Transfiguração do Senhor

6 de Agosto de 2023

 

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: Jesus tomou consigo – C. Silva, OC, pg 145

cf. Mt 17, 5

Antífona de entrada: O Espírito Santo apareceu numa nuvem luminosa e ouviu-se a voz do Pai: Este é o meu Filho muito amado, no qual pus as minhas complacências. Escutai-O.

 

Diz-se o Glória.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

A Festa da Transfiguração do Senhor ensina-nos que Jesus Cristo nos ama infinitamente e lança mão de todos os meios bons para nos ajudar.

Conhecendo as dificuldades que os Apóstolos experimentavam para aceitar os planos divinos da nossa salvação, mostrou-Se a três deles revestido do esplendor e da glória com que iria manifesta-Se diante deles de aí a poucos dias, no Domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor.

Enchamo-nos de confiança em Jesus Cristo, com a certeza de que Ele nunca nos abandona nas nossas dificuldades e dúvidas.

 

Acto penitencial

 

Peçamos humildemente perdão ao Senhor, porque muitas vezes nos deixamos cair nas dúvidas de fé e permitimos que entre no nosso coração o receio de Deus. e o desânimo.

Nenhum acontecimento ou dificuldade no universo pode justificar, em momento algum, a nossa falta de confiança em Deus, que nos ama como filhos.

Imploremos a Sua ajuda, para que nos enchamos de confiança n’Ele e nunca mais hesitemos em segui-l’O.

 

(Tempo de silêncio. Sugerimos o esquema A do Ordinário da Missa)

 

Confessemos os nossos pecados...

Senhor, tende piedade de nós...

Glória a Deus nas alturas.

 

Oração colecta: Deus eterno e omnipotente, que na gloriosa transfiguração do vosso Filho Unigénito confirmastes os mistérios da fé com o testemunho da Lei e dos Profetas e de modo admirável anunciastes a adopção filial perfeita, fazei que, escutando a palavra do vosso amado Filho, mereçamos participar na sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: O profeta Daniel, nas margens de um dos rios da Babilónia, durante o exílio do Povo de Deus, contempla a glória de Jesus Cristo. 

Fala-nos de Alguém semelhante a um filho de Homem, resplandecente de glória que virá ao nosso encontro para nos salvar.

 

Daniel 7,9-10.13-14

9Estava eu a olhar, quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. As suas vestes eram brancas como a neve e os cabelos como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo. 10Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos. 13Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença. 14Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram. O seu poder é eterno, que nunca passará, e o seu reino jamais será destruído.

 

A leitura é tirada da 2ª parte do livro de Daniel, a parte profética (7 – 12). Temos aqui a descrição, em estilo apocalíptico, do julgamento divino, com três quadros: a apresentação do Juiz, Deus, (vv. 9-10); a destruição do reino inimigo (vv. 11-12, omitidos nesta leitura); e o estabelecimento do reino de Deus (vv. 13-14).

9-10 «Um Ancião» (à letra, «o Antigo em dias») é uma forma antropomórfica de falar de Deus eterno (cf. 36,26; Salm 101[102],25-26; Is 41,4). A alvura dos cabelos não significa velhice, mas glória e luminosidade. As torrentes de fogo que saem do trono podem simbolizar o poder divino para destruir os seus inimigos (v. 11; cf. Is 26,11). Dado o estilo apocalíptico desta passagem, não se pode partir deste texto para fazer um cálculo, ainda que meramente aproximado, do número dos Anjos: «miríades de miríades» (=10.000 vezes 10.000) é um superlativo hebraico para indicar um número incontável (nós diríamos, «aos milhões», mas este numeral não existe em hebraico nem em grego).

13 Alguém semelhante a um filho de homem. Os exegetas, partindo da análise do contexto (vv. 18.22-27), dizem que o sentido literal direto desta expressão visa não um indivíduo singular, mas o povo dos «santos do Altíssimo» (v. 18). Contudo, como sucede frequentemente, o que é dito em geral acerca de todo o povo entende-se, de um modo eminente (sentido eminente), como referido a uma personagem singular, nomeadamente o chefe do povo, neste caso o próprio Messias. O judaísmo assim o entendeu, e o próprio Jesus (cf. Mt 24,30; 26,64); discute-se, porém, se «Filho do Homem» é um verdadeiro título cristológico (assim parece em Lc 1,32-33; Mt 8,20; 24,30; 26,64; Apoc 1,7; 14,14) ou uma maneira discreta de Jesus se referir a si mesmo (uma figura chamada asteísmo: o filho do homem equivalendo a este homem, Eu). Uma coisa, porém, é certa: este não era um título com que Jesus fosse tratado nem pelo povo da Palestina, nem pela Igreja primitiva. Os que o entendem como um título cristológico sublinham o seu carácter simultaneamente humilde e glorioso, humano e divino (a propósito, veja-se o belo e profundo comentário teológico de Bento XVI, em Jesus de Nazaré, capítulo X).

 

Salmo Responsorial Sl 96(97),1-2.5-6.9 e 12

 

Monição: O Espírito Santo move-nos a entoar um hino de aclamação e de louvor a Jesus Cristo, resplandecente de glória e nosso Salvador

O Salmista canta: rejubile a multidão das ilhas. Ao seu redor, nuvens e trevas; a justiça e o direito são a base do seu trono.

 

Refrão:     O Senhor é rei,

                o Altíssimo sobre toda a terra.

 

O Senhor é rei: exulte a terra,

rejubile a multidão das ilhas.

Ao seu redor, nuvens e trevas;

a justiça e o direito são a base do seu trono.

 

Derretem-se os montes como cera

diante do senhor de toda a terra.

Os céus proclamam a sua justiça

e todos os povos contemplam a sua glória.

 

Vós, Senhor, sois o Altíssimo sobre toda a terra,

estais acima de todos os deuses.

Alegrai-vos, ó justos, no Senhor

e louvai o seu nome santo.

 

Segunda Leitura

 

Monição: Na segunda Carta que dirige aos fiéis do mundo inteiro, S. Pedro dá um testemunho entusiasmado sobre a transfiguração do Senhor.

Também nós, pela nossa alegria e otimismo, devemos testemunhar que seguimos Cristo vivo e ressuscitado gloriosamente.

 

 

2 São Pedro 1,16-19

Caríssimos: 16Não foi seguindo fábulas ilusórias que vos fizemos conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas por termos sido testemunhas oculares da sua majestade. 17Porque Ele recebeu de Deus Pai honra e glória, quando da sublime glória de Deus veio esta voz: «Este é o meu Filho muito amado, em quem pus toda a minha complacência». 18Nós ouvimos esta voz vinda do céu, quando estávamos com Ele no monte santo. 19Assim temos bem confirmada a palavra dos Profetas, à qual fazeis bem em prestar atenção, como a uma lâmpada que brilha em lugar escuro, até que desponte o dia e nasça em vossos corações a estrela da manhã.

 

Neste trecho é aduzido como argumento de credibilidade a favor do anúncio da «vinda» gloriosa (parusia) de Jesus o facto de Pedro ter sido testemunha (com outros dois Apóstolos: cf. Mt 17,1-18 par) da sua glória divina, que brilhou sobrenaturalmente quando os três estavam com Ele «no monte santo». A parusia era negada pelos trocistas visados na carta, mais adiante (cf. 3,3-4). O texto não perde a sua força, mesmo que ele tenha sido redigido, depois da morte do Príncipe dos Apóstolos, por algum seu discípulo e continuador, como hoje pensam muitos estudiosos.

Com a Transfiguração, «ficou bem confirmada a palavra dos Profetas», que anunciaram a vinda gloriosa do Messias no fim dos tempos, pois a Transfiguração foi uma visão antecipada da glória da parusia. Essa palavra da Sagrada Escritura, a que devemos prestar atenção, funciona como uma luz que «brilha como uma lâmpada em lugar escuro» (v. 19), «para aqueles que esperam a luz final, a “estrela da manhã” (cf. Apoc 2,28) a surgir com a parusia de Cristo (cf. 1Tes 5,4)» (The New Jerome Biblical Commentary, p. 1019). Em Apoc 22,16, Jesus é «a brilhante estrela da manhã», pela qual a comunidade orante dos fiéis clama com insistência: «vem!» (Apoc 22,17.20).

 

Aclamação ao Evangelho    Mt 17, 5c

 

Monição: As palavras que os três Apóstolos ouvem no Monte do Tabor, durante a Transfiguração de Jesus, são também para nós.

Agora que nos preparamos para acolher o Evangelho e glorificar Jesus Cristo por meio das nossas vidas, aclamemo-lo com alegria.

 

Aleluia

 

Cântico: Aleluia – Az. Oliveira, NRMS, 36

 

Este é o meu Filho muito amado,

no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O.

 

 

Evangelho

 

São Mateus 17,1-9

1Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou-os, em particular, a um alto monte 2e transfigurou-Se diante deles: o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. 3E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele. 4Pedro disse a Jesus: «Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias». 5Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O». 6Ao ouvirem estas palavras, os discípulos caíram de rosto por terra e assustaram-se muito. 7Então Jesus aproximou-se e, tocando-os, disse: «Levantai-vos e não temais». 8Erguendo os olhos, eles não viram mais ninguém, senão Jesus. 9Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: «Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos».

 

O facto de esta cena nos ser apresentado todos os anos no 2º Domingo da Quaresma tem um sentido para a nossa vida a ter em conta. Assim como para aqueles discípulos a Transfiguração de Jesus serviu de preparação para se confrontarem com a sua desfiguração na agonia do Getxemani, assim também nós temos de nos dispor com olhos de fé para a celebração do tríduo pascal.

1 «A um alto monte. Os Evangelhos não dizem o nome do monte que habitualmente se julga ser o Tabor, segundo uma tradição procedente do séc. IV, um monte situado a 10 km a Leste de Nazaré. Como este monte não é muito alto (apenas 560 m), há exegetas modernos que falam antes do Monte Hermon (2.759 m), junto a Cesareia de Filipe, região onde Jesus tinha estado, segundo os três sinópticos, uma semana antes.

Pedro, Tiago e João, são os três prediletos de Jesus, destinados a ser «colunas da Igreja» (Gal 2,9) particularmente firmes, igualmente testemunhas da ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37) e da agonia de Jesus no horto (Mt 26,37), diríamos, uma espécie de núcleo duro. Jesus sabia que a sua Paixão e Morte lhes iria provocar um violentíssimo choque, por isso quer prepará-los para enfrentarem com fé e coragem tamanha provação. Pedro acabara de confessar Jesus como «o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16); Jesus tinha-o declarado «bem-aventurado» por essa confissão de fé, que afinal era muito frágil, pois, logo a seguir, perante o primeiro anúncio da Paixão, Jesus havia de o repreender pela sua visão humana (cf. Mt 16,23).

3 «Moisés e Elias». São os dois maiores expoentes de toda a revelação do Antigo Testamento: representam a Lei e os Profetas a convergirem em Cristo.

9 «Não conteis a ninguém». Esta ordem enquadra-se na chamada «disciplina do segredo messiânico», que tinha por fim evitar uma exagerada exaltação do espírito dos Apóstolos; assim Jesus obviava a possíveis agitações populares que só viriam prejudicar e perturbar a sua missão. Em Marcos esta imposição do silêncio adquire um significado teológico muito particular.

 

Sugestões para a homilia

 

• Adoremos o Senhor, nosso Deus

• Sejamos testemunhas do Seu Amor

 

1. Adoremos o Senhor, nosso Deus

 

Os Apóstolos não acabavam por aceitar a Paixão de Jesus, porque estavam voltados para este mundo, e não para a vida eterna. Esperavam ansiosamente a restauração gloriosa e mundana do reino de David e sonhavam já com os lugares importantes que viriam a desempenhar nele.

Quando um desportista vai competir numa corrida, tem de estar voltado no sentido que a pista indica, e não ao contrário. Como poderiam os Apóstolos guiar as pessoas para a vida eterna, pedir o desprendimento de tudo neste mundo, sem excluir o desprendimento da vida pelo martírio?

Jesus queria a ajudá-los a reconhecer que estavam voltados para o lado errado e que, por aí, não alcançariam, nem ajudariam os outros a alcançar a bem-aventurança eterna do Céu.

Para os ajudar, chamou três – Pedro, Tiago e seu irmão João – e transfigurou-Se à vista deles, ensinando-lhes que a nossa aventura divina não acaba no Calvário, mas na manhã do Domingo de Páscoa.

A Divina Majestade. «Estava eu a olhar, quando foram colocados tronos e um Ancião sentou-se. As suas vestes eram brancas como a neve e os cabelos como a lã pura

Durante o cativeiro da Babilónia, o profeta Daniel, um dos três jovens israelitas escolhidos por Nabucodonosor para altos cargos no seu palácio, teve uma visão, na margem de um dos rios que cercam a cidade.

Embora todo o esplendor do mistério da Santíssima Trindade só tenha sido revelado em toda a sua plenitude na manhã da Anunciação em Nazaré, encontramos nesta visão do profeta uma alusão velada a este mistério e uma proclamação de alguns atributos divinos.

Foram colocados vários tronos e não apenas um. O profeta pode estar a aludir a um trono para cada uma das Três Pessoas divinas.

A referência ao Ancião é-o claramente à Pessoa do Pai. A cor branca das vestes e dos cabelos aludem à Eternidade do nosso Deus.

Deixemo-nos invadir pelo assombro de Daniel e adoremos o Pai e o Filho e o Espírito Santo, Três Pessoas distintas e um só Deus verdadeiro.

Deus é Amor infinito. «O seu trono eram chamas de fogo, com rodas de lume vivo. Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele

O fogo andou sempre associado ao amor, na linguagem dos homens porque, o fogo, como o amor, aquece, estimula a vida, derrete o gelo a indiferença, funde vários objetos de metal num só, construindo a unidade, queima o que é inútil e nocivo.

Talvez por isso, Jesus Cristo exprime-Se nesta mesma linguagem: «Eu vim trazer fogo à terra e que outro desejo tenho, senão que abrase

Na manhã do Pentecostes, o Espírito Santo manifesta-Se sob a figura de línguas de fogo.

Quando afirmamos, guiados pela luz da fé cristã, que Deus é Amor, queremos dizer que o Amor é a razão e a força única de tudo quanto faz. Ele é a única fonte de Amor e toda a Sua ação no mundo dos homens tende a abrasá-los nesse mesmo Amor.

Jesus manifestou esta verdade, ao falar do motivo pelo qual veio ao mundo: «Eu vim trazer fogo à terra e que outro desejo tenho, senão que ele ateasse tudo?» (S. Lucas 12, 49-53).

Por isso, são incompatíveis com a nossa vocação cristã o ódio e a manifestação de qualquer má vontade ou indiferença.

Deus e Senhor do universo. «Milhares de milhares o serviam e miríades de miríades o assistiam. O tribunal abriu a sessão e os livros foram abertos

Deus tudo criou com magnanimidade. Um número incalculável de anjos por Ele criados O servem, cumprindo as Suas ordens.

A maior e mais bela parte da criação está oculta aos nossos olhos, porque é constituída pela multidão dos anjos que a magnificência de Deus chamou do nada à existência.

Segundo a crença cristã, cada pessoa batizada tem o seu anjo da guarda e estes não repetem a sua missão. Quando termina a vida da pessoa que lhe foi confiada, não lhe é confiada nova missão semelhante. Imaginemos quantas pessoas passaram por esta vida e receberam o Batismo e no número incontável dos anjos a cuja proteção foram confiadas.

Reconheçamos e adoremos a majestade infinita do nosso Deus e Senhor, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Jesus Cristo, Filho de Deus. «Contemplava eu as visões da noite, quando, sobre as nuvens do céu, veio alguém semelhante a um filho do homem. Dirigiu-Se para o Ancião venerável e conduziram-no à sua presença

Daniel comtemplou, nesta visão, o Verbo Encarnado, Jesus Cristo Nosso Senhor, Filho virginal de Maria.

A proclamação da Divindade de Jesus Cristo foi também o motivo da Transfiguração no Tabor. O Mestre divino manifestou-Se diante dos três Apóstolos com a glória de ressuscitado.

Por isso, devem aceitar os planos divinos da nossa redenção pela Cruz e renunciar à esperança triunfalista da restauração do reino de David.

A visão de Daniel aponta-nos também neste sentido. Vençamos o horror que temos à Cruz e deixemos que o Senhor nos conduza pela mão até à entrada do Paraíso.

Jesus Cristo, nosso Redentor. «Foi-lhe entregue o poder, a honra e a realeza, e todos os povos e nações O serviram. O seu poder é eterno, que nunca passará, e o seu reino jamais será destruído

Jesus Cristo não quis, na Vida Pública, deslumbrar os que O seguiam e ouviam com o esplendor da Sua glória divina. Apresentou-Se com toda a pequenez e humildade de uma criança, nascida de uma das famílias mais pobres da terra, e carregou sobre os Seus ombros as nossas limitações.

Não fingiu ser homem, mas foi-o com toda a carga das suas limitações. Calcorreou os caminhos da Terra Santa, padeceu fome e sede, adormeceu no barco, tão cansado, que o sacudir violento das ondas não foi capaz de O acordar e sofreu espiritualmente com as nossas indiferenças e pecados.

Deste modo, pode e deve ser nosso modelo, nos caminhos de santificação deste mundo. Ele não só nos restituiu a filiação divina, pela participação na Sua natureza, pela graça santificante recebida no Batismo, mas é também o nosso modelo, o caminho pelo qual vamos da terra ao Céu.

 

2. Sejamos testemunhas do Seu Amor

 

Testemunhas da fé. «Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão e levou-os, em particular, a um alto monte e transfigurou-Se diante deles».

Jesus leva consigo Pedro, e os dois irmãos, Tiago e João. São os mesmos que Jesus chamou para testemunharem a ressurreição da filha Jairo (cf Mateus 9:18–26, Lucas 8:40–56 e Marcos 5:21–43) e que Jesus voltará a convidar, dentro de poucos dias, para permanecerem perto d’Ele, vigiando e orando, enquanto Jesus ora em agonia no Jardim das Oliveiras.

Podemos perguntar qual o motivo que moveu o Mestre a transfigurar-Se diante apenas na presença destes três, e não dos Doze, porque todos tinham as mesmas dúvidas para resolver as quais Se transfigurou.

Poderíamos perguntar também por que não continua hoje a comunicar diretamente com as pessoas, manifestando-lhes os conhecimentos da fé.

O Senhor estabeleceu que as verdades do Evangelho fossem transmitidas por testemunhas vivas e não apenas por conhecimento direto. Estes vão ser, diante dos outros nove, testemunhas desta verdade de fé.

Acolhamos a doutrina que Deus nos ensina, pela Igreja de Jesus Cristo. Aos que se sentem tentados a pedir a Deus uma comunicação direta e pessoal da doutrina, lembramos a resposta de Jesus, na parábola do rico avarento e do pobre Lázaro: Ao rico que pede a Abraão para que alguém do outro mundo vá avisar os seus irmãos sobre os padecimentos do inferno, o santo Patriarca responde: «Se não dão ouvidos a Moisés nem aos Profetas, também não se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dos mortos.» (S- Lucas 16, 19-31).

Testemunhas de Cristo Ressuscitado. «o seu rosto ficou resplandecente como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. E apareceram Moisés e Elias a falar com Ele

Jesus antecipa no Tabor, diante de Pedro, Tiago e João, o deslumbramento da Sua glória na manhã do Domingo de Páscoa.

Prepara-os, com a Transfiguração, para aceitarem a Sua Paixão e Morte, porque nada termina aqui. Depois da Sexta feira, no Calvário, vem a manhã do Domingo da Ressurreição.

Quando nos parecer que está cerrado todo o horizonte e não há motivos de esperança, façamos oração, pedindo luz ao Senhor e apoiemo-nos na filiação divina. Ela é a rocha firme que nos mostra Jesus Cristo transfigurado e nos enche de alegria e otimismo.

A aumentar o esplendor de Jesus Cristo transfigurado no Tabor, aparecem ainda Moisés – pelos Patriarcas – e Elias – pelos Profetas – para nos dizer que Jesus Cristo é centro de toda a revelação e de todas as promessas do Antigo Testamento.

O centro do mundo não está na solução económica, nem política, nem sequer filosófica, mas em Jesus Cristo, único Salvador do mundo.

As consolações de Deus. «Pedro disse a Jesus: “Senhor, como é bom estarmos aqui! Se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, outra para Moisés e outra para Elias”.»

Pedro sentiu-se tão feliz e entusiasmado, ao contemplar a glória de Cristo que se esqueceu dos nove que tinham ficado no sopé do monte, com a multidão; e até dele próprio.

Queria perpetuar este momento de felicidade e ofereceu-se para tornar possível ficarem ali Jesus com Moisés, Elias e eles. Na proposta que fez, não teve em conta Tiago, João e ele próprio, apesar de ser incómodo viver ali, com o vento forte que, por vezes, sopra.

Mais uma vez, a Paixão e Morte de Jesus não entra nos seus planos, porque desafia o Mestre a ficar ali definitivamente.

Qual de nós não sentiu já o desejo de que momentos especiais de intimidade com o Senhor e de consolação espiritual durassem para sempre?

Não é este o plano de Deus para a nossa vida. Devemos trilhar os caminhos da vida ordinária, na família, no trabalho e nas amizades, caminhando guiados pela fé, com sofrimentos e contradições, com a escuridão da fé e a incerteza de caminhar de quem não vê onde põe os pés. Tem de ser assim, porque estamos num tempo de prova. Depois ser-nos-á dado o prémio definitivo, não uma coroa de glória perecível que possamos guardar em casa para mostrar aos amigos, mas a felicidade para sempre

Jesus Cristo, Palavra o Pai. «Ainda ele falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e da nuvem uma voz dizia: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência. Escutai-O”.»

No meio daquela teofania, ouve-se a voz do Pai, proclamando a divindade de Jesus – Ele é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Omnipotente, Sabedoria e Bondade infinitas e o rosto da Misericórdia do Pai. – e recomendando que prestemos atenção aos Seus ensinamentos. Ele é o nosso Caminho que nos conduz aos braços do Pai.

Seguindo esta recomendação do Pai, ouvida no Tabor, procuremos conhecer, amar e seguir Jesus Cristo e ter presente o que Ele nos ensina no Evangelho e na Igreja.

Não temos outro modelo para vivermos com bons filhos de Deus. os santos são imitações parciais da Sua santidade e bondade.

Como S. Paulo, não temos outra ciência senão Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado.

Regresso à vida comum. «Ao descerem do monte, Jesus deu-lhes esta ordem: “Não conteis a ninguém esta visão, até o Filho do homem ressuscitar dos mortos”.»

Terminada a Transfiguração, Jesus, com os três Apóstolos, desceu do monte, ao encontro dos nove e da multidão que os esperava na planície.

Esta descida é simbólica. Deus chama-nos à santidade, não por meio de milagres e visões, mas nas circunstâncias ordinárias da vida. É aí que temos marcado o nosso encontro com Ele.

Foi assim que se santificaram Maria e José e continuam a santificar-se, com as devidas distâncias, a grande maioria dos cristãos que vivem na terra a caminho do Céu.

 

Fala o Santo Padre

 

«Jesus transfigurado no monte Tabor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória,

não para evitar que eles passassem através da cruz, mas para indicar onde carregar a cruz.

Quem morre com Cristo, com Cristo ressuscitará. E a cruz é a porta da ressurreição.»

O Evangelho apresenta-nos a narração da Transfiguração de Jesus (cf. Mt 17, 1-9). Tomou consigo em particular três apóstolos, Pedro, Tiago e João, subiu com eles a um alto monte, e lá deu-se este singular fenómeno: o rosto de Jesus «brilhou como o sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz» (v. 2). Deste modo o Senhor fez resplandecer na sua própria pessoa aquela glória divina que se podia obter com a fé na sua pregação e nos seus gestos milagrosos. E a transfiguração, no monte, é acompanhada pela aparição de Moisés e Elias, «que conversavam com Ele» (v. 3).

A «luminosidade» que caracteriza este evento extraordinário simboliza a sua finalidade: iluminar as mentes e os corações dos discípulos para que possam compreender claramente quem é o seu Mestre. É um raio de luz que se abre de repente sobre o mistério de Jesus e ilumina toda a sua pessoa e toda a sua vicissitude.

Agora decididamente encaminhado para Jerusalém, onde deverá sofrer a condenação à morte por crucificação, Jesus quer preparar os seus para este escândalo — o escândalo da cruz — para este escândalo demasiado forte para a sua fé e, ao mesmo tempo, prenunciar a sua ressurreição, manifestando-se como o Messias, o Filho de Deus. Com efeito, Jesus estava a demonstrar-se um Messias diverso em relação às expetativas, àquilo que eles imaginavam acerca do Messias, como era o Messias: não um rei poderoso e glorioso, mas um servo humilde e desarmado; não um senhor de grandes riquezas, sinal de bênção, mas um homem pobre, que não tem onde reclinar a cabeça; não um patriarca com descendência numerosa, mas um solteiro sem casa nem refúgio. É deveras uma revelação invertida de Deus, e o sinal mais desconcertante desta escandalosa inversão é a cruz. Mas precisamente através da cruz Jesus chegará à ressurreição gloriosa, que será definitiva, não como esta transfiguração que durou um momento, um instante.

Jesus transfigurado no monte Tabor quis mostrar aos seus discípulos a sua glória, não para evitar que eles passassem através da cruz, mas para indicar onde carregar a cruz. Quem morre com Cristo, com Cristo ressuscitará. E a cruz é a porta da ressurreição. Quem luta juntamente com Ele, com Ele triunfará. Eis a mensagem de esperança que a cruz de Jesus contém, exortando à fortaleza na nossa existência. A Cruz cristã não é um adorno de casa nem um ornamento pessoal, mas a cruz cristã é uma chamada ao amor com o qual Jesus se sacrificou para salvar a humanidade do mal e do pecado. […]

A Virgem Santa soube contemplar a glória de Jesus escondida na sua humildade. Que ela nos ajude a estar com Ele na oração silenciosa, a deixarmo-nos iluminar pela sua presença, para trazer ao coração, através das noites mais escuras, um reflexo da sua glória.

 Papa Francisco, Angelus, Praça São Pedro, 12 de março de 2017

 

Oração Universal

 

Irmãos e irmãs em Cristo:

 Invoquemos a Deus nosso Pai,

que nos revelou a divindade

de seu Filho muito amado

e nos mandou escutá-l’O.

Oremos (cantando), com alegria:

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas.

 

1. Para que Deus transfigure a santa Igreja,

    peregrina nos quatro cantos da terra,

    e a faça brilhar de santidade,

oremos com alegria.

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas.

 

2. Para que Deus transfigure os homens públicos,

    os ensine a trabalhar para o bem comum

    e a promover a paz e a justiça,

    oremos com alegria.

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas

 

3. Para que Deus transfigure aqueles que sofrem,

    os ajude a levar a sua cruz

e a seguir os passos do seu Filho,

oremos com alegria.

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas

 

4. Para que Deus transfigure o nosso olhar

     e nos ensine a descobrir, dia após dia,

     a sua presença na pessoa dos que sofrem,

     oremos com alegria.

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas

 

5. Para que Deus nos transfigure inteiramente

    e nos faça ver, como aos Apóstolos,

a glória de Jesus no monte santo,

oremos com alegria.

 

    Senhor, iluminai as nossas trevas

 

6. Para que Deus transfigure os moribundos

    e os leve a contemplar, na eternidade,

o rosto de Jesus, o Redentor,

    oremos com alegria.

 

  Senhor, iluminai as nossas trevas

 

Ouvi, Senhor, as nossas súplicas

e envolvei-nos com a luz santíssima

que aos Apóstolos foi dado ver brilhar,

para escutarmos a voz do vosso Filho,

imagem e esplendor da vossa glória.

Por Cristo Senhor nosso.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Introdução

 

Seguimos a recomendação do Pai aos três Apóstolos, ouvindo Jesus na primeira parte da Missa que estamos a celebrar.

Preparemo-nos agora, para, dentro de momentos, nos aproximarmos da Mesa Eucarística, para O recebermos sacramentalmente.

 

Cântico do ofertório: Na glória do teu rosto – C. Silva, OC, pg 320

 

Oração sobre as oblatas: Santificai, Senhor, estes dons pelo mistério da transfiguração do vosso Filho e com o esplendor da sua glória purificai-nos das manchas do pecado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio

 

O mistério da Transfiguração

 

V. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

 

v. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

 

v. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

 

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte, por Cristo nosso Senhor.

Na presença de testemunhas escolhidas, Ele manifestou a sua glória e na sua humanidade, em tudo semelhante à nossa, fez resplandecer a luz da sua divindade para tirar do coração dos discípulos o escândalo da cruz e mostrar que devia realizar-se no corpo da Igreja o que de modo admirável resplandecia na sua cabeça.

Por isso exulta a Igreja em toda a terra e com os Anjos e os Santos proclama a vossa glória, cantando numa só voz:

 

Santo, Santo, Santo.

 

Santo: J. F. Silva – NRMS, 14

 

Saudação da Paz

 

O Tabor onde Jesus Se transfigurou diante do olhar dos três Apóstolos, é um símbolo da paz que todos desejamos.

Subamos com Jesus Cristo ao Tabor, muitas vezes, pela oração confiante, implorando o dom da verdadeira paz.

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

Jesus Cristo, o Filho muito amado do Pai, Aquele mesmo que Se transfigurou gloriosamente no Tabor, convida-nos agora a recebê-l’O sacramentalmente.

Bem conscientes da nossa indignidade, avivemos a nossa fé e recebamo-l’O com a alegria de Pedro, dizendo-Lhe: Senhor, que bom estarmos aqui!

 

Cântico da Comunhão: Senhor Tu és a luz – A. Oliveira, NRMS, 6

 

Antífona da comunhão: Quando Cristo Se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque O veremos na sua glória.

 

Cântico de acção de graças: Louvai, louvai o Senhor – J. F. Silva, NRMS, 85

 

Oração depois da comunhão: O alimento celeste que recebemos, Senhor, nos transforme em imagem de Cristo, que no mistério da transfiguração manifestastes cheio de esplendor e de glória. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Tenhamos toda a confiança em Jesus Cristo, pois Ele, quando for necessário, confirmará a nossa fé.

 

Cântico final: Povos batei palmas – CS, NRMS, 48

 

Celebram neste dia o seu padroeiro todas as paróquias que têm como invocação o DIVINO SALVADOR.

 

 

 

Homilias Feriais

 

18ª SEMANA

 

2.ª Feira, 7-VIII: Contar sempre com a ajuda de Deus.

Num 11, 4-15 / Mt 14, 13-17

Pegou nos cinco pães e dois peixes, ergueu os olhos ao Céu e pronunciou a bênção.

Este milagre é uma manifestação da misericórdia de Jesus para com aqueles que O seguiam. É uma figura da superabundância do pão eucarístico (EV).

Ensina-nos a contar sempre com Deus para a resolução dos problemas mais complicados. Pela nossa parte, faremos aquilo que pudermos (os cinco pães e os dois peixes), e Ele fará o resto. Alegrai-vos em Deus, que é o nosso auxílio (SR). Os filhos de Israel queixaram-se da alimentação durante a fuga do Egipto, da alimentação ser muito pobre, provocando a ira do Senhor. Moisés intercedeu, dizendo: Se encontrei graça aos vossos olhos, que não veja mais desventuras! (LT).

 

3.ª Feira, 8-VIII: Ajuda nos momentos difíceis.

Num 12, 1-13 / Mt 15, 1-2. 10-14

Porque desobedecem os teus discípulos à tradição dos antigos e não lavam as mãos antes de comer?

Quando os acontecimentos são complicados, e aparentemente sem solução, dirijamo-nos a Deus, pedindo a sua ajuda. Foi o que aconteceu com Moisés, censurado por Maria e Aarão. Deus não gostou que tivessem censurado Moisés (LT). Apesar disso, Moisés pediu que Deus curasse uma mulher que o tinha censurado (LT).

Para resolver o problema da não lavagem das mãos dos discípulos, Jesus censurou muito fortemente a crítica: São cegos que guiam outros cegos (EV). Não é o que entra na boca, que torna o homem impuro (EV). Peçamos-lhe: Criai em mim, ó Deus, um coração puro. Tende compaixão de nós, Senhor, porque somos pecadores (SR).

 

 

6.ª Feira, 11-VIII: O valor das coisas para Deus

Dt 4, 32-40 / Mt 16, 24-28

Foi-te concedido ver tudo isto, para reconheceres que o Senhor é que é Deus e não há mais nenhum além dEle.

Moisés lembra ao seu povo que as maravilhas realizadas por Deus, desde a saída do Egipto: provocações, sinais, prodígios e combates, com mão forte (LT). Precisamos ter confiança em Deus, porque Ele nos abençoa com a Cruz.

A Cruz foi o caminho que Ele escolheu para nos salvar e, por isso, nos pede que sigamos o mesmo caminho. Resgataste o vosso povo com o vosso braço (SR). Conduzistes o vosso povo. Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-me (EV). Com a nossa cruz diária alcançaremos a vida eterna, pois a cruz não é um castigo, mas uma ajuda preciosa.

 

 

Sábado, 12-VIII: A fé e os prodígios

Dt. 6, 4-13 / Mt 17, 14-20

Se tiverdes fé como um grão de mostarda... nada vos será impossível.

Os discípulos não puderam curar um rapaz epiléptico. Porque, como disse o Senhor, faltou-lhes a fé (EV). Numa outra ocasião, já pediram ao Senhor: Aumenta-nos a fé. O mesmo temos nós que pedir, quando aparecer alguma dificuldade.

Se passar algum tempo sem obtermos resposta, que nos diz o Senhor? Se parece demorar, deves esperá-la (a resposta), porque ele há-de vir e não tardará. O justo viverá pela sua fidelidade (LT). Pelo contrário, sucumbe quem não tem a alma recta (LT). Eu vos amo, Senhor: Vós sois a minha força, a minha fortaleza, o meu refúgio e o meu libertador e meu auxílio (SR).

 

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:            Fernando Silva

Nota Exegética:          Geraldo Morujão

Homilias Feriais:         Nuno Romão

Sugestão Musical:      José Carlos Azevedo


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