aCONTECIMENTOS eclesiais
DO PAÍS
IGREJA – Identidade dos Jovens
Em tempos de confusão, o Padre José Luís Coelho apresentou propostas para ajudar os jovens a conquistar a identidade
O Padre José Luís Coelho, da Comunidade Shalom, escreveu um livro destinado a jovens e educadores, no qual elabora e desenvolve a construção da identidade, a partir de “quatro pilares”.
“O primeiro, situa-se sobretudo na idade da juventude e está relacionado com a parte da sexualidade e da afetividade”.
O livro é o resultado de muito trabalho e experiência no acompanhamento de jovens em vários países. Como se vivem tempos de muita confusão, ao nível da identidade, o autor recolheu “material, para ajudar pais, educadores e os próprios jovens a terem alguns critérios,” sublinhou o autor em entrevista concedida à Agência Ecclesia.
Sobre outro pilar, o do “papel social”, realçou a importância de aprender a fazer, porque é importante contribuir para a sociedade.
Na juventude os jovens abraçam os “valores que marcam” o futuro, porque “os sistemas políticos passam”, mas os valores ficam, afirmou o sacerdote da Comunidade Shalom, após ter questionado: «Qual é o jovem que não gosta de paz, da solidariedade, da amizade da transformação da sociedade!?»
O “sentido da vida”, é outro pilar que o sacerdote aponta e está relacionado com a vocação.
D. Nuno Almeida, bispo nomeado para a Diocese de Bragança-Miranda, assina o prefácio do livro que tem por título «Os jovens – A conquista da Identidade», refere que “o livro é como uma mochila pedagógica que nasceu do caminhar com os jovens e com pessoas de outras idades, da escuta e do acompanhamento, e deseja ser um livro vivo, de trabalho, de ajuda, a cada jovem, aos pais e a outros educadores, aos animadores dos grupos de jovens, do acompanhamento de pessoas no seu crescimento, a todos os que participam da educação e da pastoral de jovens”, sintetizou D. Nuno Almeida.
IGREJA – Companhia de Jesus
Simpósio reflete sobre a história da Companhia de Jesus
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Revista «Brotéria», da Companhia de Jesus, e Advanced Jesuit Studies do Boston College promoveram de 12 a 14 de junho, em Lisboa, um Simpósio internacional com 120 especialistas mundiais, na história dos jesuítas.
As reflexões decorreram nas instalações da Brotéria, na Sala de Extrações da Santa Casa e no Convento de S. Pedro de Alcântara, na zona do Bairro Alto.
Esta iniciativa inédita, realizou-se a poucas semanas do arranque da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa e teve como objetivo aprofundar “o conhecimento sobre a Companhia de Jesus e suas missões ao longo dos séculos”, segundo nota enviada à Agência Ecclesia.
Durante os três dias do simpósio, decorreram diferentes painéis de discussão dedicados à história e missão dos jesuítas, abrangendo inúmeras perspetivas da sua atividade em diferentes momentos da sua existência.
Os investigadores presentes, tiveram também oportunidade de apresentar propostas de estudo sobre as diferentes componentes da vida dos jesuítas, nomeadamente do seu papel na sociedade e no impacto que esta terá tido na sua estrutura e missão.
Os trabalhos foram presididos pelos padres Casey Beaumier, do Advanced Jesuit Studies do Boston College, e Francisco Mota, diretor-geral da Brotéria.
IGREJA - Jovens católicos em Portugal
Em Portugal, 56% dos jovens, são religiosos
O Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), da Universidade Católica, realizou o estudo “Jovens, Fé e Futuro” e concluiu que 56% dos jovens são religiosos e destes, metade são católicos.
As principais conclusões do estudo realizado pelo CEPCEP, foram debatidas nas Jornadas do Episcopado Português, que terminaram em 21 de junho em Fátima, sob o tema “JMJ Lisboa 2023 – Desafios Pastorais – Pós-jornadas para as Dioceses e para a CEP”.
O estudo realizado pelo Centro da Universidade Portuguesa, vai ser apresentado à comunicação social no dia 6 de julho em Lisboa, e foi realizado a partir de um questionário online, entre abril e outubro de 2022, contando com 2480 respostas de jovens entre os 14 e os 30 anos.
Este estudo realizado para a Conferência Episcopal Portuguesa, vai, após a apresentação na UCP e a realização da Jornada Mundial da Juventude, fazer parte de uma publicação que inclui análises aos dados apurados, onde estão também refletidos os valores, os desafios do futuro e o envolvimento dos jovens na construção desse futuro.
PAÍS – Évora recebeu alunos da EMRC
Évora recebeu encontro de alunos de EMRC
No dia 4 de maio, a localidade de Sousel, no Alentejo, recebeu de “braços abertos” cerca de 2500 alunos da disciplina de EMRC e 250 professores acompanhantes, vindos das 22 escolas da Arquidiocese de Évora.
“Falar em jovens é falar em audácia, criatividade e generosidade”, disse D. Francisco Senra Coelho ao referir-se a este encontro que teve por tema «Cristo Vive».
O Arcebispo de Évora referiu que um encontro desta natureza “é uma espécie de transfusão de sangue em entusiasmo”, e no local as pessoas ficam “mais novas”.
O encontro dos jovens tem “esta vida” e D. Francisco Senra Coelho vinha preparado para “dar um mergulho de água viva”.
“Aqui estou a ficar mais novo e na vida dos jovens encontro-me com Cristo, no seu olhar, na sua alegria e espontaneidade”, reconheceu.
Com início às 9.30 h e término pelas 16.30 h, foi um dia “marcado pela festa, júbilo e partilha de momentos inesquecíveis”. E concluiu:
“Há uma coisa que é muito bonita: Tudo isto é liberdade, porque esta disciplina é livre, visto que são os alunos que escolhem e decidem. Hoje é dia de liberdade e de festa!”
Para o presidente da Câmara Municipal de Sousel, Manuel Valério “foi uma honra” receber o encontro que “vai ficar na memória dos alunos”.
PAÍS – Açores – Opção Pastoral
Bispo de Angra quer «a família como grande opção pastoral».
Na primeira reunião do Conselho Diocesano de Pastoral, que teve lugar no dia 17, nos Açores, o bispo de Angra, afirmou que quer colocar a família como grande opção pastoral.
“O que proponho é que se faça uma reflexão para ver, por exemplo, se a catequese está a fazer adultos discípulos, ou se se limita a uma série de festas, porque julgo que este é o grande drama da Igreja: estamos a dar sacramentos, mas não criamos discípulos”, disse D. Armando Esteves Domingues, na reunião deste Conselho Pastoral, realizado pela plataforma Zoom.
A reunião contou com a participação de representantes da pastoral familiar – pastoral territorial, e dos principais movimentos ligados à família, como o Centro de Preparação para o Matrimónio, (CPM), e Equipas de Nossa Senhora e o Movimento Esperança e Vida, resultando o envolvimento de pessoas de todas as Ilhas do Arquipélago.
O bispo de Angra, assinalou que esta área da pastoral “é transversal, comunitária, sinodal e contínua”, tocando todas as pastorais da Igreja e precisam de “garantir o respeito pela individualidade de cada situação concreta sem perder de vista a comunidade.
Olhar a pastoral de uma paróquia, a partir do óculo da família é olhar para o essencial dessa comunidade”, acrescentou, destacando a “proximidade”, como a “melhor resposta da Igreja”.
Da reunião constou também uma reflexão sobre o documento “Itinerários Catecumenais para a vida matrimonial. Diretrizes pastorais para as Igrejas particulares”, da Santa Sé, apresentado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, no X Encontro Mundial das Famílias (2022), em Roma.
PAÍS – Biografia do Padre Cruz
«Padre Cruz. O Santo do Povo». Foi o título dado à biografia da autoria de Ana Catarina André e Sara Capelo
Foi apresentada em conferência de imprensa, no início de maio, em Lisboa, a maia recente biografia do Padre Cruz, pelas autoras da obra.
Em entrevista à Agência Ecclesia, Ana Catarina André, lembrou que este Sacerdote, atravessou épocas muito distintas, desde os finais do século XIX, até meados do século XX. tendo-se destacado pela dedicação aos pobres, doentes, presos, foi capaz de fazer pontes entre pessoas de classes mais elevados, trouxe muitas pessoas de regresso à Igreja.
Tanto para Ana Catarina André, como para a coautora, Sara Capelo, o Padre Cruz, ultrapassa a figura gasta do “eleito pela devoção popular”. Foi um percurso duma existência de 89 anos intensamente vividos.
Percorreu Portugal, desde o Minho ao Algarve, sempre pronto a acorrer, onde a sua presença era solicitada. Acompanhou-o desde muito novo a fama da sua santidade.
Foi o comboio, o meio de transporte mais utilizado nas muitas deslocações que fazia. Deslocou-se também à Madeira e aos Açores, onde foi recebido de forma apoteótica.
Francisco Rodrigues da Cruz, nasceu na localidade de Alcochete, Diocese de Setúbal, em 29 de Julho de 1859 e faleceu em Lisboa em 1 de outubro de 1948. Oito anos antes, em 3 de dezembro de 1940, tinha entrado para a Companhia de Jesus.
O processo de canonização teve início a 10 de março de 1951.Foi um processo moroso, aguardando-se a análise crítica da Comissão Histórica relativa a este Servo de Deus.
PAÍS – Caminho para Fátima
«Caminho do Centenário» foi inaugurado em Vila Nova de Gaia.
A Associação Caminhos de Fátima (ACF), juntamente com o município de Vila Nova de Gaia e mais de 40 entidades associadas, inaugurou, no dia 4 de maio, o «Caminho do Centenário», um itinerário sinalizado e com segurança acrescida, de peregrinação até Fátima.
A cerimónia teve lugar no Jardim do Morro, Vila Nova de Gaia (Diocese do Porto) e contou com a presença do Secretário de Estado do Turismo.
Concebido e gerido pela ACF, tem cerca de 200 km.
Tem um percurso de grande valor cultural e paisagístico, com melhores condições de segurança e conforto para os peregrinos que se dirigem a Fátima, em caminhada.
Este Caminho foi pensado para facilitar a deslocação de pessoas isoladas ou em grupo, evitando o percurso por estradas nacionais, reduzindo drasticamente a circulação de peões por estradas mais movimentadas. Além da adequada sinalização, os peregrinos encontram pontos de informações e apoio.
Quem utilizar o Caminho do Centenário pode contar com uma experiência pessoal, espiritual e turística, contato com a natureza muito rica e diversificada porque permite a fruição do território, da história, do património, duma das zonas mais bonitas de Portugal.
PAÍS – Educação
Educação: Comissão Justiça e Paz propõe «pacto educativo»
Numa nota enviada à Imprensa, no final de maio a Comissão Nacional Justiça e Paz, organismo laical da Conferência Episcopal portuguesa, pediu um “pacto educativo”, que não esteja refém de partidos políticos, mas possa resultar de um entendimento “abrangente” e ser passível de “discussão e avaliação”.
“Devemos ter a capacidade de encontrar na sociedade pessoas capazes de fazer este trabalho, para ser discutido e avaliado de forma abrangente”, referiu José Maia, secretário da CNJP, no documento «Dignificar a Educação é Cuidar do Futuro».
Lemos no documento: “Como podemos olhar para a educação a partir de resultados, a partir de uma organização apostada no sucesso? Qual o produto da aprendizagem? Como estamos? Como percebemos o aumento de dificuldades na leitura em alunos que chegam ao ensino secundário incapazes de ler? Como é possível esconder isto atrás de mecanismos que suavizem? Estamos a comprometer o futuro destes jovens se não lhes damos as ferramentas, mesmo que o caminhar seja mais lento.”
José Maia lamenta que a escola atualmente, se mostre incapaz de responder aos desafios que a “cultura, o sector económico, o empresarial” apresentam, uma vez que está apostada no “imediato, em resolver problemas de agora”, lamentando a “falta de olhar no futuro, e de apontar caminho”.
Ao funcionar sem projetos que diversifiquem, a escola não pode dar resposta a pessoas concretas.
O ambiente escolar vive de uma realidade tripartida, onde “escola, famílias e tutela” deveriam “procurar dialogar”, assumindo que “todos são parceiros de caminhada”, dispostos a combater o “desânimo geral”.
E concluiu José Maia: “A escola precisa de capacidade, de técnicos e professores que acompanhem uma realidade que é integradora mas diversa. Não se trata de despesas mas de investimento.”
PAÍS – Funchal – Escolas Católicas
Escolas Católicas da Madeira tiveram formação sobre «bem educar, proteger e cuidar» das crianças.
A Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC), promoveu no Funchal, uma ação formativa, sobre temática da proteção e cuidado das crianças, intitulada «Como bem educar, proteger e cuidar na (minha) escola».
Num comunicado enviado em 8 de maio, à Agência Ecclesia, a APEC informou que os mais de 80 participantes, foram convidados a repensar o modo como se relacionam com os menores, a estar atentos aos sinais de maus – tratos e a promover fatores de proteção.
O workshop, decorreu no Auditório da Escola da APEL e teve como formadores Sofia Marques e Rodrigo Queiroz e Melo., que também abordaram um modo de criar um mapa de “riscos da instituição”, um código de conduta e as regras da atuação em casos de suspeita de denúncias.
Esta ação de formação que teve lugar no dia 5 de maio, contou com a presença do bispo diocesano, D. Nuno Brás, do diretor regional de Educação, Marco Gomes e da coordenadora da Comissão Diocesana de Acompanhamento de Crianças, Jovens e pessoas Vulneráveis, a advogada Paula Mar4garido.
O Workshop ‘como bem educar, proteger e cuidar na (minha) escola’, resultou de um projeto do Centro de Estudos da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa (CEPCEP), em parceria com a Associação De Escolas Católicas, fundada em 1998, por iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), e a AEEP – Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo.
PAÍS – Governo aprovou atitude de misericórdia-
Governo aprovou perdão de penas e amnistia de infração praticadas por jovens
O Governo português, informou em 19 de junho, ter aprovado uma proposta de lei que estabelece “perdão de penas e amnistia de infrações”, praticadas por jovens dos 16 aos 30 anos.
“As medidas de clemência propostas, focadas nos jovens, têm lugar no quadro da realização em Portugal da Jornada Mundial da Juventude, que contará com a presença de Sua Santidade o Papa Francisco, cujo testemunho de vida e pontificado, está fortemente marcado pela exortação da reinserção social das pessoas em conflito com a lei penal”, referiu o comunicado eletrónico do Conselho de Ministros divulgado no próprio dia.
O diploma a apresentar à Assembleia da República, estabelece um perdão de um ano a todas as penas de prisão, até oito anos. Estabelece também um regime de amnistia que compreende as contraordenações, cujo limite máximo de coima aplicável não exceda mil euros e as infrações penais, cuja pena não seja superior a um ano de prisão ou a 120 dias de pena de multa.
Do diploma constam também exceções, tidas em conta pela gravidade dos delitos.
PAÍS – Aveiro – Jubileu
Duas datas jubilares sugerem desafios de mudança
O Bispo de Aveiro convidou as comunidades católicas da Diocese a viver este ano jubilar como um tempo de “implementar valores sociais e religiosos”.
A propósito dos 600 anos do início da construção da atual catedral e dos 550 anos da ida de Joana de Portugal para a então vila de Aveiro, D. António Moiteiro, no dia 12 de maio, memória de Santa Joana na missa solene da sua festa, lembrou que este ano era “um tempo para louvarmos a Deus, celebrarmos com alegria os Seus gestos salvadores, reconhecendo que tudo recebemos de Suas mãos e que nós não passamos de administradores dos Seus bens.”
“O jubileu não trata apenas de uma questão teológica, de falar de Deus ao ser humano, mas de um convite e um tempo para refletir – um tempo de memória e um tempo de metanoia/conversão, mas também de esperança e confirmação, de identidade”, observou o responsável católico, numa intervenção, divulgada pela Diocese.
Na sua reflexão o bispo de Aveiro, apresentou duas dimensões da vida da Padroeira que podem ser inspiração para os católicos da Diocese: “a oração e o cumprimento da vontade de Deus”
“Santa Joana ensina-nos a procurar o Reino e a deixar tudo para o conseguir. Não basta encontrar o tesouro, mas sim valorizá-lo como tesouro”, precisou.
A Princesa, filha de D. Afonso V e da Rainha D. Isabel, deixou Lisboa e a Corte, aos 23 anos para se dedicar a uma vida religiosa de clausura. Foi beatificada em 1693, pelo Papa Inocêncio XII e, a 5 de janeiro de 1965, o Papa S. Paulo VI, declarou-a especial protetora da cidade de Aveiro.
No dia 13 de maio a diocese de Aveiro celebrou os 600 anos do lançamento da primeira pedra da igreja do Mosteiro de Nossa Senhora da Misericórdia e São Domingos.
A celebração do início do jubileu, contou com a presença de D.Juan Gabriel Diaz Ruiz, bispo de Matanzas, Cuba.
PAÍS. Juristas católicos
Conferência sobre «direitos, liberdades e garantias»
A Associação de Juristas Católicos, promoveu a 16 de maio em Lisboa, a segunda conferência do ciclo ‘Pensar a Constituição … À luz da Doutrina Social da Igreja’ que se vai realizar até novembro.
Esta segunda conferência, sobre “Direitos, Liberdades e Garantias”, teve como oradores Jorge Pereira da Silva, professor da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, e José Maria Cortes, assistente convidado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
A Associação de Juristas Católicos, criada em 1985, tem por finalidade geral, contribuir para que na sociedade portuguesa se realizem os valores da doutrina cristã, em harmonia com o Magistério da Igreja.
PAÍS – Viseu – apelo do Pastor
Solenidade do Coração Sacerdotal de Jesus, juntou presbitério da Diocese de Viseu
No dia 16 de junho, o bispo de Viseu presidiu a uma celebração com os padres da Diocese. Lembrou os sacerdotes “doentes, que se sentem sozinhos, abandonados, desanimados e em dificuldade”.
“O padre é chamado a uma permanente conversão, cuja peregrinação interior o leva a procurar e a buscar a Deus na realização da Sua vontade, a viver a vocação de servidor e cuidador do próximo, dando a vida pelo seu rebanho”, lembrou D. António Luciano, ao presbitério da Diocese de Viseu.
O responsável da Diocese pediu “uma vida interior séria e com profundidade espiritual”, essencial para “o exercício do ministério sacerdotal, num estilo de vida à imagem do bom Pastor”.
“Ser sacerdote significa ter um coração simples e disponível semelhante ao de Jesus”, sublinhou, durante a homilia da celebração, enviada á Agência Ecclesia.
“É importante na vida do padre interrogar-se: «De que vivemos nós? Para quem vivemos nós?» A tentação de se deixar levar pelo turbilhão do fazer, é fácil. A nossa vida espiritual ensina-nos a ser muito mais. Ensina-nos a fazer a aventura interior: procurar Deus e deixar-se encontrar por Ele”, acrescentou.
Apelou ainda aos sacerdotes que não se distraiam com “ecrãs portáteis”, que “informam e nos divertem (ou nos distraem), mas não nos trazem a felicidade”.
“Sim, é no interior que nós não enganamos. É no interior que nós encontramos a verdadeira identidade de ser. Para o padre é urgente, no decurso de uma vida intensa a nível pastoral e pessoal, cultivar a vida interior com verdade, lealdade, transparência e coerência evangélica. Só um ser que tem boa qualidade de vida interior, poderá irradiar benevolência, amor e paz”, indicou.
O bispo de Viseu apelou ainda para que os padres não se sintam sós, uma vez que estão “unidos pela força do sacramento e pelo vínculo da comunhão aos outros sacerdotes para crescer com eles na fraternidade sacramental”, convidando os que afastaram e “isolaram do presbitério” a participar na “vida da Diocese”.
PAÍS- Portalegre - papel dos leigos
Conselho Diocesano de Pastoral de Portalegre-Castelo Branco apelou a uma maior responsabilização dos leigos.
Os membros do Conselho Diocesano de Pastoral, de Portalegre- Castelo Branco pretendem que os leigos tenham “maior protagonismo” na Igreja, sem esquecer a “identidade específica do padre na comunidade cristã”.
“Jamais a pastoral poderá ser como foi ou ainda se teima que seja” porque “a sinodalidade” que o Papa Francisco pôs em marcha, indica caminhos nos quais não se pode caminhar lentamente, ou parar, evitar, dispensar e adiar, lê-se no comunicado enviado á Agência Ecclesia.
O Conselho diocesano esteve reunido no dia 3 de junho na casa diocesana de Mem Soares, Castelo de Vide. Foi reconhecido que será uma tarefa difícil, a mudança para uma Igreja com maior corresponsabilidade de equipas de leigos com capacidades efetivas de coordenação e dinamização, mas é mudança necessária.
Para tal, pretendem implementar “os ministérios laicais necessários e possíveis, revitalizando o que deve ser revitalizado”.
Depois da avaliação da peregrinação diocesana a Fátima, foi abordada a possibilidade de o Congresso Eucarístico a acontecer de 31 de maio a 2 de junho de 2024, em Braga, poder contribuir para “a revitalização” das Irmandades do Santíssimo Sacramento passíveis de ser renovadas ou incrementadas, havendo ainda a necessidade de nomear o delegado diocesano que coordene a participação no Congresso Eucarístico Nacional