nossa senhora do carmo

16 de Julho de 2020

 

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: Caminhos de bênção – M. Faria, NRMS, 10

Sedúlio

Antífona de entrada: Salvé, Santa Mãe, que destes à luz o Rei do céu e da terra.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Celebramos, hoje, a memória de Nossa Senhora do Carmo, que evoca o monte Carmelo, onde o profeta Elias reconduziu o povo de Israel ao culto do Deus vivo e, mais tarde, ali se retiraram alguns eremitas à procura de solidão, constituindo uma ordem de vida contemplativa sob o patrocínio da Santa Mãe de Deus.

 

Oração colecta: Venha em nossa ajuda, Senhor, a poderosa intercessão da bem-aventurada Virgem Maria, para que, protegidos pelo seu auxílio, cheguemos ao verdadeiro monte da salvação, Jesus Cristo Nosso Senhor, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: O texto de Zacarias confirma a fé, dá esperança e a robustece, porque o Senhor está no Templo, garante nele a sua morada, e anuncia a sua disponibilidade para acolher todos.

 

Zacarias 2, 14-17

 

Exulta e alegra-te, filha de Sião, porque Eu venho habitar no meio de ti – oráculo do Senhor. Nesse dia, muitas nações hão-de aderir ao Senhor elas serão o meu povo

e Eu habitarei no meio de ti. Então reconhecerás que o Senhor do Universo me enviou a ti. O Senhor voltará a possuir Judá, como sua herança na terra santa, e Jerusalém será de novo a cidade escolhida. Cale-se toda a criatura diante do Senhor, porque Ele Se levantou da sua santa morada.

 

O profeta Zacarias convida à alegria pela libertação do exílio da Babilónia, já conseguida, e procura animar a gente à reconstrução do templo de Zorobabel, onde Deus vem habitar no meio do seu povo. Que ninguém se oponha a esse projecto: «cale-se toda a criatura» (v. 17), pois trata-se duma obra em que o próprio Deus está empenhado.

Este exílio material antes padecido simboliza a situação de afastamento de Deus (pecado e suas consequências, como o Purgatório) de que a Mãe de Deus, Senhora do Carmo, nos livra pelo poder de Deus.

 

 

 

Salmo Responsorial    Lc 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55

 

Monição: Cantemos, com Maria, as maravilhas que o Todo-poderoso opera em nós.   

 

Refrão:     Bendita sejais, ó Virgem Maria,

                que trouxestes em vosso ventre o Filho do eterno Pai.

 

Ou:           Aleluia.                                

 

A minha alma glorifica o Senhor,

e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.

 

Porque pôs os olhos na humildade da sua serva,

de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.

O todo-poderoso fez em mim maravilhas:

Santo é o seu nome.

 

A sua misericórdia se estende de geração em geração

sobre aqueles que O temem.

Manifestou o poder do seu braço

e dispersou os soberbos.

 

Derrubou os poderosos de seus tronos

e exaltou os humildes.

Encheu de bens os famintos

e aos ricos despediu de mãos vazias.

 

Acolheu Israel, seu servo,

lembrado da sua misericórdia,

como tinha prometido a nossos pais,

a Abrão e à sua descendência para sempre.

 

Aclamação ao Evangelho

 

Monição: Jesus está a falar à multidão, quando chegam os seus familiares e manifestam vontade de falar com Ele. Jesus, ao levantar a questão sobre quem são os seus parentes, declara que essa condição não é fruto da carne e do sangue, mas da escuta e actuação da sua palavra. 

 

Aleluia

 

Felizes os que ouvem a palavra de Deus

e a põem em prática.

 

Cântico: Aleluia – J. F. Silva, NRMS,46

 

 

Evangelho

 

São Mateus 12, 46-50

46Naquele tempo, enquanto Jesus estava a falar à multidão, chegaram sua Mãe e seus irmãos. Ficaram do lado de fora e queriam falar-Lhe. 47Alguém Lhe disse: «Tua Mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo». 48Mas Jesus respondeu a quem O avisou: «Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?». 49E apontando para os discípulos, disse: «Estes são a minha mãe e os meus irmãos: 50todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos Céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe».

 

A leitura é dos textos impropriamente chamados antimarianos, mas que afinal honram a Virgem Maria, porque ninguém como Ele fez a vontade de Deus. Nesta passagem não está em causa o amor de Jesus a sua Mãe. Jesus ensina, desta maneira, que os laços espirituais que nos unem a Deus são superiores e têm direitos e exigências mais urgentes que os laços de sangue (cf. Lc 8,19). Poderíamos dizer que Jesus ama sua Mãe mais do que pelos vínculos de sangue, pelos da graça; mas a própria maternidade de Maria já é uma graça, a maior de todas e a fonte de todas.

46 «Seus Irmãos». Cf. Mt 13,55-56, onde se nomeiam Tiago, José, Simão e Judas; os dois primeiros eram filhos de uma mulher chamada Maria, distinta da SS.ma Virgem (Mt 27,56). Não é admissível que os «irmãos» de Jesus fossem filhos de Nossa Senhora, pois a Igreja sempre defendeu a sua perpétua virgindade. Também não é provável que fossem filhos de S. José. O uso da designação de «irmão» entre os semitas, cujo vocabulário era pobre e reduzido, indicava não apenas os irmãos de sangue, mas também outros graus de parentesco e até todos aqueles que pertenciam à mesma família, clã ou tribo (cf. Gn 13,8; 14,14.16; 29,15; Tb 7,9-11).

 

 

Sugestões para a homilia

 

Introdução

Enquanto Jesus falava à multidão, apresentaram-se sua mãe e os seus parentes próximos (seus “irmãos”), que queriam falar com Ele. Não era fácil. Tiveram que ficar fora do local onde Jesus se encontrava porque a multidão enchia completamente o espaço. Quando avisam Jesus de quem estava lá fora, ele lança uma questão: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”.

 

A família de Jesus

Jesus, ao levantar a questão sobre quem são os seus parentes, declara que essa condição não é fruto da carne e do sangue, mas da escuta e actuação da sua palavra. Os discípulos, que escutam a sua palavra, abrem-se à comunhão com Ele, superior à que decorre dos laços de consanguinidade.

Jesus é a Palavra. Quem a acolhe, torna-se, n´Ele, filho do Pai. O verdadeiro filho faz a vontade do Pai, tal como a fez Jesus, ao deixar-se enviar ao mundo. Com estas palavras, Jesus realça a grandeza de Maria, sua Mãe, que o gerou, segundo a carne, fazendo-se discípula, acolhendo a vontade do Pai: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38).

 

A fé contemplativa de Maria

O “sim” de Maria introduziu-a numa intimidade absolutamente nova com Deus. O Pai chama-a, o Filho é recebido no seu seio e o Espírito cobre-a com a sua sombra. Maria é introduzida no mistério da Santíssima Trindade com o seu “fiat” ao Pai, tornando-se numa relação original e nova. Maria é portadora de Deus, tabernáculo vivo do Verbo encarnado. Ela é o verdadeiro templo do Espírito Santo que contém a nova aliança de Deus com a humanidade. Maria é a casa de Deus, a casa de oração e de contemplação. Toda a sua alma, a sua inteligência e o seu coração está centrado no Verbo que nela habita. Maria recebe a Palavra divina e guarda-a, conserva-a, acolhe no seu coração e inteligência. Maria é a primeira contemplativa da história da humanidade, porque abre toda a sua vida à intimidade com Deus e à concretização do seu plano salvífico.

 

Maria, mãe do Carmelo

O monte Carmelo, local de tradição bíblica, com o seu silêncio, as suas águas vivas, o encanto da vegetação, a vista deliciosa sobre o mar, a solidão que apelava para Deus atraíram muitos desses homens para a beleza deste monte.

Deste modo, é construída, neste monte, uma capela em honra de Nossa Senhora que passou a ser conhecida, desde o início, como a Senhora do Carmo.

Carmo quer dizer “jardim de Deus”, “vinha de Deus”. Assim, os carmelitas eram as flores do jardim cuidado e protegido por Maria, eram vinha preciosa que Maria diligente trabalhava para dar frutos apetecíveis. O Carmelo considera a Virgem Maria como a sua flor e supremo esplendor. No entanto, é impossível falar de devoção mariana no Carmelo, sem mencionar o Escapulário. Este é o símbolo de toda a riqueza da devoção a Maria Santíssima. Muitos santos, depois da aparição de Nossa Senhora do Carmo se quiseram revestir do escapulário ou da medalha para melhor manifestarem o seu amor a Maria e assim serem por Ela protegidos.

 

 

 

Oração Universal

 

Irmãos e irmãs:

Maria Santíssima é o sinal maravilhoso do que podemos ser quando nos abrimos à palavra do Senhor. Por sua intercessão invoquemos a Deus, nosso Pai, dizendo (ou: cantando), com alegria:

R. Dai-nos, Senhor, um coração novo.

 

1.     Pelo povo santo de Deus,

para que, à semelhança da Virgem sempre fiel, dê testemunho da sua fé no meio do mundo,

oremos, por intercessão de Maria.

 

2.     Pelos nossos pastores,

para que, imitando a Virgem de Nazaré, anunciem a Boa Nova aos que são pobres,

oremos, por intercessão de Maria.

 

3.     Pelos que cuidam dos doentes e dos idosos,

para que sejam um sinal vivo, como a Virgem Maria, da solicitude de Cristo pelos humildes,

oremos, por intercessão de Maria.

 

1.     Pelos pais e mães de toda a terra,

para que, à luz das aflições da Virgem Mãe, aprendam a pôr a confiança só em Deus,

oremos, por intercessão de Maria.

 

2.     Pelos cristãos que duvidam e vacilam,

para que se entreguem a Deus como a Virgem,

que acreditou no cumprimento das promessas do Senhor,

 oremos, por intercessão de Maria.

 

3.     Por todos nós aqui presentes em assembleia,

que, invocando Santa Maria, esperança nossa,

recebamos o dom de perseverar até ao fim,

oremos, por intercessão de Maria.

 

Senhor, que fizestes da Virgem Santa Maria a mulher forte, sempre ao lado do seu Filho, concedei-nos também a nós a graça de colaborarmos generosamente na obra da redenção da humanidade. Por Cristo Senhor nosso.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Cântico do ofertório: Ó Virgem Sagrada – J. F. Silva, NRMS, 33-34

 

Oração sobre as oblatas: Venha, Senhor, em nosso auxílio o vosso Filho feito homem; Ele, que ao nascer da Virgem Maria, não diminuiu, antes consagrou a integridade de sua Mãe, nos purifique das nossas culpas e Vos torne agradável a nossa oblação. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio de Nossa Senhora: p. 486 [644-756] e pp. 487-490

 

Santo: C. Silva - OC pg 537

 

Monição da Comunhão

 

Formemo-nos na escola da Virgem Maria e com ela contemplemos e comunguemos o Corpo de Jesus, fruto bendito do seu seio imaculado.

 

Cântico da Comunhão: O meu coração exulta – M. Faria, NRMS, 10

cf. Lc 11, 27

Antífona da comunhão: Bendita seja a Virgem Maria, que trouxe em seu ventre o Filho de Deus Pai.

 

Cântico de acção de graças: Magnificat – Terreiro Nascimento, CNPL, nº 600

 

Oração depois da comunhão: Senhor, que nos alimentastes neste sacramento celeste, fazei que, celebrando com alegria a festa da Virgem Santa Maria, imitemos as suas virtudes e colaboremos generosamente no mistério da nossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Na celebração de Nossa Senhora do Carmo possamos acolher o modelo de oração, de contemplação, de discipulado e de dedicação de Maria ao plano salvífico de Deus.

 

Cântico final: Gloriosa Mãe de Deus – M. Carneiro, NRMS, 33-34

 

 

Homilias Feriais

 

6ª Feira, 17-VII: A palavra de Deus, a vida e a morte.

Is 38 1-6. 21-22. 7-8 / Mt 12, 1-8

Olha que os teus discípulos estão a fazer o que não é permitido ao sábado. Jesus: É que o Filho do homem é Senhor do Sábado.

Jesus é o Senhor do Sábado (EV). Mais tarde, este dia seria substituído pelo Domingo, dia da Ressurreição. Ele quis que reservássemos um dia da semana para o louvor e serviço de Deus. O Domingo é um bom dia para pedirmos perdão a Deus, pelas faltas cometidas durante a semana que passou e pedir graças e forças para a semana seguinte.

Ele é também Senhor da vida e da morte. Ezequias tinha os dias de vida contados mas, chorou, arrependeu-se e Deus, cheio de misericórdia, acrescentou-lhe mais quinze anos de vida.  (LT). Senhor, livraste da morte a minha vida (SR).

 

Sábado, 18-VII: A Palavra de Deus e o Espírito Santo.

Mq 2, 1-5 / Mt 12, 14-21

Eis o meu servo, a quem escolhi. Sobre ele farei repousar o meu Espírito.

Os traços do Messias são revelados sobretudo nos cânticos do Servo, do profeta Isaías (EV). Esses cânticos indicam a maneira como Ele derramará o Espírito Santo para dar a vida à multidão. E na celebração eucarística solicitamos o envio do Espírito Santo para que transforme as ofertas do pão e do vinho no Corpo e Sangue do Senhor.

O profeta Miqueias fala sobre aqueles que planeiam a injustiça e tramam o mal. Ao romper do dia logo o praticam (LT). Assim anuncia o que se refere à paixão de Cristo, pois os judeus procurarão a todo o custo encontrar uma maneira de Cristo ser condenado à morte.

 

Celebração e Homilia:   Bruno Barbosa

Nota Exegética: Geraldo Morujão

Homilias Feriais:           Nuno Romão

Sugestão Musical:        José Carlos Azevedo

 


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