ajudado pelos seus alunos, em que se misturam motivos cristãos e da cultura africana local.

A Diocese de Maroua- Makulo foi criada em 1973 e está situada no extremo norte dos Camarões, cobrindo uma área de 14.332 quilómetros quadrados. Faz fronteira com a Nigéria e o Chade, numa das zonas mais pobres do país. É também marcada por um grande número de deslocados e refugiados.

 

 

– CARDEAL PAROLIN EM ANGOLA

O Secretário de Estado do Vaticano cumpriu uma densa agenda, numa visita de três dias a Angola

O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, deslocou-se a Angola, onde presidiu à cerimónia de ordenação episcopal de D. Germano Pienemote, recentemente nomeado Núncio Apostólico do Paquistão.

No dia 11 de Agosto, foi recebido pelo Presidente da República, João Lourenço, no Palácio do Governo da Província de Cunene, em Ondjiva.

Pietro Parolin disse, à saída da audiência, que ao Chefe de Estado, transmitiu, em primeiro, as saudações e desejos de bem-estar, do Papa Francisco a João Lourenço e à Nação angolana.

Com o Chefe de Estado, o Cardeal Parolin, abordou, igualmente, as relações da Igreja e o Estado angolano, sobretudo o Acordo Quadro, assinado pelas partes. Sobre este particular, o purpurado referiu, que tem sido satisfatório, considerando a implementação de muitos pontos subscritos.

O Secretário de Estado da Santa Sé, sublinhou ainda que tratou com o Chefe de Estado, a situação política internacional, sobretudo na República Democrática do Congo (RDC), no Niger e na Ucrânia.

Por sua vez, o Ministro angolano das Relações Exteriores, Teté António, disse que o Estado angolano, tem uma boa relação com o Vaticano e a vinda do Cardeal Pietro Parolin a Angola, representa o nível de relações que os dois Estados, desenvolvem.

 

 

– WOMEN DELIVER NO RUANDA

“Pela mudança social”, reuniu 6 mil mulheres em Rigali de 17 a 20 de julho.

Uma conferência internacional, no âmbito do projeto Women Deliver, teve lugar, pela primeira vez na África, com o fim de partilhar projetos para impelir uma abordagem feminina na construção de sociedades mais sustentáveis e integradas. Participou a cineasta Lia Beltrami que em nome do Observatório Mundial da Mulher, apresentou a exposição “O choro das mulheres” e o filme “in- Visibles” – obras apoiadas pelo Dicastério para a Comunicação.

Esteve também presente na abertura da Conferência Internacional, Graça Machel, que foi esposa de Nelson Mandela.

Participaram grupos da sociedade civil, governos, privados, fundações e associações caritativas, realidades juvenis, bem como comunidades que enfrentam discriminação sistémica.

Seis mil mulheres de todo o planeta reuniram-se para promover mudanças.

“Formar rede”, foi o desafio lançado pela cineasta, comparando a conferência a um banho de humanidade feminina, que quer sair do submerso, do anonimato.

 

 

– CÁRITAS NA MONGÓLIA

Cáritas Mongólia desenvolve projetos para construção de uma comunidade solidária.

“A missão da Cáritas Mongólia, consiste em devolver a dignidade aos pobres, através de um processo de capacitação, e em construir uma comunidade solidária para o seu bem-estar”, informou a Sala de Imprensa da Santa Sé num comunicado enviado à Agência Ecclesia.

Os trabalhos que desenvolvem são orientados por uma abordagem, assente nos princípios da Doutrina Social Católica. Neste momento são sete os programas que desenvolve: Capacitação de Cooperativas, Educação, Resposta a Emergências, Segurança Alimentar e Agricultura, Liderança e Defesa das Mulheres, Investigação e Desenvolvimento e Reintegração Social.

A Cáritas iniciou as suas atividades neste país no ano 2000 no apoio aos pastores afetados pelas “condições extremas” do inverno, conhecidas como «zud», entre 1999 e 2003. Ajudaram cerca de 450.000 pastores, que perderam cerca de três milhões de animais. Nessa altura, muitos pastores procuraram as zonas urbanas onde tiveram dificuldade em encontrar trabalho e abrigo.

O plano de emergência, garantiu a ajuda alimentar às populações., assistência médica e apoio a infraestruturas como reparação de poços e renovação de instalações educativas nas zonas rurais. Para tal a Cáritas Mongólia contou com a ajuda da Cáritas Internacional, passando oficialmente a fazer parte da Confederação de 162 Cáritas que atuam em 200 países e territórios, em abril de 2010

 

 

– APELO AO DEVER DE DILIGÊNCIA

Para uma economia global sustentável e justa.

Um grupo de 160 líderes religiosos de todo o mundo, uniram-se numa declaração conjunta, apelando aos legisladores da União Europeia, a “adoção de um quadro jurídico robusto”, para responsabilizar as empresas por danos ambientais e violações de Direitos Humanos.

A declaração enviada no início de julho à agência Ecclesia “reforça a necessidade urgente de uma economia global sustentável e   justa”, destacando “o papel crucial que o projeto de diretiva da UE relativa á devida diligência em matéria de sustentabilidade das empresas pode desempenhar na salvaguarda dos Direitos Humanos e do planeta”.

O dever de diligência consiste de processos através dos quais, as empresas podem identificar, prevenir, atenuar e levar em conta a maneira como abordam os seus impactos adversos, reais e potenciais (orientações da OCDE, para as empresas multinacionais, capítulo II – políticas gerais, parágrafo 10).

Em 2020, mais de 230 bispos católicos apelaram a uma legislação semelhante, recordou a CIDSE, família internacional de organizações católicas de justiça social que inclui a Fundação Fé e Cooperação (FEC), da Conferência Episcopal Portuguesa.

A COMECE, CIDSE, Cáritas e Movimento ‘Laudato Si’, entre outros, lançaram em março uma declaração conjunta para que coloquem os “titulares dos direitos e proteção dos Direitos Humanos no centro de uma lei de dever de diligenciada UE, forte e eficaz” em solidariedade com aqueles que em todo o mundo “ defendem a Criação e a dignidade humana, dos impactos negativos das atividades corporativas com fins lucrativos”.

 

 

– MEETING DE RIMINI

Encontro promovido pelo movimento “Comunhão e Libertação”, apontou a amizade como força geradora de paz

De 22 a 25 de agosto, teve lugar o Meeting de Rimini, com o tema «A existência humana é uma amizade inesgotável»

Segundo a organização, a iniciativa quis ser “um convite a descobrir ou a redescobrir, a amizade no seu significado profundo, na sua força geradora, nas suas origens e nas suas perspetivas para a existência de cada homem e para a construção de uma nova sociabilidade”.

Na homilia da Missa de abertura do Meeting de Rimini 2023, o Presidente da Conferência Episcopal Italiana, disse que a Europa “deve tentar de todas as formas ajudar as iniciativas de paz” segundo informou o portal Vatican News.

Considerou o cardeal Matteo Maria Zuppi, o pouco que se tem feito para se pôr fim ao conflito na Ucrânia, devendo a União Europeia, tentar de todas as formas, ajudar as iniciativas a favor de uma paz duradoura.

Segundo o Arcebispo de Bolonha “a amizade de todos os povos, choca com antagonismos e polarizações”, preconceitos resistentes e digitalmente amplificados, armam mentes, corações e mãos.

O Meeting, com conferências e debates, teve a participação de responsáveis religiosos, da política, da cultura e da sociedade civil.

Este ano, participaram três portugueses: o cardeal D, José Tolentino  num painel sobre a herança do Papa Bento XVI, teve um diálogo com o escritor e poeta Daniele Marcarelli. O Meeting contou também com a participação da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho e da jornalista Aura Miguel.

Este ano o Meeting de Rimini contou com transmissão online e pode ser acompanhado em espanhol, Inglês e Italiano.

 

 

– VISITA APOSTÓLICA

Mons. Fernando Ocáriz passou este verão pelas Filipinas, Indonésia, Austrália e Nova Zelândia em viagem apostólica.

Mons. Fernando Ocáriz, Prelado do Opus Dei, iniciou uma viagem apostólica a países do extremo oriente. Catequeses, visita a centros, estabelecimentos de ensino, encontrou-se com milhares de pessoas em áreas amplas, onde foram realizadas imensas tertúlias.

Foi acolhido em ambiente alegre e festivo, nas Filipinas, neste verão quente em que não faltou chuva intensa, vento forte e inundações. Nada disso interferiu no entusiasmo duma visita tão desejada quanto esperada! Multiplicaram-se atuações com poesia, música e dança, para proporcionar ao Prelado momentos de descanso.

As suas catequeses escutadas com grande emoção, porque não é todos os anos que o “Padre”, como carinhosamente o tratam, pode estar entre os que lhe querem muito e por ele, diariamente pedem ao Senhor, foram escutadas com respeitosa emoção.

Nas tertúlias, animadíssimas, não faltaram memórias que não se apagam, dos primeiros tempos da Obra quando foi avançando para oriente. Ouviram-se histórias, mas também recordações de peripécias engraçadas, de dificuldades e sucessos em trabalho diversificado porque o campo de ação, o lugar onde se santificam os associados da Obra é o mundo em todos os sectores e em todas as circunstâncias em que vivem os membros do Opus Dei.

Depois dos 12 dias nas Filipinas, passou pela Indonésia, deslocando-se às cidades de Surabaia e Jacarta.

Tornou-se histórica esta viagem, por ter sido a primeira vez que um prelado do Opus Dei, pisou terra da Indonésia, o maior arquipélago do mundo com mais de 17 mil ilhas.

Foi recebido no aeroporto por fiéis do Opus Dei, familiares e amigos levando tarjas coloridas com as palavras «Selamat Datang, Father!», (Bem-vindo, Padre! – em indonésio).

Em Surabaia foi visitar o Bispo Sutikno, ao hospital onde estava internado e veio a falecer poucos dias depois. A este Bispo se deve a presença da Obra na Indonésia. Desejou e conseguiu que entrasse naquele país maioritariamente muçulmano, através da sua Diocese.

Em Jacarta visitou o Núncio, rezou na capela da Nunciatura e dirigiu-se a um hotel para onde tinha sido convocada um encontro com famílias e cooperadores. Pelo caminho rapazes e raparigas que frequentam catequeses semanais, mostraram cartões de boas-vindas, feitos á mão.

Na Austrália, falou numa grande tertúlia, com 2000 pessoas. Apesar do número de participantes era apelas um encontro de uma grande família.

Tempo para perguntas, pedido de conselhos, testemunhos de vida, receios (infundados): Para lá da reforma é possível aumentar a juventude de espírito, porque “se amarmos a Deus, isso manterá a nossa alma jovem”, tranquilizou o Padre. Ao despedir-se, o Prelado pediu que rezassem pelo Papa.

Mons. Fernando Ocáriz, terminou a viagem apostólica, visitando a Nova Zelândia. O cansaço que estas longas viagens provocam foi amenizado pelo entusiasmo e alegria com que em todas as cidades foi acolhido.

Recordando uma afirmação do Prelado, podemos crer que esteve sempre feliz, ensinando os outros a superar limites, porque, como disse «Ser generoso com os outros é a maior felicidade».

 

 

 


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