aCONTECIMENTOS eclesiais
DA SANTA SÉ
VATICANO:
Bento XVI assinala 93.º aniversário,
tornando-se o terceiro pontífice a atingir essa idade,
nos últimos 800 anos
O Papa emérito Bento XVI assinala em 16 de abril o seu 93.º aniversário, num momento de isolamento social por causa da pandemia de Covid-19, tornando-se o terceiro pontífice a atingir essa idade, nos últimos 800 anos.
Em declarações ao portal de notícias do Vaticano, o secretário particular do Papa emérito, D. Georg Gaenswein, refere que Bento XVI tem recebido vários telefonemas e mensagens de felicitações, acompanhando as notícias sobre a pandemia, em oração por todos os que sofrem com ela.
“Ficou particularmente impressionado com os muitos sacerdotes, médicos e enfermeiros que morreram, em particular no norte da Itália, ao realizar o seu próprio serviço de assistência aos doentes do coronavírus”, disse o arcebispo Gaenswein.
Iniciado com a Missa na capela do mosteiro – uma celebração mais solene do que o habitual –, o dia no Mater Ecclesiae tem vários momentos de oração e leituras, bem como cantos típicos da Baviera (sul da Alemanha).
Esta manhã, Bento XVI recebeu a sua nova biografia escrita, pelo jornalista alemão Peter Seewald, que será publicada a 4 de maio.
Joseph Ratzinger nasceu em Marktl am Inn (Alemanha), no dia 16 de abril de 1927, um Sábado Santo, e passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da Áustria.
Nos últimos meses da II Guerra Mundial (1939-1945), foi arrolado nos serviços auxiliares antiaéreos pelo regime nazi.
Juntamente com o seu irmão Georg, foi ordenado padre a 29 de junho de 1951; dois anos depois, doutorou-se em teologia com a tese ‘Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho’.
De 1962 a 1965, participou no Concílio Vaticano II como ‘perito’, após ter chegado a Roma como consultor teológico do cardeal Joseph Frings, arcebispo de Colónia.
Em 25 de março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o arcebispo de Munique e Frisinga; a 28 de maio seguinte, recebeu a sagração episcopal e escolheu como lema episcopal ‘Colaborador da verdade’.
O mesmo Paulo VI criou-o cardeal, no consistório de 27 de junho de 1977.
Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guaiaquil (Equador) de 16 a 24 de setembro; no mês de outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
O Papa polaco nomeou o cardeal Ratzinger como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de novembro de 1981.
No dia 19 de abril de 2005 foi eleito como o 265.º Papa, sucedendo a João Paulo II; a 11 de fevereiro de 2013, Dia Mundial do Doente e memória litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes, anunciou a renúncia ao pontificado, com efeitos a partir do dia 28 do mesmo mês, uma decisão inédita em quase 600 anos de história na Igreja Católica.
Embora persistam incertezas quanto aos dados dos pontificados dos primeiros séculos – não se sabe a data de nascimento do Papa santo Agatão, falecido em 681, que a tradição considera ter vivido mais de 100 anos – apenas dois Papas completaram 93 anos de idade nos últimos séculos: Celestino III (1105-1198), eleito em 1191, já com 86 anos; e Leão XIII (1810-1903), eleito em 1878, com 67 anos.
Bento XVI realizou 24 viagens ao estrangeiro, incluindo uma visita a Portugal, entre 11 e 14 de maio de 2010, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.
No total, as viagens pontifícias tiveram como destino prioritário a Europa (16), seguindo-se a América (3), o Médio Oriente (2), a África (2) e a Oceânia (1); a estas somam-se 30 visitas em solo italiano.
Bento XVI assinou três encíclicas: ‘Deus caritas est’ (Deus é amor), ‘Spe salvi’ (Salvos na esperança) e ‘Caritas in Veritate’ (A caridade na verdade); também presidiu a três Jornadas Mundiais da Juventude (Colónia, Sidney e Madrid), para além de ter convocado cinco Sínodos dos Bispos, um Ano Paulino, um Ano Sacerdotal e um Ano da Fé.
Em 2012, encerrou a sua trilogia sobre ‘Jesus de Nazaré’ com um livro sobre a infância de Cristo, dois anos após a publicação do livro-entrevista ‘Luz do Mundo’, resultante de uma conversa com o jornalista alemão Peter Seewald.
No pontificado de Bento XVI foram canonizados 44 santos em 10 cerimónias, incluindo o português Nuno de Santa Maria, D. Nuno Álvares Pereira, a 26 de abril de 2009; Portugal conta também com duas novas beatas: Rita Amada de Jesus (beatificada a 28 de maio de 2006, em Viseu) e a Madre Maria Clara (21 de maio de 2011, Lisboa)
Desde a sua renúncia, o Papa emérito tem mantido uma vida reservada no Mosteiro ‘Mater Eclesiae’, do Vaticano, sem aparições públicas desde julho de 2016.
VATICANO:
«Ninguém se salva sozinho»,
a lição que o Papa quer manter para o futuro
O Papa Francisco assina em 17 de abril um texto na revista espanhola ‘Vida Nueva’ em que propõe um “plano para ressuscitar” a humanidade, após a pandemia de Covid-19, referindo que “ninguém se salva sozinho”.
“Se pudemos aprender alguma coisa neste tempo, é que ninguém se salva sozinho. As fronteiras caem, os muros derrubam-se e todos os discursos integristas se dissolvem, perante uma presença quase impercetível que manifesta a fragilidade de que somos feitos”, escreve.
O texto elogia todos os que, nestes tempos, foram capazes de “cuidar, sem colocar em risco a vida dos outros”, saudando médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores da limpeza, transportes, forças de segurança, voluntários, educadores e “tantos outros”.
O Papa realça que, se as autoridades ordenaram o confinamento, foram as pessoas que o tornaram possível, “conscientes da sua responsabilidade para travar a pandemia”.
“Vizinhos e familiares colocaram-se em marcha, com esforço e sacrifício, para ficar nas suas casas e assim travar a difusão” do novo coronavírus, assinala o pontífice.
Francisco diz que é necessário assumir “o impacto e as graves consequências” do momento que se vive, unindo a “família humana” numa resposta comum aos males que atingem milhões de pessoas em todo o mundo.
“A globalização da indiferença vai continuar a ameaçar e a tentar o nosso caminho. Queira Deus que nos encontre com os anticorpos necessários da justiça, da caridade e da solidariedade”, aponta.
Seremos capazes de atuar responsavelmente perante a fome de que tantos padecem, sabendo que há alimentos para todos?
Continuaremos a olhar para o outro lado, com um silêncio cúmplice, perante as guerras alimentadas por desejos de domínio e de poder?
Estaremos dispostos a mudar estilos de vida que mergulham tantos na pobreza, promovendo e animando-nos a levar uma vida mais austera e humana, que possibilite uma divisão equitativa dos recursos?
Adotaremos, como comunidade internacional, as medidas necessárias para travar a devastação do meio ambiente, ou continuaremos a negar as evidências?
O artigo destaca a “força imparável” da fé e do serviço ao próximo, afirmando que “Deus nunca abandona o seu povo”.
A reflexão parte da fé cristã na ressurreição de Jesus Cristo, celebrada na Páscoa, uma proposta de “vida nova” para toda a humanidade.
O Papa recorda que, segundo os Evangelhos, as mulheres foram as primeiras a anunciar a ressurreição e o fizeram porque “foram capazes de colocar-se em movimento, sem se deixar paralisar pelo que estava a acontecer”.
Francisco deixa um convite à “alegria”, admitindo que possa parecer uma “provocação”, perante a situação vivida por milhões de pessoas, comparando o sofrimento e as “graves consequências” que se vislumbram à “pedra do sepulcro”, que foi removida na Páscoa.
“Sempre que tomamos parte na Paixão do Senhor, que acompanhamos a paixão dos nossos irmãos, vivendo inclusivamente a própria paixão, os nossos ouvidos escutam a novidade da ressurreição: não estamos sós, o Senhor precede-nos no nosso caminhar, removendo as pedras que nos paralisam”, sustenta.
VATICANO:
Papa alerta para sobrelotação das cadeias (c/vídeo)
O Papa alertou no Vaticano para a sobrelotação das cadeias e as consequências que a pandemia de Covid-19 pode provocar nos estabelecimentos prisionais.
“Penso num grave problema em várias partes do mundo: gostaria que hoje rezássemos pelo problema da sobrelotação nas prisões. Onde há sobrelotação – muita gente ali – há o perigo, nesta pandemia, de que se acabe numa grave calamidade”, disse, antes da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
“Rezemos pelos responsáveis, por aqueles que devem tomar as decisões sobre isto, a fim de que encontrem um caminho justo e criativo para resolver o problema”, acrescentou.
Também o cardeal-patriarca de Lisboa referiu que ceder indultos ou conceder um perdão parcial de penas “são medidas que partem do que já está previsto”, e o que está a ser feito é alargá-las, “sem pôr em causa de maneira nenhuma a segurança pública”.
“Vão também ao encontro do que a Organização Mundial de Saúde e outros governos da Europa já têm avançado”, referiu à Renascença o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.
Já o coordenador nacional da pastoral penitenciária, padre João Gonçalves, destacou à Agência Ecclesia as “razões humanitárias” que levam o Governo a ponderar a libertação de reclusos, devido à pandemia de Covid-19, e refere que se trata de “casos concretos”.
“O Governo propõe um conjunto de indultos por razões humanitárias que é uma coisa muito bonita, uma expressão interessante porque se vai jogar concretamente com a lei de execução de penas que pode trazer processos de libertação mais humanos e que ponham em resposta aquilo que é a recuperação da pessoa”, referiu.
A Obra Vicentina de Auxílio aos Reclusos – Sociedade de S. Vicente de Paulo também saudou a intenção de libertar reclusos antes da conclusão da pena, mas apelou a um alargamento da aplicabilidade do perdão de penas aos jovens que se encontram nos Centros Educativos de Menores.
“Há a omissão da consideração particular das mães reclusas com filhos menores”, refere um comunicado do organismo católico.
Estamos no mundo, para amar a Deus e aos outros. O drama que estamos a atravessar impele-nos a levar a sério o que é sério, a não nos perdermos em coisas de pouco valor; a redescobrir que a vida não serve, se não se serve. Porque a vida mede-se pelo amor.
VATICANO:
Papa apela à unidade europeia na resposta à pandemia
O Papa apelou em 22 de abril à unidade europeia na resposta à pandemia de Covid-19.
“Neste tempo no qual é preciso muita unidade entre nós, entre as nações, rezemos hoje pela Europa, a fim de que a Europa consiga ter esta unidade, esta unidade fraterna com que os pais fundadores da União Europeia sonharam”, referiu, no início da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
A homilia da celebração abordou a simbologia da “luz” representada pela morte e ressurreição de Cristo, que enfrenta as “trevas” do mal.
“O crucifixo é o grande livro do amor de Deus por nós. Muitos cristãos passam o tempo contemplando o crucifixo e nele encontram tudo, porque entenderam, o Espírito Santo fê-los entender que ali está toda a ciência, todo o amor de Deus, toda a sabedoria cristã: a luz de Deus”, observou Francisco.
O Papa referiu que outras pessoas, no entanto, não conseguem viver nessa luz e são como “morcegos humanos, que vivem na noite”.
“Muitos escândalos humanos, muitas corrupções indicam isso. Os corruptos não sabem o que é a luz, não a conhecem. Também nós, quando nos encontramos em estado de pecado, em estado de distanciamento do Senhor, tornamo-nos cegos e sentimo-nos melhor nas trevas; caminhamos assim, sem ver, como os cegos, deslocando-nos como podemos”, advertiu.
A celebração concluiu-se com a adoração bênção eucarística e o convite do Papa à Comunhão espiritual.
VATICANO:
Papa convida a redescobrir valor da oração
O Papa iniciou em 6 d maio um novo ciclo de catequeses semanais, convidando os católicos a redescobrir o valor da oração.
“Os tempos difíceis que vivemos são favoráveis a redescobrir a necessidade da oração na nossa vida. Abramos as nossas portas do nosso coração de par em par ao amor de Deus, nosso Pai, que saberá ouvir-nos”, disse, durante a audiência geral que foi transmitida online, desde a biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.
A reflexão partiu do episódio da cura de um cego, Bartimeu, relatada nos Evangelhos, que chama a atenção de Jesus com os seus gritos.
“A fé é um grito, a falta de fé é o sufocar desse grito. É como um ‘silêncio’. A fé é um protesto contra uma condição dolorosa da qual não entendemos o motivo; a falta de fé é aceitar viver uma situação à qual nos adaptamos”, referiu Francisco.
O Papa citou o Catecismo da Igreja Católica para realçar que “a humildade é o fundamento da oração”.
“Mais forte do que qualquer argumento contrário, no coração humano há uma voz que invoca. Uma voz que sai espontaneamente, sem que ninguém a comande, uma voz que questiona o significado do nosso caminho aqui em baixo, sobretudo quando nos encontramos na escuridão”, acrescentou.
O Papa associou-se à oração da “Súplica a Nossa Senhora do Rosário”, que vai decorrer no santuário italiano de Pompeia.
“Exorto todos a unir-se espiritualmente a este ato popular de fé e de devoção, para que, por intercessão da Virgem Santa, o Senhor conceda misericórdia e paz à Igreja e todo o mundo”, apelou.
VATICANO:
Papa faz oferta a hospital de Bérgamo
e bispos italianos enviam 6 milhões de euros a países africanos
O Papa enviou um donativo pessoal de 60 mil euros, através do bispo de Bérgamo (Itália), para o Hospital João XXIII, em solidariedade com todos os que lutam contra a pandemia de Covid-19.
A informação foi divulgada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI), a qual refere ainda que destinou 6 milhões de euros do montante que recebe através de consignação fiscal para ajudar países africanos no combate à propagação do novo coronavírus.
Na Itália, o fundo do chamado ‘otto per millle” (os 0,8% que os cidadãos podem canalizar para a CEI, através da sua declaração de impostos) já distribuiu um total de 16 milhões de euros a várias instituições de saúde e solidariedade.
O Vaticano anunciou que, em linha com as indicações do Governo italiano, vai manter em vigor medidas de prevenção, para evitar a difusão da Covid-19.
VATICANO:
Papa censura os «Judas»
que exploram pessoas necessitadas em tempos de crise
O Papa Francisco censurou os que exploram as pessoas necessitadas, em tempos de pandemia, comparando-os a Judas, o discípulo que traiu Jesus.
“Rezemos, hoje, por aqueles que neste tempo de pandemia fazem negócio com os necessitados. Aproveitam-se da necessidade dos outros e vendem-nos: os mafiosos, os agiotas e tantos outros. Que o Senhor toque o seu coração e os converta”, disse, no início da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
Na homilia, Francisco centrou-se na traição de Judas e daqueles que fazem negócio com as pessoas. “Também hoje existem Judas, pessoas que traem, inclusive os seus entes queridos, vendendo-os, para interesses próprios. Também hoje existem pessoas que querem servir Deus e o dinheiro, exploradores escondidos, aparentemente impecáveis, mas que fazem comércio com as pessoas: vendem o próximo”, denunciou.
“Judas deixou discípulos, discípulos do diabo. Judas era apegado ao dinheiro: quem ama demasiado o dinheiro, trai. Mas é traído pelo diabo, que é um mau pagador e deixa-o no desespero. Acaba por enforcar-se”.
O Papa falou dos “Judas institucionalizados” que exploram hoje as pessoas e também nos “pequenos Judas” que estão dentro de cada um e provocam traições, em nome dos próprios interesses.
Francisco terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual.
VATICANO:
Papa oferece 30 ventiladores
a hospitais de Itália e Espanha
O Vaticano anunciou que o Papa ofereceu 30 ventiladores para hospitais das “zonas mais afetadas” pela pandemia da Covid-19 na Itália e Espanha.
A entrega dos aparelhos foi coordenada pela Esmolaria Apostólica, o “braço da caridade” de Francisco; os bispos das dioceses escolhidas vão identificar os hospitais onde a necessidade é maior, explicou a Santa Sé.
“A oração sem caridade não é completa”, afirma o esmoler pontifício, cardeal Konrad Krajewski, que convida todos à generosidade, dentro das próprias possibilidades.
VATICANO:
Papa reforça alerta em defesa dos sem-abrigo
O Papa renovou Vaticano os seus apelos em favor das pessoas em situação de sem-abrigo, particularmente vulneráveis durante a pandemia de Covid-19.
“Estes dias de dor e de tristeza mostram muitos problemas escondidos. No jornal, hoje, há uma foto que toca o coração: muitos sem-abrigo de uma cidade reunidos num parque de estacionamento, sob observação… há muitos sem-abrigo hoje”, referiu, no início da Missa a que presidiu na Capela da Casa de Santa Marta.
“Peçamos a Santa Teresa de Calcutá que desperte em nós o sentido da proximidade a muitas pessoas que na sociedade, na vida normal, vivem escondidas, mas, como os sem-abrigo, no momento da crise, se evidenciam desse modo”, acrescentou Francisco.
As imagens às quais o Papa se referiu são de Las Vegas, nos Estados Unidos da América, onde um abrigo para sem-abrigo foi temporariamente transferido para um estacionamento descoberto, após ser fechado por causa de um caso positivo de Covid-19.
O encerramento do Catholic Charities of Southern Nevada deixou 500 pessoas sem lugar onde dormir, forçando as autoridades da cidade a libertar o estacionamento de um centro de convenções; os sem-abrigo vão permanecer ali até que a Catholic Charities (o correspondente à Cáritas, nos EUA) deva reabrir.
Já no Twitter, o Papa lembrou as famílias que têm filhos com deficiência ou transtornos do espectro autista.
O Santo Padre terminou a celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão espiritual.
Roma:
Morreu de Pandemia o Padre Miguel Tabet
O Padre Miguel Tabet, sacerdote da Prelatura Opus Dei, foi o primeiro sacerdote a falecer em Roma, vítima da pandemia. Tinha 79 anos.
Tinha nascido em Caracas, na Venezuela, em 24 de setembro de 1941, e era professor emérito de Sagrada Escritura e História da Igreja da Universidade de la Santa Croce (Santa Cruz).
Foi contagiado pelo Coronavirus junto dos seus companheiros, numa residência do Opus Dei.
Tratado diligentemente no policlínico universitário Campus Biomédico de Roma, não resistiu à infeção.
O Padre Miguel Tabet foi dos primeiros professores ordinários do então centro Romano da Santa cruz, desde 1984. Ensinou entre outras matérias, Exegese e Hermenêutica bíblica, com particular referencia ao Antigo Testamento.
Foi membro de diversas associações bíblicas como a Associação Bíblica Italiana, desde 1972; e da Associação Bíblica Espanhola, desde 1982.
Entre as suas últimas publicações estão «Iniciación al estudio del Nuevo Testamento», «La vida de Jesús y de la Iglesia primitiva», «Introducción a la Literatura Intertestamentaria», «Introducción a los libros poéticos y sapienciales del Antiguo Testamento», «Introducción al Pentateuco y a los libros históricos del Antiguo Testamento», y «Lectura multidimensional de la Sagrada Escritura».
No ano de 2014, a Faculdade de Teologia da Universidade da Santa Croce organizou um ato académico em sua honra e apresentou o volume Collectanea Bíblica, compilado por E. González, que recolhe a maioria dos seus escritos.
Além de ter realizado uma grande atividade académica, desde há anos que tinha a seu cargo uma importante pastoral familiar e acompanhava os casais jovens no seu crescimento espiritual. Levou a cabo em San Girolamo della Carità, a primeira igreja onde serviu S. Felipe Neri.