Assunção da Virgem Santa Maria

Missa da Vigília

14 de Agosto de 2023

 

Solenidade

 

Esta Missa utiliza-se na tarde do dia 14 de Agosto, antes ou depois das Vésperas I da solenidade.

 

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: Sois a escada de luz – A. Oliveira, NRMS, 33-34

 

Antífona de entrada: Grandes coisas se dizem de Vós, ó Virgem Santa Maria, que hoje fostes exaltada sobre os coros dos Anjos e triunfais com Cristo para sempre.

 

Diz-se o Glória.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

A Igreja universal prepara, neste fim de dia, a celebração da Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria ao Céu, em corpo e alma glorificados.

Esta celebração festiva enche-nos de alegria, porque vemos em Nossa Senhora glorificada o que vai acontecer com cada um de nós, depois da ressurreição final.

Unamo-nos com todo o coração à exultação e alegria de toda a Igreja que celebra a glorificação de Maria, nossa Mãe e Mãe da Igreja.

 

Acto penitencial

 

Embora a solenidade da Assunção de Nossa Senhora nos convide à esperança cristã, nós vivemos muitas vezes tristes e desanimados, como se nada esperássemos de Deus nesta vida.

Deixamo-nos vencer pelo pessimismo e pela tristeza, como se não fôssemos filhos de Deus e não estivéssemos a caminho da nossa glorificação final, seguindo a Virgem Santa Maria.

Peçamos humildemente perdão ao Senhor da nossa falta de esperança, e renovemos a nossa generosidade.

 

(Tempo de silêncio. Sugerimos esquema A do Ordinário da Missa)

 

Confessemos os nossos pecados...

Senhor, tende piedade de nós...

Glória a Deus nas alturas...

 

Oração colecta: Senhor nosso Deus, que, olhando para a humildade da Virgem Maria, a elevastes à dignidade de ser Mãe do Verbo Encarnado e neste dia a coroastes de glória, concedei-nos, por sua intercessão, que, salvos pelo mistério da redenção, mereçamos ser por Vós glorificados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: Depois da conquista da Cidade Santa de Jerusalém, David fez dela a capital do reino de Israel e transportou para dentro dos seus muros, com toda a solenidade, a Arca da Aliança.

A Liturgia convida-nos a ver nesta trasladação da Arca uma imagem profética da Assunção gloriosa de Maria.

 

1 Crónicas 15,3-4.15-16; 16,1-2

Naqueles dias, 3David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel, a fim de trasladar a arca do Senhor para o lugar que lhe tinha preparado. 4Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas. 15Os levitas transportaram então a arca de Deus, por meio de varas que levavam aos ombros, conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor. 16David ordenou aos chefes dos levitas que dispusessem os seus irmãos cantores, para que, acompanhados por instrumentos de música – cítaras, harpas e címbalos –, entoassem as suas alegres melodias. 1Assim trasladaram a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela. 2Depois ofereceram, diante de Deus, holocaustos e sacrifícios de comunhão. Quando David acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, abençoou o povo em nome do Senhor.

 

A Liturgia vê no solene e festivo transporte da Arca da Aliança de Quiriat-Iarim para a cidade de Jerusalém, conquistada aos jebuseus por David, a figura da entrada de Maria, em corpo e alma, no Céu. A Arca era o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. A Igreja louva Maria com o título de Arca da Aliança. Há exegetas que veem na visita da Virgem Maria a Isabel ressonâncias deste relato, que justificam este título bíblico atribuído à Virgem Maria.

 

Salmo Responsorial Sl 131 (132), 6-7.9-10.13-14 (R. 8)

 

Monição: Depois desta visão profética da glorificação de Maria, somos convidados a entoar um salmo de louvor em honra da Mãe de Deus.

A alegria de Nossa Senhora é também a nossa, e convida-nos a Cantar: Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes, exultem de alegria os vossos fiéis.

 

Refrão:     Levantai-Vos, Senhor, e entrai no vosso repouso,

                Vós e a arca da vossa majestade.

 

Ouvimos dizer que a arca estava em Éfrata,

encontrámo-la nas campinas de Jaar.

Entremos no seu santuário,

prostremo-nos a seus pés.

 

Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,

exultem de alegria os vossos fiéis.

Por amor de David, vosso servo,

não afasteis o rosto do vosso Ungido.

 

O Senhor escolheu Sião,

preferiu-a para sua morada:

«É este para sempre o lugar do meu repouso,

aqui habitarei, porque o escolhi».

 

Segunda Leitura

 

Monição: Na sua Primeira Carta aos fiéis da Igreja de Corinto, S. Paulo canta um hino de vitória sobre a morte, já obtida plenamente em Maria.

Esta vitória foi alcançada para todos nós por Jesus Cristo. Por isso, dêmos graças a Deus, que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

 

1 Coríntios 15,54b-57

Irmãos: 54bQuando este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória. 55Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?». 56O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. 57Mas dêmos graças a Deus, que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

56 «O aguilhão da morte é o pecado». S. Paulo apresenta a morte personificada, a picar com o ferrão, isto é, a exercer o seu domínio sobre a humanidade: ao sermos feridos pelo pecado, morremos. Como se vê, isto está dito de modo figurado. «A força do pecado é a Lei». A Lei de Moisés, ao tornar mais patentes as obrigações, sem conceder a força para fazer o bem, dava força ao pecado, isto é, tornava-se ocasião de pecado (cf. Rom 7,7-8).

57 «A vitória por N. S. J. Cristo»: Jesus, dando pleno cumprimento à Lei antiga, que exigia a morte do pecador, não só venceu a morte com a sua própria morte, como também arrebatou à morte o seu poder mortífero – «o aguilhão» –, isto é, o pecado, que feria a humanidade e a submetia à morte.

 

Aclamação ao Evangelho    Lc 11, 28

 

Monição: O caminho que Nossa Senhora seguiu, desde a terra até à sua glorificação eterna no Céu, foi procurar ouvir com atenção a Palavra de Deus e transformá-la em vida.

Agora que o Evangelho vai ser proclamado solenemente para nós, façamos o propósito de ouvir com atenção a Palavra de Deus e segui-la com fidelidade.

 

Aleluia

 

Cântico: Aleluia – J. F. Silva, NRMS,46

 

Felizes os que ouvem a palavra de Deus

e a põem em prática.

 

 

Evangelho

 

São Lucas 11,27-28

27Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». 28Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática».

 

Com este episódio começa a ter efetivação a previsão de Maria: todas as gerações me hão-de chamar bem-aventurada (Lc 1,48).

Jesus não contradiz o belo elogio dirigido a sua Mãe, mas aproveita a ocasião para fazer ver que o que importa aos seus ouvintes não são os laços de sangue, mas que ouçam e cumpram a Palavra de Deus. Pode ver-se aqui um elogio que Jesus faz ao «faça-se» de Maria (cf. Lc 1,38). O Papa Bento XVI em Fátima, a propósito da resposta de Jesus àquela mulher do povo – «mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática» (v. 28) –, interpela-nos seriamente: «Mas quem tem tempo para escutar a sua palavra e deixar-se fascinar pelo seu amor? Quem vela, na noite da dúvida e da incerteza, com o coração acordado em oração? Quem espera a aurora do dia novo, tendo acesa a chama da fé? A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo».

 

Sugestões para a homilia

 

O Filho de David glorifica Maria

O Povo de Deus glorifica Maria

 

1. O Filho de David glorifica Maria

 

É uma verdade de fé revelada e definida solenemente pelo Venerável Pio XII, em 1 de novembro de 1950, que a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, terminado o seu curso de vida na terra, foi elevada em corpo e alma glorificados à felicidade do Paraíso.

Podemos meditar sobre esta verdade de fé, procurando conhecer a razão deste privilégio singular concedido à Mãe de Deus e nossa Mãe.

Porque foi eleita para Mãe de Deus. Ele enriqueceu Nossa Senhora com todos os privilégios que era possível serem acolhidos pela sua natureza humana elevada. Nenhuma criatura humana ou angélica A poderá igualar em glória, como prémio da sua fidelidade perfeita à vontade do Senhor.

Pelo carinho e respeito divinos para com o Corpo Virginal da Sua Mãe, Deus não permitiu que ele fosse submetido à corrução da terra. Como Ela não contraiu o pecado original, não havia razão para ser submetida à condenação dos nossos primeiros pais, regressando ao pó da terra.

Nesta verdade de fé contemplamos o que, salvas as devidas distâncias, vai acontecer com cada um e nós, no fim dos tempos, quando Jesus Cristo vier julgar os vivos e os mortos. Maria aparece na glória do Céu e da Igreja como uma lembrança permanente da promessa de Deus em premiar a nossa fidelidade.

Deus quis dar-nos a consoladora certeza de que no Céu há um Coração materno que pulsa mais apressado quando A invocamos, uns olhos de Mãe carinhosa que nos seguem por todo o lado e uns ouvidos que acolhem pressurosos as nossas súplicas e louvores. Quando lhe rezamos, Ela vê-nos, ouve-nos, sorri-nos e toma um ar de carinhosa compaixão, se estivermos a sofrer.

Maria elevada gloriosamente ao Céu em corpo e alma é a lembrança permanente de que chegará a nossa vez de sermos glorificados, se vivermos com fidelidade esta prova na vida presente.

Quando A louvamos e aclamamos estamos a fazer a vontade de Deus, porque Ele deu-nos o exemplo, enchendo-A de glória.

Por isso A aclamamos e invocamos, repetindo-lhe a saudação do Arcanjo Gabriel, aclamando-A como Nossa Rainha e pedindo a sua ajuda, como Refúgio dos pecadores, Consoladora dos Aflitos e Mãe de Misericórdia.

• Maria, Arca da Nova Aliança. «Naqueles dias, David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel, a fim de trasladar a arca do Senhor para o lugar que lhe tinha preparado

Depois de conquistar a cidade de Jerusalém aos jebuseus, o rei David fez dela a capital do Reino de Israel e trasladou solenemente para lá a Arca da Aliança, sinal visível da presença de Deus no meio do Seu Povo.

A Igreja vê na Arca da Aliança a figura de Maria, Mãe de Jesus e a Liturgia recorre à trasladação da Arca para a Cidade Santa como imagem da glorificação de Maria, elevada ao Céu em Corpo e Alma glorificados.

Na verdade, Maria é a Arca bendita que guardou em seu seio virginal o Filho de Deus e foi sempre, nas profecias do Antigo Testamento e ao longo da história da Igreja, Novo Povo de Deus, um sinal da benevolência do Altíssimo para com o Seu Povo.

Toda a Igreja glorifica Maria. «Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas. Os levitas transportaram então a arca de Deus, por meio de varas que levavam aos ombros, conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor. David ordenou aos chefes dos levitas que dispusessem os seus irmãos cantores, para que, acompanhados por instrumentos de música – cítaras, harpas e címbalos – , entoassem as suas alegres melodias

David, movido pela sua piedade, procurou contagiar todas as pessoas de Jerusalém com a sua alegria e zelo, para que a trasladação da Arca se revestisse da maior solenidade.

Este gesto do rei-profeta ajuda-nos a vislumbrar a solenidade e amor com que Jesus Cristo preparou a glorificação de Maria na sua Assunção.

Toda a corte celeste deve ter participado nesta glorificação da Mãe de Deus, a criatura mais fiel que passou pela terra e a obra mais perfeita que o Espírito Santo enriqueceu de todas as virtudes.

Tal como os levitas transportaram solenemente a Arca, de modo análogo os Anjos transportaram Maria, na sua entrada solene na glória.

Jesus antecipou na Sua e nossa Mãe a glória que nos está reservada, salvas as devidas proporções, no fim do mundo, depois da nossa ressurreição gloriosa.

Maria, elevada acima de todas as criaturas. «Assim trasladaram a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela. Depois ofereceram, diante de Deus, holocaustos e sacrifícios de comunhão. Quando David acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, abençoou o povo em nome do Senhor

A Arca da Aliança, depois de ter acompanhado o Povo de Deus na longa peregrinação pelo deserto e de lhe ter garantido, muitas vezes, a vitória sobre os inimigos, foi colocada no centro da cidade, na tenda que David mandou construir para a acolher.

Jesus Cristo reservou no Paraíso, para a Sua e nossa Mãe, a maior glorificação a que pode ser concedida a uma criatura. Está cima de todos os coros de Anjos e Santos do Paraíso, como prémio da sua fidelidade na terra à missão a que foi chamada.

Resplandece sobre todos os coros dos Anjos e do Santos, porque é, Ela somente, a cheia de graça, a Imaculada Conceição.

Alegremo-nos com esta glorificação da Mãe de Deus e nossa Mãe, procurando glorificá-la com a nossa vida de bons filhos que desejam imitar a sua Mãe e com a nossa piedade pessoal.

Jerusalém permaneceu em festa, em honra da Arca da Aliança e foi sempre uma referência na fé do Povo de Deus. Maria, Arca da Nova Aliança, deu início, com a sua generosidade, a uma festa em sua honra que nunca mais acabará. Ela mesma o anunciou profeticamente: «de hoje em diante me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.» Quando A invocamos nas nossas orações, celebramos a suas festas ou veneramos as suas imagens, estamos a dar continuidade a esta glorificação da Arca de Deus.

 

2. O Povo de Deus glorifica Maria

 

A primeira pessoa a glorificar Maria foi o Arcanjo S. Gabriel, ao proclamá-l’A “a cheia de graça.” Isabel aclamou-A como “a Mãe do meu Senhor”.

E nunca mais deixou, nem deixará de ser venerada, amada e aclamada por todos os povos da terra.

Toda a glorificação de Maria lhe vem de Jesus Cristo. «Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão

O Mestre Divino devia parecer-Se muito fisicamente com Maria, porque toda a Sua natureza humana foi buscá-la à Sua Mãe. Quem se aproximava d’Ele, na vida pública, agradecia à Sua Mãe esta graça, como fez uma mulher simples do povo, certo dia.

Ao contemplar a bondade do Seu rosto, o tom da Sua voz e a eloquência das Suas palavras que eram bálsamo para os corações, as pessoas que conheciam Nossa Senhora deviam estar continuamente a recordá-l’A.

A glorificação de Maria, as festas e bênçãos em sua honra não nos afastam de Jesus Cristo, como se nos encaminhassem num sentido contrário. Pelo contrário, quanto mais nos aproximamos de Maria, mais perto nos sentimos do Seu Filho e nosso irmão.

O importante é que cada devoção seja bem entendida, abrindo-nos à caridade para com as outras pessoas e à piedade para com Deus.

Maria é como um espelho onde se reflete a santidade de Jesus, porque Ela é “a obra mais perfeita que saiu das mãos de Deus.

Louvemos Maria por nos ter dado Jesus. «e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre. e Te amamentou ao seu peito.».»

Esta mulher, ficou profundamente comovida com a pregação de Jesus, porque dizia palavras cheias de consolação que moviam as pessoas à santidade e iam direitas aos problemas que as preocupavam.

O elogio que ela faz é dirigido a Jesus, mas envolve também Maria Santíssima. Diz-Lhe que está imensamente agradecida pela pregação que ouve e sente a necessidade de agradecer a Maria que nos deu o Tesouro de Seu Filho.

Nós parecemo-nos com esta mulher anónima do povo, de algum modo, imitámo-l’A. É por nos ter dado Jesus que proclamamos e cantamos os louvores de Nossa Senhora.

Quando rezamos a Ave Maria e louvamos a nossa Mãe, com as palavras “bendito é fruto do vosso ventre, Jesus”, estamos a repetir o louvor desta mulher. Por isso, a devoção a Nossa Senhora não nos desvia de Deus, antes sobe ao trono do Altíssimo com maior merecimento, porque passa pelo Coração Imaculado de Maria. Ao rezar o nosso terço, estamos a louvar Jesus por meio de Maria.

Além disso, o rezar à Mãe de Jesus e Nossa Mãe põe-nos a sonhar com o nosso futuro. Na verdade, se a sua glorificação é tão grande na terra, como não será no Céu?

Jesus manda-nos imitar Maria. «Mas Jesus respondeu: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.»

Esta mulher do povo, sem respeitos humanos e de quem o Evangelho não conservou o nome, porque era, afinal, a voz da Igreja nascente, iluminada pelo Espírito Santo, ensinou-nos a reagir interiormente aos ensinamentos de Jesus, com alegria e gratidão.

Por isso, Jesus deve ter ficado profundamente comovido. Ele é o melhor dos filhos e ama infinitamente a Sua Mãe. Nenhuma criatura O iguala neste Amor.

Depois de uns momentos em que, guardando silêncio para agradecer ao Pai estas formosas palavras, aproveitou a ocasião para nos apontar o exemplo de Maria para A podermos imitar. Na expressão «Mais felizes» está a dizer-nos que não podemos imitar Maria na sua maternidade divina, porque Mãe do Redentor houve uma só. Mas há um aspeto fundamental na sua vida em que A podemos imitar: em ouvir com toda a atenção o que Deus lhe pede, como fez em Nazaré, na Anunciação, e procurar cumpri-lo generosamente.

Não nos podemos contentar com as boas emoções que a Palavra de Deus desperta em nós. É preciso, depois, lutar generosamente para realizar na vida o que o Senhor nos pede por meio da Sua Palavra.

Defendamo-nos, porém, da auto-suficiência. Muitas vezes, fazemos propósitos de melhorar a nossa vida, sem contarmos com a necessidade da ajuda de Deus. Maria parte da humildade para a grandeza da sua vida. Reconhece as suas limitações de criatura, mas reconhece que «o Senhor operou em mim grandes coisas

Avivemos a Esperança. «Quando este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória

A Liturgia entrega-nos um texto da Carta de S. Paulo aos fiéis de Corinto, para que avivemos a nossa esperança cristã.  Também a cada um de nós está prometida a vitória sobre a morte, pela ressurreição, no fim do mundo, e a nossa glorificação, à imitação de Maria.

Não nos deixemos afundar por causa das dificuldades da vida presente. Espera-nos a glorificação final, já realizada em Nossa Senhora, no mistério da sua Assunção.

Tudo vai passar depressa e lembraremos com alegria as dificuldades desta vida que nos mereceram uma glória tão grande.

Entretanto, aproveitemos o tempo para cantar as glórias de Maria e animemos as outras pessoas a fazê-lo.

 

 

Oração Universal

 

Irmãs e irmãos:

Neste dia em que toda a Igreja

se alegra com o triunfo da Virgem Santa Maria,

oremos a Deus, por intercessão da cheia de graça.

Imploremos (cantando), com alegria:

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

1.     Pelas Igrejas de todo o mundo,

para que Deus Pai as encha dos seus dons

    e faça chegar os seus fiéis à glória eterna,

    oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

2. Pelos chefes de Estado e responsáveis públicos,

    para que Deus dirija os seus corações

na realização da sua vontade e no serviço de todos,

    oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

3. Por todos os fiéis e catecúmenos,

   para que alcancem a vitória sobre o pecado e a morte

    e se alegrem no Céu com a Santa Mãe de Deus,

    oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

4. Pelas virgens consagradas a Cristo

  e pelas mães rodeadas de seus filhos,

  para que Deus a todas guarde em seu amor,

    oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

5. Por nós próprios e por todos os ausentes,

    para que Deus nos dê a graça de ser simples

    e de imitar a humildade da Mãe de Jesus,

     oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

6. Pelos defuntos da nossa comunidade paroquial

que puseram em prática a palavra de Deus,

para que contemplem o rosto de Cristo na eternidade,

oremos, por intercessão da Virgem Maria.

 

    Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

 

Ouvi, Deus de bondade, as nossas súplicas

e fazei-nos entrar na glória eterna,

onde já se encontra a Mãe do vosso Filho,

elevada ao Céu em corpo e alma.

Por Cristo Senhor nosso.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Introdução

 

Foi ouvindo a Palavra de Deus e seguindo-a com fidelidade que Maria Santíssima caminhou para a glorificação final.

Na Eucaristia que Jesus está a preparar para nós recebemos a garantia dada pelo mesmo Jesus de que alcançaremos a glória eterna.

 

Cântico do ofertório: Rainha dos Anjos Pura – J. F. Silva, NRMS, 10

 

Oração sobre as oblatas: Recebei, Senhor, este sacrifício de reconciliação e de louvor que celebramos na Assunção da Santa Mãe de Deus, para que alcancemos o perdão dos pecados e vivamos em contínua acção de graças. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio próprio, como na Missa seguinte: p. 913

 

Santo: C. Silva - OC (pg 537)

 

Saudação da Paz

 

Maria subiu ao Céu, glorificada em Corpo e Alma, para interceder por nós junto de Jesus, para nos alcançar a paz.

Sejamos também construtores da paz entre os homens, pela oração e pela Palavra de Deus que anunciamos.

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

A comunhão do Corpo e Sangue do Senhor é o penhor da nossa ressurreição gloriosa no fim, dos tempos.

Aproximemo-nos deste Alimento divino com os sentimentos com que O recebeu Nossa Senhora da Assunção.

 

Cântico da Comunhão: O Senhor fez em mim maravilhas – A. Oliveira, NRMS, 45

cf. Lc 11, 27

Antífona da comunhão: Bendita seja a Virgem Maria, que trouxe em seu ventre o Filho de Deus Pai.

 

Cântico de acção de graças: Feliz és Tu porque acreditaste – C. Silva, OC

 

Oração depois da comunhão: Senhor nosso Deus, que nos fizestes participar na mesa celeste, ouvi benignamente as nossas súplicas e livrai de todo o mal aqueles que celebram a Assunção da Mãe de Deus. Por Nosso Senhor.

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Não nos deixemos abater pelo desânimo e pela tristeza. Avivemos a fé na nossa ressurreição final.

 

Cântico final: Cantai um cântico novo – J. Santos, NRMS, 10

 

 

Celebração e Homilia:            Fernando Silva

Nota Exegética:          Geraldo Morujão

Sugestão Musical:      José Carlos Azevedo


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