17º Domingo Comum

26 de Julho de 2020

 

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: Deus vive na sua morada santa – A. F. Santos, NRMS, 38

Salmo 67, 6-7.36

Antífona de entrada: Deus vive na sua morada santa, Ele prepara uma casa para o pobre. É a força e o vigor do seu povo.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Passamos a vida a sonhar com a realização de desejos sem que nunca os possamos ver concretizados: fortuna, saúde robusta, muitos amigos, trabalho menos cansativo e com melhor remuneração, casa cheia de comodidades que, de momento não temos...

Algumas pessoas sonham especialmente quando jogam no Euromilhões, no totoloto ou noutro jogo que nos poderia tornar ricos da noite para o dia.

Se o Senhor nos dissesse como ao rei Salomão – “Pede o que quiseres!” – que Lhe pediríamos?

A Liturgia da Palavra deste 17.º Domingo do Tempo Comum sugere-nos uma escolha acertada.

 

Acto penitencial

 

(Tempo de silêncio. Apresentamos, como alternativa, elementos para o esquema C)

 

Queremos pedir humildemente perdão ao Senhor das más escolhas que fazemos várias vezes ao dia. Acontece todas as vezes que nos deixamos arrastar pelas paixões desordenadas – a sensualidade, a soberba, a preguiça – em vez de ouvirmos a voz do Senhor e a seguirmos.

Peçamos-Lhe ajuda para atuarmos sempre de acordo com a Santíssima Vontade de Deus a nosso respeito. 

 

•   Senhor Jesus: Deixamo-nos entusiasmar facilmente pelo que nada vale

                e deixamos, por isso, de parte a oração e a frequência dos sacramentos.

                Senhor, tende piedade de nós!

 

                Senhor, tende piedade de nós!

 

•   Cristo: Somos tentados pelo egoísmo a pensar só nos nossos interesses

                e nunca encontramos tempo para ajudar as pessoas que precisam de nós.

                Cristo, tende piedade de nós!

 

                Cristo, tende piedade de nós!

 

•   Senhor Jesus: Temos mede de fazer uma pausa, na vida, para avaliar

                o valor das nossas escolhas, num retiro ou noutro meio de formação.

                Senhor, tende piedade de nós!

 

                Senhor, tende piedade de nós!

 

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

 

Oração colecta: Deus, protector dos que em Vós esperam: sem Vós nada tem valor, nada é santo. Multiplicai sobre nós a vossa misericórdia, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens temporais que possamos aderir desde já aos bens eternos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: O Senhor apareceu em sonhos ao rei Salomão, filho de David e célebre pela sua inteligência, e desafiou-o a pedir-Lhe o que quisesse. Ele pediu apenas a sabedoria para cumprir bem o seu dever de rei.

Deve ser este o maior desejo de cada um de nós: cumpri bem a missão que o Senhor nos confia nesta vida.

 

1 Reis 3, 5.7-12

Naqueles dias, 5O Senhor apareceu em sonhos a Salomão durante a noite e disse-lhe: «Pede o que quiseres». 7Salomão respondeu: «Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder. 8Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, que não se pode contar nem calcular. 9Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?» 10Agradou ao Senhor esta súplica de Salomão e disse-lhe: 11«Porque foi este o teu pedido, e já que não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos, mas sabedoria para praticar a justiça, 12vou satisfazer o teu desejo. Dou-te um coração sábio e esclarecido, como nunca houve antes de ti nem haverá depois de ti».

 

A leitura é tirada do 1° Livro dos Reis, cuja figura central dos primeiros capítulos é Salomão, o rei sábio (3,1 – 5,15), construtor (5,15 – 9,25) e comerciante (9,26 – 10,29). A glória de Salomão, em especial a sua sabedoria, é-nos apresentada aqui como recompensa divina para a sua piedade e desprendimento: «agradou ao Senhor que Salomão tivesse feito este pedido» (v. 10).

5 «Gábaon». Localidade a cerca de onze quilómetros a Noroeste de Jerusalém (hoje. el-Gib) onde se encontrava o mais importante «lugar alto» (santuário situado no cimo dum monte). Ver 2Cron 1,3.

7 «Sou muito novo e não sei como proceder», à letra, sou um menino pequeno que não sabe sair nem entrar, isto é, tratar de negócios, governar. Sair e entrar é um hebraísmo muito corrente, uma forma figurada de falar, tirada da vida pastoril, em que o pastor mostra a sua capacidade saindo e entrando bem como todo o rebanho.

 

 

Salmo Responsorial    Sl 118, 57.72.76-77.127-128.129-130 (R . 97a )

 

Monição: O Espírito Santo convida-nos a entoar um salmo no qual manifestamos o Senhor o amor à Sua Lei e o desejo que temos de fazer a vontade de Deus.

Será uma oração muito apropriada para quando nos sentirmos tentados a seguir os caprichos das nossas paixões. Em vez de preferir a vontade de Deus.

 

Refrão:     Quanto amo, Senhor, a vossa lei!

 

Senhor, eu disse: A minha herança

é cumprir as vossas palavras.

Para mim vale mais a lei da vossa boca

do que milhões em ouro e prata.

 

Console-me a vossa bondade,

segundo a promessa feita ao vosso servo.

Desçam sobre mim as vossas misericórdias e viverei,

porque a vossa lei faz as minhas delícias.

 

Por isso, eu amo os vossos mandamentos,

mais que o ouro, o ouro mais fino.

Por isso, eu sigo todos os vossos preceitos

e detesto todo o caminho da mentira.

 

São admiráveis as vossas ordens,

por isso, a minha alma as observa.

A manifestação das vossas palavras ilumina

e dá inteligência aos simples.

 

Segunda Leitura

 

Monição: S. Paulo recorda-nos, na sua carta aos fiéis da Igreja de Roma, a vocação sublime a que fomos chamados, pelo baptismo: reproduzirmos em nós a imagem de Cristo.

 

Romanos 8, 28-30

Irmãos: 28Nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados, segundo o seu desígnio. 29Porque os que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos. 29E àqueles que predestinou, também os chamou; àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou.

 

Estas breves e incisivas palavras são das mais belas sínteses paulinas e estão na linha dos ensinamentos centrais de Romanos: a confiança mais absoluta em Deus, que há-de levar a cabo a obra já começada de salvar os seus fiéis. É certo que S. Paulo admite noutras passagens a possibilidade de que estes não se venham a salvar; mas, se isso vier a suceder, não pode ser por uma falha de Deus, mas apenas por uma atitude plenamente deliberada do homem resgatado. A nossa esperança é firmíssima (cf. Rom 5,5.10), porque temos dentro de nós o próprio Espírito Santo, que vem em ajuda da nossa fraqueza, intercedendo por nós com gemidos inefáveis (cf. Rom 8,26), e Deus Pai ouve esta intercessão, porque está plenamente conforme com Ele mesmo (v. 27). Além disso, por uma Providência amorosíssima, «Deus concorre, em tudo para o bem daqueles que O amam» (v. 28), o que também corresponde ao aforismo popular: «Deus escreve direito por linhas tortas».

29-30 O desígnio salvador de Deus é aqui explicitado em cinco etapas (já explicitadas noutras passagens): Deus «conheceu-nos de antemão», isto é, olhou-nos com amor; «predestinou-nos para sermos conformes à imagem do seu Filho», sendo um só com Cristo; «chamou-nos»; «justificou-nos»; «glorificou-nos». É certo que ainda não estamos na plena posse da glória que nos está garantida (cf. vv. 17-18), mas a verdade é que já a podemos considerar adquirida, dada a nossa intima união a Cristo ressuscitado na sua glória; é por isso que os gramáticos consideram esta forma verbal do passado – glorificou-nos – como um «aoristo proléptico» (são frequentes em S. Paulo as figuras da prolepse).

 

 

Aclamação ao Evangelho        cf. Mt 11, 25

 

Monição: Acolhamos com humildade e alegria o Evangelho que vai ser proclamado agora para nós.

O Senhor manifesta as Suas maravilhas aos pequeninos e humildes e enche-os de felicidade com a luz da Sua Palavra.

 

Aleluia

 

Cântico: Aleluia – Az. Oliveira, NRMS, 36

 

Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra,

porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino.

 

 

Evangelho*

 

* O texto entre parêntesis pertence à forma longa e pode ser omitido.

 

Forma longa: São Mateus 13, 44-52                 Forma breve: São Mateus 13, 44-46

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: 44«O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. 45O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. 46Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola.

[47O reino dos Céus é semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48Logo que se enche, puxam-na para a praia e, sentando-se, escolhem os bons para os cestos e o que não presta deitam-no fora. 49Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos 50e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes. 51Entendestes tudo isto?» Eles responderam-Lhe: «Entendemos». 52Disse-lhes então Jesus: Por isso, todo o escriba instruído sobre o Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas».]

 

Nesta leitura podemos distinguir três unidades: as parábolas do tesouro e da pérola (vv. 44-46); a parábola da rede (w. 47-50); e a conclusão final do discurso das parábolas (vv. 51-52). As duas primeiras parábolas são equivalentes e a da rede é paralela à do trigo e do joio (vv. 36-43).

44-46 As parábolas do tesouro escondido e da pérola rara deixam ver, antes de mais, que o Reino dos Céus é o maior bem que o homem pode chegar a conseguir; tudo o resto é relativo. Também parece significativo que tanto o pobre jornaleiro, como o negociante (este rico certamente) entregam tudo o que têm para chegarem à posse do tão precioso bem almejado. No entanto, cada uma das duas parábolas põe o acento num aspecto particular do Reino: o tesouro foca a abundância dos seus bens; a pérola, a sua beleza. Não parece que os pormenores em que ambas as parábolas divergem sejam didacticamente significativos, pois devem ser meros pormenores narrativos: assim a casualidade da descoberta do tesouro e o achado da pérola após longa procura; o tesouro está escondido e a pérola é apresentada. Também não é significativo o facto de que o homem que acha o tesouro o esconda, pois seria a aprovação dum expediente fraudulento; com efeito, o ensinamento da parábola não versa sobre isto; o que interessa, como lição, é a atitude do homem que se desprende de tudo para obter o tesouro escondido.

52 O longo discurso das parábolas termina com o elogio do escriba cristão, que se faz discípulo: «o escriba instruído sobre o Reino dos Céus». Este, como um senhor endinheirado, «tira do seu tesouro coisas novas e velhas», isto é, administra toda a riqueza da Antiga Aliança (que Cristo não rejeitou: cf. Mt 5,17) e toda a riqueza da novidade evangélica. O discípulo de Cristo não possui só para si a riqueza do tesouro do Evangelho, mas tira do seu tesouro, para tornar os homens, seus irmãos, participantes de tão grande bem.

 

 

Sugestões para a homilia

 

• Os nossos desejos e ambições

Deus convida-nos a escolher

Humildade para escolher bem

A escolha acertada

• O verdadeiro tesouro

Como encontrar o tesouro

Vender tudo e comprar

Com os olhos na eternidade

 

1. Os nossos desejos e ambições

 

a) Deus convida-nos a escolher. «O Senhor apareceu em sonhos a Salomão durante a noite e disse-lhe: “Pede o que quiseres”»

O Senhor propôs ao rei Salomão, filho do rei David, que escolhesse o que mais desejava, garantindo-lhe que lho daria.

Toda a escolha é uma eleição livre e, ao mesmo tempo, significa também uma renúncia ao que não se escolheu. Quando uma pessoa se disponibiliza a fazer uma compra de uma peça de roupa, de uma casa, ou de um automóvel, ao eleger um, põe de lado todos os outros.

Também na escolha de um caminho da vida, de alguém com quem se deseja celebrar o sacramento do matrimónio, não é possível ficar sempre com o coração na mão, oferecendo-o a todos, sem o entregar a ninguém.

A vida, tempo e prova. A nossa vida na terra é um tempo muito limitado de prova desportiva que pode ter como recompensa um prémio de valor infinito.

Somos necessariamente submetidos a esta prova em que podemos ganhar tudo ou perder tudo.

Esta escolha deve ser feita por cada um de nós com perfeita liberdade e responsabilidade. Não poderemos desculpar-nos de uma escolha má, só porque nos aconselharam mal. É impossível deixar de assumir esta responsabilidade na vida.

Ser feliz ou infeliz. A escolha que o Senhor nos propõe concretiza-se, pois, entre o bem e o mal, o amor ou o ódio, a alegria ou a tristeza, a felicidade ou a infelicidade eternas.

Cada um de nós, de algum modo, recebe a mesma proposta que recebeu o rei Salomão. Deus lança-nos o desafio e respeita inteiramente a nossa escolha embora, como Pai, prefira que escolhamos o Seu Amor e, portanto, a felicidade.

Escolha e vida. Esta escolha implica uma orientação radical da nossa vida – da inteligência, da vontade e da liberdade – para depois se manifestar nas obras da nossa vida.

Feita a escolha, muitas vezes ao dia temos de repetir a nós próprios o que decidimos, para não sermos enganados, acabando por renunciar à escolha feita de uma vez para sempre.

Escolha e conversão. Até ao último momento da nossa vida é sempre possível mudar a escolha feita antes. É uma consequência da nossa liberdade pessoal. Quando esta mudança é feita para bem, toma o nome de conversão pessoal.

Afinal, a nossa vida é um caminho em que temos de estar sempre a retomar o caminho, porque somos continuamente tentados a desviar-nos dele.

 

b) Humildade para escolher bem. «Salomão respondeu: “Senhor, meu Deus, Vós fizestes reinar o vosso servo em lugar do meu pai David e eu sou muito novo e não sei como proceder. Este vosso servo está no meio do povo escolhido, um povo imenso, inumerável, [...].»

Salomão sente sobre os seus ombros o peso de governar o Povo de Deus. É jovem e inexperiente para assumir tanta responsabilidade.

Salomão poderia ter escolhido muitas coisas para a sua vida. O Senhor quis que ficássemos a saber o que o rei pôs de lado: «não pediste longa vida, nem riqueza, nem a morte dos teus inimigos

A humildade para fazer uma boa escolha do caminho a seguir manifesta-se em nós em vários aspetos.

Humildade e formação. A primeira condição para podermos escolher bem é ter boa informação. Se isto é necessário em qualquer escolha ou compra que temos de fazer, como não há-de sê-lo para fazer a escolha mais importante da nossa vida?

Nos nossos dias, esta necessidade é ainda maior porque o inimigo tenta enganar-nos com uma falsa publicidade.

Os meios de comunicação social (TV, Rádio, Internet, Jornais...) propõem-nos como sendo o mais importante o económico, ou seja, tudo o que se refere ao dinheiro.

Aparece também o desporto, sobretudo o futebol; a sensualidade em todas as suas formas; a boa mesa: e a comodidade tendente a endeusar o corpo.

Humildade e oração. Salomão ora humildemente ao Senhor para pedir aquilo que é do agrado de Deus. Precisamos de implorar do Senhor luz para conformarmos a nossa vontade coma d’Ele.

Assim faz Salomão, quando Deus lhe propõe que peça o que quiser, e o desejo que manifesta ao Senhor acaba por Lhe ser agradável.

Humildade conselho. Se para coisas banais pedimos conselhos aos melhores amigos, conhecedores da matéria em cau, quanto mais quando se trata de escolher a nossa salvação eterna!

Ninguém é bom juiz em causa própria. Precisamos de um amigo imparcial que nos diga o que é melhor para a nossa salvação.

Esse amigo pode ser o sacerdote que nos atende de confissão, um companheiro de trabalho, um vizinho ou qualquer outro. O importante é que tenha ideias claras sobre os problemas da vida e não pretenda manipular-nos

 

c) A escolha acertada. «Dai, portanto, ao vosso servo um coração inteligente, para saber distinguir o bem do mal; pois, quem poderia governar este vosso povo tão numeroso?”»

Salomão não pede riquezas nem ambiciona novas terras e povos e dinheiro para o seu reino. Está preocupado em desempenhar-se bem da missão que o Senhor lhe entregou de governar sabiamente o seu povo.

A cada um de nós é proposta uma escolha para governar bem o reino da nossa vida na terra. Assim como para Salomão não era indiferente – um tanto faz – governar bem ou mal, porque sabia que deveria dar contas a Deus e aos homens do modo como governasse, mais ainda o não é para nós, porque a escolha que fazemos para a nossa vida concretiza-se em escolher para cada um de nós uma eternidade feliz ou infeliz, o Céu ou o inferno para sempre.

Inteligência. Salomão pede inteligência para escolher acertadamente. No seu tempo, o coração era considerado a sede da inteligência. Hoje, para nós, é a sede da bondade e do amor.

Quando a inteligência se corrompe, a vida segue-a. Esta verdade explica a preocupação de certos partidos em controlar a escola. Não se trata, como dizem, de ter uma escola para os pobres e outra para os ricos. Os pais, pelo pagamento de impostos, têm o direito de escolher o tipo de educação que lhes parece melhor para os filhos.

Distinguir o bem do mal. Para escolher bem, temos necessidade de alimentar a nossa inteligência com boa formação doutrinal. A ignorância é o maior inimigo de Deus no mundo. As pessoas, por ignorância, vivem de costas voltadas para a doutrina e pensam que a doutrina mudou para o contrário.

Além disso, há uma erosão intencional de ideias erradas acerca das principais verdades da fé, feita pela comunicação social.

E como acreditamos facilmente no que nos convém, a força das paixões empurra-nos para as aceitar. A própria vida desordenada move-nos a encarar como normal aquilo que o não é. Quando não vivemos como pensamos, acabamos por pensar como vivemos, justificando facilmente uma vida cheia de pecados.

Escolha manifestada em obras. Está muito acentuada no nosso meio a separação entre a fé e a vida, o que se crê e as opções práticas de cada momento. Se fosse católica prática toda a gente que se declara como tal, o mundo estava santo, viveríamos num céu.

Ser católico implica uma opção de vida. Não é o mesmo que filiar-se como sócio num clube de futebol.

 

2. O verdadeiro tesouro

 

a) Como encontrar o tesouro. «Naquele tempo, disse Jesus às multidões “O reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido num campo. [...] O reino dos Céus é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas

O tesouro estava escondido aos olhares das pessoas que passavam por ali e não se podia adquiri-lo sem comprar o campo. Muitos tinham passado por ali sem o descobrirem ou talvez, sem lhe darem valor. Depois deste reconhecimento, o homem desejou adquiri-lo para si.

Nem todos valorizam de igual modo a mesma coisa. Quando uma pessoa se apaixona por alguma coisa, a qual toma por tesouro, sacrifica tudo para tomar posse dela: tempo, dinheiro, família, outros gostos… A escolha leva consigo a nossa vida. Não fica apenas no aspeto teórico.

Um homem viajava a pé, numa estrada do Minho.   Ele não ia a pé por falta de dinheiro, mas porque o seu trabalho assim o exigia. Procurava minerais, como verdadeiro especialista.

Passou o seu pároco de automóvel e parou para lhe oferecer o transporte, que ele aceitou imediatamente.

Logo que entrou no carro, este homem disse-lhe que ia muito feliz. Tinha descoberto o maior jazigo de caulino da sua vida.

Assim era, de facto. Quando depois começaram a explorá-lo, viram que tinha razão. Muitos tinham passado por ali, sem se terem a percebido a sua existência.

Pensemos num apaixonado de futebol ou adepto de um determinado grupo e no que faz para ter o que deseja.

Com a pedra preciosa aconteceu algo diferente. Ela estava à vista de todos, mas só este homem era um entendido no assunto para reconhecer o seu valor.

Um pastor da África do Sul encontrou uma pedra pouco usual. Começou por lhe dar um pontapé.

E verificou que ela, ao rolar pelo chão, emitia um brilho especial. Guardou-a no surrão e trouxe-a para casa.

O seu peso incomodava-o e, por isso, ele esteve por diversas vezes tentado a atirá-la fora.

Quando a mostrou a um entendido, este ficou boquiaberto. Tratava-se de um dos maiores diamantes do mundo que lhe deu uma fortuna.

A primeira sensação que experimentamos, quando encontramos um tesouro, é a alegria. Este homem ficou cheio de alegria, quando fez esta descoberta.

Peçamos ao senhor a graça de reconhecer os tesouros que o Senhor coloca em nosso caminho.

Para muitos, a missa ao Domingo, o viver em graça, o frequentar os sacramentos não lhes interessa porque ainda não descobriram o seu valor.

 

b) Vender tudo e comprar. «O homem que o encontrou tornou a escondê-lo e ficou tão contente que foi vender tudo quanto possuía e comprou aquele campo. [...] Ao encontrar uma de grande valor, foi vender tudo quanto possuía e comprou essa pérola

Quem se decide a comprar de juntar uma quantia suficiente para fazer a aquisição do que pretende. Este homem teve de vender, talvez, recordações de família, coisas a que estava ligado por um gosto pessoal e submeter-se até a uma certa austeridade de vida.

O que temos de vender. Deus, como os que amam na terra, quer o nosso coração vazio de tudo o que estorva.

A primeira opção “totalitária” é a dos Mandamentos da Lei de Deus, sem fazer qualquer reserva. Pretender deixar de lado um ou outro, é renunciar a viver em graça e a entrar no reino dos Céus, ou seja, a ficar impossibilitado de adquirir o tesouro encontrado.

– Há, depois, a escolha do caminho vocacional. Deus não chama a todos ao mesmo estilo de vida. A maior parte de Deus recebe a chamada para fundar uma família no amor, na fidelidade e na fecundidade. Como é possível que uma pessoa opte pelo caminho do matrimónio e deixe de fora ter filhos, ser fiel, ou perpetuar esse amor até à morte de um deles?

Não é caminho possível. Ou se abraça uma vocação com todas as suas exigências, ou se rejeita tudo em bloco. Não se podem fazer separações.

Para aquele ou aquela que pretende escolher alguém com quem celebre o matrimónio, fundando uma família, vender tudo significa renunciar a qualquer outro amor humano do mesmo género, sem possibilidade de reservas.

Um grupo menos de pessoas é chamado por Deus a uma entrega virginal da sua vida, no convento, ou no mundo.

Vender tudo e família. Também para construir família é preciso vender tudo. Deus pede-nos que tenhamos as mãos vazias para podermos receber os tesouros que Ele tem para nos dar.

Àqueles que se casam, Deus pede que vendam os seus gostos pessoais, para não pensarem mais em si. O contrário é egoísmo.

É preciso vencer também as formas de ocupar o tempo em coisas que gostamos, depois de cumprido o horário de trabalho. A esposa/marido e os filhos esperam pelo pai/mãe, para exercitar a vida íntima em família.

Devemos estar muto atentos, porque há sempre alguma coisa que teimamos em guardar para nós e nos impede de juntar a quantidade suficiente para poder comprar o campo do tesouro. atentos

 

c) Com os olhos na eternidade. «Assim será no fim do mundo: os Anjos sairão a separar os maus do meio dos justos e a lançá-los na fornalha ardente. Aí haverá choro e ranger de dentes

Aquele que se dispõe a comprar o tesouro não o pode perder de vista e tem de proceder a uma avaliação constante da sua escolha.

Se perdêssemos de vista que esta vida é uma prova de Amor a que Deus nos submete, toda a nossa avaliação sairia errada.

O tesouro. O grande tesoiro que havemos de adquirir é Deus, que nos dá uma eternidade feliz com Ele. Todos os bens devem submeter-se a este.

Jesus pergunta a cada um de nós: Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua alma?

Que pena, se ao fim de uma vida sacrificada, fôssemos forçados a concluir e tínhamos passado a vida a armazenar... sucata!

Um arqueólogo foi visitar um castro. Era já o fim da tarde, com a visibilidade reduzida, e ele dedicou-se a recolher pedras que lhe pareciam arqueológicas.

Voltou para casa carregado, e convencido de que trazia consigo um tesouro. Quando, porém, já com muita luz de casa, fez um exame mais atento, viu-se forçado a deitar fora todas as pedras. Algo semelhante nos pode acontecer no fim da vida, quando, à luz da eternidade, examinarmos melhor os nossos pequenos tesouros.

Ponto de referência. O Senhor convida-nos em todos os domingos para um grande encontro com Ele: a Missa dominical.

Aí nos dá possibilidade de fazermos uma avaliação das nossas escolhas deitas durante a semana ou em projeto para o futuro. Deste modo evitaremos erros e más escolhas.

Aqueles que acham que não precisam de ajuda são os mais fáceis de enganar. A auto-suficiência é má conselheira e leva a maior parte das vezes ao erro.

Maria Santíssima, em todos os momentos da sua vida e, mais visivelmente, na Anunciação, ensina-nos a escolher bem. Que Ela nos ajude a fazê-lo.

 

Fala o Santo Padre

 

«Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, ou seja, quando encontrámos o Senhor,

é necessário que esta descoberta não seja estéril, mas deve-se sacrificar por ela qualquer outra coisa.»

O discurso parabólico de Jesus, que reúne sete parábolas no capítulo treze do Evangelho de Mateus, conclui-se com as três semelhanças hodiernas: o tesouro escondido (v. 44), a pérola preciosa (v. 45-46) e a rede da pesca (v. 47-48). Analiso as primeiras duas que frisam a decisão dos protagonistas de vender tudo para obter o que descobriram. No primeiro caso trata-se de um camponês que encontrou por acaso um tesouro escondido no campo onde está a trabalhar. Por não ser um campo de sua propriedade, se quiser ficar com o tesouro tem que o comprar: portanto decide arriscar todos os seus bens para não perder aquela ocasião deveras excepcional. No segundo caso encontramos um mercador de pérolas preciosas; sendo um conhecedor perito, encontrou uma pérola de grande valor. Também ele decide investir tudo naquela pérola, a ponto de vender todas as outras.

Estas semelhanças põem em evidência duas características relativas à posse do Reino de Deus; a busca e o sacrifício. É verdade que o Reino de Deus é oferecido a todos — é um dom, é uma prenda, é graça — mas não é servido num tabuleiro de prata, exige um dinamismo: trata-se de procurar, caminhar, trabalhar. A atitude da busca é a condição essencial para encontrar; é preciso que o coração arda com o desejo de alcançar o bem precioso, ou seja, o Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus. É Ele o tesouro escondido, é Ele a pérola de grande valor. Ele é a descoberta fundamental, que pode fazer uma mudança decisiva na nossa vida, enchendo-a de significado.

Face à descoberta inesperada, quer o camponês quer o mercador dão-se conta de ter uma ocasião única que não querem perder, e por isso vendem tudo o que possuem. A avaliação do valor inestimável do tesouro leva a uma decisão que implica também sacrifícios, desprendimentos e renúncias. Quando o tesouro e a pérola foram descobertos, ou seja, quando encontrámos o Senhor, é necessário que esta descoberta não seja estéril, mas deve-se sacrificar por ela qualquer outra coisa. Não se trata de desprezar o resto, mas de o subordinar a Jesus, pondo-O em primeiro lugar. A graça do primeiro lugar. O discípulo de Cristo não é alguém que se privou de algo essencial; é uma pessoa que encontrou muito mais: encontrou a alegria plena que só o Senhor pode doar. É a alegria evangélica dos doentes curados; dos pecadores perdoados; do ladrão para o qual se abre a porta do paraíso.

A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira de quantos se encontram com Jesus. Aqueles que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo a alegria nasce e renasce sempre (cf. Ex. ap. Evangelii Gaudium, 1). Hoje somos exortados a contemplar a alegria do camponês e do mercador das parábolas. É a alegria de cada um de nós quando descobrimos a proximidade e a presença confortadora de Jesus na nossa vida. Uma presença que transforma o coração e nos abre às necessidades e ao acolhimento dos irmãos, sobretudo dos mais débeis.

Rezemos, pela intercessão da Virgem Maria, para que cada um de nós saiba testemunhar, com as palavras e com os gestos diários, a alegria de ter encontrado o tesouro do Reino de Deus, ou seja, o amor que o Pai nos doou mediante Jesus.

Papa Francisco, Angelus, Praça de São Pedro, 30 de Julho de 2017

 

Oração Universal

 

Unidos no Espírito Santo,

peçamos, irmãs e irmãos, a Deus Pai,

para nós e para todos os outros fiéis,

os dons que Ele tem preparados para nós.

Oremos (cantando), com fé e humildade:

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

1. Pela santa Igreja de Cristo e pela sua unidade e santidade,

    e pelos ministros que a servem e por todos os seus fiéis,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

2. Pelos que têm de julgar os outros e pelos que são julgados,

    pelos que procuram e não encontram, pelos tristes e alegres,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

3. Pelos que estudam ou ensinam, pelos avós, os pais e filhos,

    e pelos jovens, os adolescentes e as crianças da nossa terra,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

4. Pela nossa paróquia pelos outros cristãos e pelos leitores

    e pelos acólitos que servem, com alegria ao altar de Deus,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

5. Por todos nós aqui reunidos a celebrar a Missa Dominical

    e pelos que se deixaram vencer pelo demónio e não vieram,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

6. Pelos nossos irmãos que estavam connosco e já partiram

    e pelos que irão ser chamados por Deus de aqui a pouco,

    oremos, irmãos.

 

    Pela vossa misericórdia, ouvi-nos, Senhor.

 

Deus todo-poderoso, bondade infinita e eterno,

que ofereceis a salvação a todas as pessoas

e não quereis que nenhum deles se perca,

fazei que os acontecimentos deste mundo

concorram para o bem dos que Vos amam.

Por Cristo Senhor nosso.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Introdução

 

Aprendemos na Liturgia da palavra aquilo que verdadeiramente deve ser objeto das nossas petições.

O Senhor vaia agora preparar o Alimento divino com o qual nos dará força para seguir este caminho de procura da vontade de Deus.

 

Cântico do ofertório: Aceitai, Senhor, a nossa humilde oferta – M. Faria, NRMS, 7 (I)

 

Oração sobre as oblatas: Aceitai, Senhor, os dons que recebemos da vossa generosidade e trazemos ao vosso altar, e fazei que estes sagrados mistérios, por obra da vossa graça, nos santifiquem na vida presente e nos conduzam às alegrias eternas. Por Nosso Senhor.

 

Santo: J. F. Silva – NRMS, 14

 

Saudação da Paz

 

A paz é um bem que todas as pessoas de boa vontade desejam de todo o coração, pois, sem ela, não se pode viver.

Peçamos ao Senhor a verdadeira paz, enquanto permutamos entre nós o gesto litúrgico da paz.

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

A Santíssima Eucaristia contém verdadeira real e substancialmente o Corpo e Sangue de Jesus que nos é dado como Alimento divino.

Cada um de nós, como nos aconselha S. Paulo, examine-se a si mesmo, para ver se está em condições de comungar sacramentalmente.

Se não nos encontramos preparados para comungar, procuremos ao menos fazer uma comunhão espiritual.

 

Cântico da Comunhão: Pedi e recebereis – Az. Oliveira, CEC (II), pg 87

Salmo 102, 2

Antífona da comunhão: Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e não esqueças os seus benefícios.

 

Ou

Mt 5, 7-8

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

 

Cântico de acção de graças: Pelo pão do teu amor – H. Faria, NRMS, 2

 

Oração depois da comunhão: Senhor, que nos destes a graça de participar neste divino sacramento, memorial perene da paixão do vosso Filho, fazei que este dom do seu amor infinito sirva para a nossa salvação. Por Nosso Senhor.

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Estejamos atentos àquilo que temos por costume pedir ao Senhor. Talvez peçamos muitas coisas banais que para nada servem, em vez de pedirmos as verdadeiras riquezas.

 

Cântico final: A vida só tem sentido H. Faria, NRMS, 103-104

 

 

Homilias Feriais

 

17ª SEMANA

 

2ª Feira, 27-VII: A Palavra de Deus e a sua aplicação à nossa vida

Jer 13, 1-11 / Mt 13, 31-35

Tudo isto disse Jesus às multidões em parábolas.

A parábola do grão de mostarda (EV) anima-nos a proclamar a verdade, a palavra de Deus, para enfrentar algumas ideologias, que pretendem eliminar Deus da vida de cada homem e também da sociedade, Nalguns meios de comunicação chega-se inclusivamente a fazer censura.

Lembra também as palavras de um profeta que afirmou: Hei-de abrir a minha boca para dizer parábolas (EV). E assim aconteceu com o profeta Jeremias, que conta a parábola de uma faixa escondida num rochedo e deixou de servir por falta de uso (LT). Deus diz que foi aplicada ao povo, que não a quis utilizar. Não deixemos de aplicar a palavra do Senhor à nossa vida diária.

 

3ª Feira, 28-VII: A Palavra de Deus e a do Inimigo.

Jer 14, 17-22 / Mt 13, 36-43

A boa semente são os filhos do Reino, o joio são os filhos do Maligno e o inimigo que o semeou é o demónio.

Esta parábola do trigo e do joio tem uma grande actualidade, uma vez que, junto com a memória dos valores cristãos na sociedade, aparece um agnosticismo prático e um indiferentismo religioso, dando origem a uma nova cultura, influenciada por muitos meios de comunicação social e por algumas ideologias.

Frente a este panorama que, de algum modo, acontecia nos tempos de Jeremias, resta-nos invocar Deus. Lembrai-vos da vossa Aliança connosco, não a revogueis. Não sois vós, Senhor, em quem esperamos? (LT). Livrai-nos. Senhor, para glória do vosso nome (SR).

 

4ª Feira, 29-VII: Santa Marta, modelo de acolhimento do Senhor.

1 Jo, 4, 7-16 / Jo 11, 19-27

Marta disse então a Jesus: se estivesses estado aqui, Senhor, meu irmão não teria morrido.

Os irmãos de Betânia tinham uma grande amizade com o Senhor, que ali procurava descansar e se sentia bem acompanhado. Marta oferecia-lhe a hospitalidade (Oração), e pediu-lhe que ressuscitasse o seu irmão Lázaro (EV).

Imitemos a hospitalidade de Marta, acolhendo melhor o Senhor e as pessoas amigas, e pedindo pela resolução dos problemas dos outros. O Senhor não deixará de nos ouvir, porque foi Deus que nos amou e enviou o seu Filho, como vítima de expiação pelos nossos pecados (LT). Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade (SR).

 

5ª Feira, 30-VII: A Palavra de Deus e a imagem da Igreja.

Jer 18, 1-6 / Mt 13, 47-53

O reino dos Céus é semelhante a uma grande rede que foi lançada ao mar e apanhou toda a espécie de coisas.

Esta rede lançada ao mar é a imagem da Igreja, em cujo seio há justos e pecadores (EV). A Igreja é santa no seu Fundador e nos seus meios, mas formada por homens pecadores. Todos temos que contribuir para melhorá-la e ajudá-la com uma fidelidade renovada.

A Igreja é também fonte de santidade no mundo. Põe à nossa disposição os meios que necessitamos para encontrar Deus. Ajudá-la-emos se formos fiéis aos seus ensinamentos. Como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós nas minhas mãos (LT). Feliz aquele cuja esperança está no seu Deus e Senhor (SR).

 

6ª Feira, 31-VII: A Palavra de Deus e o conhecimento de Jesus.

Jer 26, 1-9 / Mt 13, 54-58

Donde lhe vêm semelhante sabedoria e tais milagres? Não é ele o filho do carpinteiro?

Esta era a imagem de Jesus perante os seus conterrâneos. Uma visão puramente humana. Por isso, desprezavam-no, e Ele não fez milagres na sua terra. Um profeta só desprezado na sua terra (EV). Por um lado tinham uma ideia do seu trabalho e, por outro, o nome da mãe, Maria.

Podemos utilizar estas duas realidades quando estivermos a trabalhar: Vou trabalhar como Jesus, que fez todas as coisas bem feitas. E por outro, a referência a Nossa Senhora. Ela fazia os seus trabalhos domésticos junto a Jesus e a S. José. Pediremos a Nª Senhora, ao rezarmos os mistérios do Rosário, que nos ajude a contemplar Jesus como ela o contemplou.

 

Sábado, 1-VIII: A Palavra de Deus e o martírio

Jer 26, 11-16 / Mt 14, 1-12

O rei ficou triste mas, devido ao juramento e aos convivas, ordenou que lha dessem e mandou um emissário decapitar João na cadeia.

Os intervenientes das duas Leituras tiveram sortes diferentes. Ambos defenderam a verdade, mas Isaías foi poupado, porque falou em nome do Senhor (LT). João Baptista foi decapitado, por causa de um juramento iníquo (EV).

Os mártires anunciam o Evangelho e testemunham-no com a sua vida até ao derramamento de sangue porque, certos de não poderem viver sem Cristo, estão prontos a morrer por Ele, com a convicção de que Jesus é o Senhor e o Salvador do homem e, que nEle, encontram a verdadeira plenitude da vida. Pode ajudar-nos meditar na frase do Senhor: A verdade vos libertará.

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:   Fernando Silva

Nota Exegética: Geraldo Morujão

Homilias Feriais:           Nuno Romão

Sugestão Musical:        José Carlos Azevedo

 


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