Santíssimo Corpo e Sangue e Cristo

11 de Junho de 2020

 

Solenidade

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: O Senhor alimentou-nos – C. Silva, NRMS, 60 

Salmo 80, 17

Antífona de entrada: O Senhor alimentou o seu povo com a flor da farinha e saciou-o com o mel do rochedo.

 

Diz-se o Glória.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo – popularmente designada como Corpo de Deus – nasceu na Igreja em plena Idade Média, como um grito de fé e amor, perante o silêncio do Mestre Divino em nossos Sacrários, e como um alerta para despertar os cristãos da frieza e sonolência diante deste dom e mistério inefável.

• É uma aclamação calorosa a Jesus Cristo, Pão da Vida, que Se humilha até se tornar nosso Alimento;

• Como os dois Discípulos de Emaús, queremos dizer-Lhe: Fica connosco, Senhor, porque vem caindo a noite do egoísmo dos homens em guerra contra a vida natural e sobrenatural;

 

Acto penitencial

 

Este é o momento de Lhe pedirmos perdão pelo nosso comportamento sem fé nem Amor, diante de tão maravilhoso dom: comunhões possivelmente mal feitas, faltas de respeito diante do Sacrário, distrações e irreverências depois de comungar e abandono dos nosso Sacrários, como se não estivesse à espera o nosso maior Amigo, o nosso Deus.

 

(Tempo de silêncio. Apresentamos, como alternativa, elementos para o esquema C)

 

•   Senhor Jesus: Queremos pedir-Vos perdão pelos muitos ultrajes

    que voluntariamente se cometem contra a Santíssima Eucaristia.

    Senhor, misericórdia!

 

    Senhor, misericórdia!

 

•   Cristo: Queremos hoje desagravar-Vos dos sacrilégios cometidos

    por tantas e tantos que se aproximam a comungar em pecado mortal.

    Cristo, misericórdia!

 

    Cristo, misericórdia!

 

•   Senhor Jesus: Queremos apagar com o nosso desagravo e o Amor,

    as indiferenças daqueles que Vos tratam quando comungam na mão

    Senhor, misericórdia!

 

Senhor, misericórdia!

 

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

 

Oração colecta: Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos a graça de venerar de tal modo os mistérios do vosso Corpo e Sangue, que sintamos continuamente os frutos da vossa redenção. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: Moisés recorda ao Povo de Deus os benefícios que o Senhor lhe concedeu na travessia do deserto e convida-o guardar-Lhe fidelidade.

Também as tribulações que experimentaram ao longo da caminhada – como as nossas – foram permitidas para o maior bem de todos.

 

Deuteronómio 8, 2-3.14b-16a

Moisés falou ao povo, dizendo: 2«Recorda-te de todo o caminho que o Senhor teu Deus te fez percorrer durante quarenta anos no deserto, para te atribular e pôr à prova, a fim de conhecer o íntimo do teu coração e verificar se guardarias ou não os seus mandamentos. 3Atribulou-te e fez-te passar fome, mas deu-te a comer o maná que não conhecias nem teus pais haviam conhecido, para te fazer compreender que o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor. 14bNão te esqueças do Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egipto, da casa de escravidão, 15e te conduziu através do imenso e temível deserto, entre serpentes venenosas e escorpiões, terreno árido e sem águas. Foi Ele quem, da rocha dura, fez nascer água para ti 16ae, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido».

 

A leitura é tirada da parte central do Deuteronómio, o 2º discurso de Moisés (Dt 4,44 – 28,68), na passagem que recorda como Deus forjou a alma do povo com as provações sofridas no deserto, acompanhadas de uma amorosa providência, para o socorrer na fome e na sede.

3 «O maná». É figura e símbolo da Eucaristia (cf. Jo 6,31-33.49-52), figura muitíssimo expressiva, pois é chamado «pão do céu» (Ex 16,4), «pão dos Anjos» (Sab 16,20), «pão dos fortes» (Salm 77,25), «um pão já pronto, sem trabalho, dado do céu, capaz de produzir todas as delícias e bom para todos os gostos», segundo a releitura deráxica do autor do livro da Sabedoria (Sab 16,20-21). Na actualização cristã feita no discurso eucarístico de S. João, temos que, assim como o maná alimentou providencialmente o antigo Povo de Deus na sua penosa travessia pelo deserto a caminho da terra prometida, assim também, com uma Providência mais maravilhosa ainda, é alimentado pela Sagrada Eucaristia o novo Povo de Deus no peregrinar desta vida a caminho do Céu.

«Foi para te fazer compreender...»: Com o maná, Deus não só alimentava o seu povo, como o educava, fazendo-o compreender a especial providência e amor que lhe mostrava; o êxito da nossa vida não depende apenas dos recursos naturais – «nem só de pão vive o homem» (v. 3). O maná não era uma comida que propriamente chovia do céu, mas uma providência divina, com base na própria natureza, pois ainda hoje se podem apanhar no Sinai, de fins de Maio até fins de Julho, umas bolinhas transparentes, com uma tonalidade parda amarelenta, de sabor doce, que os beduínos aproveitam como guloseima. Trata-se duma secreção duma espécie de uma espécie de tamareira (tamarix mannifera), quando picada por um insecto (actualmente em vias extinção); a secreção, com a fresca da noite, coagula em pequenos grãos que podem cair ao chão e se derretem com o calor do dia.

 

 

Salmo Responsorial    Sl 147, 12-13.14-15.19-20(R. 14 ou Aleluia)

 

Monição: O salmo de meditação é um convite a que entoemos os louvores do Altíssimo, ao contemplar as maravilhas que Ele criou para nós.

A maior das maravilhas é, sem dúvida, Deus feito Pão da vida, na Santíssima Eucaristia, para nos alimentar.

 

Refrão:     Jerusalém, louva o teu Senhor.

 

Ou:           Aleluia.

 

Glorifica, Jerusalém, o Senhor,

louva, Sião, o teu Deus.

Ele reforçou as tuas portas

e abençoou os teus filhos.

 

Estabeleceu a paz nas tuas fronteiras

e saciou-te com a flor da farinha.

Envia à terra a sua palavra,

corre veloz a sua mensagem.

 

Revelou a sua palavra a Jacob,

suas leis e preceitos a Israel.

Não fez assim com nenhum outro povo,

a nenhum outro manifestou os seus juízos.

 

Segunda Leitura

 

Monição: Esta sequência é facultativa e pode dizer-se na íntegra ou em forma mais breve, isto é, desde as palavras: Eis o pão...

 

«Há um só pão, formamos um só corpo»

 

Terra, exulta de alegria,

Louva o teu pastor e guia,

Com teus hinos, tua voz.

 

Quanto possas tanto ouses,

Em louvá-l’O não repouses:

Sempre excede o teu louvor.

 

Hoje a Igreja te convida:

O pão vivo que dá vida

Vem com ela celebrar.

 

Este pão – que o mundo creia –

Por Jesus na santa Ceia

Foi entregue aos que escolheu.

 

Eis o pão que os Anjos comem

Transformado em pão do homem;

Só os filhos o consomem:

Não será lançado aos cães.

 

Em sinais prefigurado,

Por Abraão imolado,

No cordeiro aos pais foi dado,

No deserto foi maná.

 

Bom pastor, pão da verdade,

Tende de nós piedade,

Conservai-nos na unidade,

Extingui nossa orfandade

E conduzi-nos ao Pai.

 

Aos mortais dando comida,

Dais também o pão da vida:

Que a família assim nutrida

Seja um dia reunida

Aos convivas lá do Céu.

 

1 Coríntios 10, 16-17

Irmãos: 16Não é o cálice de bênção que abençoamos a comunhão com o Sangue de Cristo? Não é o pão que partimos a comunhão com o Corpo de Cristo? 17Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo, porque participamos do único pão.

 

Para a perfeita compreensão deste texto, precisamos de ter presente o contexto em que fala S. Paulo. O Apóstolo está a dar resposta à questão posta sobre se podiam comer ou não as carnes de animais que antes tinham sido imoladas nos templos idolátricos e depois comidas em banquetes sacrificiais promovidos pelos devotos, ou vendidas no mercado (1Cor 8,1 – 11,1). Depois de ter exposto os princípios gerais (cap. 8), ilustrados com dois exemplos (o de Paulo e o da história de Israel: 9,1 – 10,13), passa a dar soluções práticas para o problema. O nosso texto é um pequeno extracto (vv. 16 e 17) daquela parte (vv. 14-22) em que Paulo apresenta a primeira razão teológica que fundamenta a proibição absoluta de participar nos banquetes sacrificiais, a saber: o culto pagão e o culto cristão são incompatíveis, uma vez que pela comunhão num sacrifício oferecido à divindade fica-se em contacto com a divindade à qual é oferecido esse sacrifício, por isso, «não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demónios; não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demónios» (v. 21); de facto, «aquilo que os pagãos sacrificam, sacrificam-no aos demónios e não a Deus» (v. 20).

16 «Comunhão com o Sangue de Cristo… com o Corpo de Cristo». S. Paulo não diz simplesmente «comunhão com Cristo», o que bastava para a condenação da participação nos banquetes idolátricos, mas, ao fazer menção explícita do Corpo e do Sangue de Cristo, deixa ver que a união que se dá com Jesus na Santíssima Eucaristia não é apenas uma união de tipo moral, espiritual ou mística com o Cristo celeste, mas uma união imediata com Jesus ressuscitado realmente presente entre nós com o seu Corpo e o seu Sangue, isto é, em pessoa, embora de modo sacramental, apenas sensível em sinais, as espécies do pão e do vinho.

«O cálice de bênção que nós abençoamos»: a expressão é uma forma de se referir às palavras da consagração, inseridas já nalgum formulário litúrgico primitivo, em relação com Ceia do Senhor, onde Jesus concluiu a instituição da Eucaristia precisamente com a consagração da terceira taça, assim denominada no hagadá da Páscoa: «o cálice da bênção».

«O pão que partimos». Referência à celebração eucarística (cf. Act 2,42.46; 20,7.11), pois nela se partia o pão imitando o gesto de Jesus na Última Ceia, gesto que ainda hoje se mantém na fracção da Hóstia, antes da Comunhão.

«Formamos um só corpo, porque participarmos...» A Sagrada Eucaristia não é mero sinal significativo de unidade – todos comem do mesmo pão –, mas é sobretudo um sinal que produz a unidade; precisamente porque contém Jesus Cristo, cimenta a unidade inaugurada no Baptismo.

 

 

Aclamação ao Evangelho        Jo 6, 51

 

Monição: A promessa que o Senhor nos faz, depois da multiplicação dos pães, faz-nos exultar de alegria e gratidão.

Exteriorizemos estes sentimentos, aclamando O Evangelho da Salvação.

 

Aleluia

 

Cântico: Aleluia – C. Silva, OC, pg 534

 

Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.

Quem comer deste pão viverá eternamente.

 

 

Evangelho

 

São João 6, 51-58

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 51«Eu sou o pão vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha Carne pela vida do mundo». 52Os judeus discutiam entre si: «Como pode Ele dar-nos a sua Carne a comer?». 53Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a Carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. 55A minha Carne é verdadeira comida e o meu Sangue é verdadeira bebida. 56Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em mim, e Eu nele. 57Assim como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. 58Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os vossos pais comeram, e morreram; quem comer deste pão viverá eternamente».

 

Se os versículos anteriores deste Discurso do Pão do Céu se podem interpretar também no sentido de que Jesus é um alimento espiritual para fé dos que crêem nas suas palavras (assim no v. 35), a verdade é que, a partir deste v. 51, o discurso tem um sentido nítida e indiscutivelmente eucarístico, deixando mesmo de se usar a expressão «pão da vida» (vv. 35.38), para se falar agora do «pão vivo».

51 «O pão vivo… que eu hei-de dar»: este «dar» não é um dar qualquer, mas um oferecimento «pela vida (salvação) do mundo». A referência à morte de Cristo (cf. Jo 3,15-16) e à instituição da Eucaristia (cf. 1Cor 11,24; Lc 22,19) é fácil de descobrir. O realismo eucarístico das palavras de Jesus não pode ser mais claro: o pão vivo é a «carne» (não simplesmente corpo) de Jesus e simultaneamente o «sangue» que é preciso beber (o que não podia ser mais chocante para a fé e a cultura judaica: cf. Lv 17,10-14; Act 15,20); perante o escândalo dos ouvintes (v. 52), Jesus não desfaz um mal-entendido como costumava fazer, não apela para um sentido metafórico, nem suaviza as suas palavras, mas antes as reforça com mais clareza. Por outro lado, nos vv. 54, 56, 57 e 58, emprega-se um verbo que exprime, com realismo, o próprio do acto de comer com os dentes (mastigar – trôgô) e que se traduz bem por «comer realmente». Também o adjectivo «verdadeiro» (v. 55: alêthês) tem em S. João uma força particular, pois equivale a genuíno (o que é verdadeiro, isto é, o que corresponde à sua designação, apesar das aparências). Com efeito, neste Evangelho o adjectivo alêthês distingue-se de alêthinós (cf. Jo 1,9) que encerra a ideia de exclusividade (o que é real, em oposição a putativo).

52 «Como pode Ele dar-nos a sua Carne a comer?» Os ouvintes aparecem como quem entende as palavras de Jesus no sentido próprio e não no sentido figurado de adesão pela fé. De facto, comer a carne de alguém, em sentido figurado, seria, pelo contrário, ter ódio ou perseguir alguém, nunca aderir a alguém! Jesus tem o costume de desfazer equívocos, quando os ouvintes interpretam em sentido próprio o que tinha um sentido figurado (cf. Jo 3,4-5; Mt 16,6-12). A insistência de Jesus produz escândalo nos ouvintes, ao afirmar que não se pode conseguir a vida eterna, se não se comer a sua Carne e não se beber o seu Sangue. E é que não se trata apenas de algo já de si simplesmente espantoso, pois beber o sangue era algo proibido pela Lei de Moisés (cf. Lv 17,10-14) e sumamente repugnante para um judeu (cf. Act 15,20).

54 «E Eu o ressuscitarei». Eis o comentário de S. Tomás de Aquino: «O Verbo dá a vida às almas, mas o Verbo feito carne vivifica os corpos. É que, neste Sacramento, não se contém só o Verbo com a sua divindade, mas também com a sua humanidade; portanto, não é só causa da glorificação das almas, mas também dos corpos» (Super Ev. Jo. Lectura).

56-58 A Teologia explicita os efeitos do Sacramento da Eucaristia, aqui indicados, como a «graça sacramental», concretamente: a) a «graça unitiva» (v. 56); b) a «graça nutritiva e transformativa» (v. 57); c) e o «penhor da vida eterna e da gloriosa ressurreição final» (v. 58).

 

 

Sugestões para a homilia

 

• Deus está aqui

Vamos a caminho do Céu

O Senhor acompanha-nos

A Eucaristia, Maná divino

• Pão da Vida

Alimento da Vida em Graça

Manjar insubstituível

Fermento de unidade

 

 

1. Deus está aqui

 

a) Vamos a caminho do Céu. «Moisés falou ao povo, dizendo: «Recorda-te de todo o caminho que o Senhor teu Deus te fez percorrer durante quarenta anos no deserto, para te atribular e pôr à prova, a fim de conhecer o íntimo do teu coração e verificar se guardarias ou não os seus mandamentos

A peregrinação dos Hebreus através do deserto, no meio de dificuldades, tentações, perigos e carências é uma figura da nossa caminhada da terra para o Céu. Temos uma meta, um destino: a Terra da Promissão, onde corre o leite e o mel.

Não vamos ficar para sempre na terra, nem gostaríamos de ficar, porque encontramos muitas limitações nesta vida. Estamos imensamente agradecidos ao Senhor pelo dom da vida humana, e também porque nos chama a uma felicidade eterna, com os Anjos e os Santos, na qual Ele mesmo será a nossa felicidade, a nossa paz e alegria.

Experimentamos tribulações. Deste modo, não nos instalamos na vida. Sabemos que vivemos uma situação provisória. O Senhor dá-nos a possibilidade de as transformar em riqueza de valor infinito para a vida eterna.

Das tribulações que experimentamos, umas são o resultado da nossa condição limitada. Não somos deuses, e o nosso organismo vai-se desgastando; outras são procuradas por nós próprios, quando nos afastamos de Deus e nos deixamos aprisionar pelo pecado e pelo demónio; há ainda outras que são causadas por nós uns aos outros. São as pessoas — possivelmente também nós — que transformamos a vida presente num mundo de sofrimento desnecessário.

As provas. A vida presente é um tempo de provação, como a competição desportiva o é para o aleta. Nenhum deles se queixa da prova, porque sabe que ela lhe oferece a possibilidade de conquistar um troféu.

As dificuldades aproximam-nos mais de Deus, e levam-nos a esperar d’Ele a ajuda indispensável. São provas que intensificam a confiança em Deus, e nos estimulam a amá-l’O mais, se as soubermos aproveitar.

A confiança é necessária quando não vemos a solução dos nossos problemas e continuamos à espera de que o Senhor encontrará a solução exacta. Não pensávamos qual era, mas esta é ainda melhor do que pensávamos.

Não estamos mentalizados de que nos encontramos em tempo e espaço de provação e, por isso, à menor contrariedade, perdemos a calma.

 

b) O Senhor acompanha-nos. «Atribulou-te e fez-te passar fome, mas deu-te a comer o maná que não conhecias nem teus pais haviam conhecido, para te fazer compreender que o homem não vive só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor

Os navegadores solitários queixam-se da dureza duma viagem por mar sem ter com quem trocar impressões ou a quem pedir ajuda, porque, nestas condições, parece que o tempo nunca mais passa.

Nas competições desportivas, quando um ciclista se isola e permanece muito tempo a pedalar sozinho, acaba por ser alcançado, porque se cansa de estar isolado, sem qualquer ponto de referência para a sua luta desportiva.

Sabendo como somos, e que os nossos familiares e amigos nem sempre são suficientes para nos ajudar a vencer a solidão, o Senhor oferece-Se para nosso companheiro de viagem.

Precisamos de um companheiro e amigo nesta viagem da vida presente até ao Céu.

Amigo com quem dialogar. Esta é uma das razões porque Ele quis ficar na Santíssima Eucaristia. Este dom pede como resposta que não nos isolemos, que O visitemos frequentemente, caminhando até lá em espírito e comungando espiritualmente.

Ajuda nos momentos difíceis. Apoiemo-nos n’Ele. Quando não vemos com clareza o que havemos de fazer, depois de termos esgotado as ajudas humanas, peçamos-Lhe que nos ajude.

Certeza nos momentos de hesitação. As nossas hesitações podem proceder da ignorância, ou porque a tentação que procura desviar-nos do caminho é muito forte e não nos deixa ver com clareza. Recolhamo-nos junto do Sacrário, ou em nossa casa, pedindo ajuda, e Ele nos inundará de luz.

S. Josemaria estava a redigir um documento importante, para a Obra que Deus lhe mandara fundar, quando estava no norte de Itália, durante o verão. Sofria uma dolorosa artrose que lhe tornavam doloroso subir e descer escadas. No entanto, os que viviam com ele ouviam os seus passos com frequência a descer até ao rés-do-chão onde se encontrava o Sacrário, num oratório. Ia consultar o Amigo.

Alerta em perigo de sermos enganados. O que vemos à luz do Sacrário nunca nos engana. Quando a força da ilusão for muito forte e corremos o perigo de ficar encandeados por uma falsa luz, recolhamo-nos diante do Senhor, para não sermos iludidos.

 

c) A Eucaristia, Maná divino. «Foi Ele Quem, da rocha dura, fez nascer água para ti e, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido

O maná com que se alimentaram os hebreus na longa caminhada desde o Egipto até à Terra da Promissão é considerado uma figura da Santíssima Eucaristia, no Antigo Testamento.

Queixavam-se indelicadamente da falta de comida. Logo veio a resposta do Céu: «ao amanhecer havia uma camada de orvalho à volta do acampamento.Disse-lhes Moisés: "Este é o pão que o Senhor vos deu para comer. Depois que o orvalho secou, flocos finos semelhantes a geada estavam sobre a superfície do deserto. Quando os israelitas viram aquilo, começaram a perguntar uns aos outros: "Que é isso?", pois não sabiam do que se tratava.

Assim ordenou o Senhor: 'Cada chefe de família recolha quanto precisar: um jarro para cada pessoa da sua tenda' ".

Os israelitas fizeram como lhes fora dito; alguns recolheram mais, outros menos. Quando mediram com o jarro, quem tinha recolhido muito não teve demais, e não faltou a quem tinha recolhido pouco. Cada um recolheu quanto precisava.

"Ninguém deve guardar nada para a manhã seguinte", ordenou-lhes Moisés. Todavia, alguns deles não deram atenção a Moisés e guardaram um pouco até à manhã seguinte, mas aquilo criou bicho e começou a cheirar mal. Por isso Moisés irou-se contra eles.» (Êxodo 16, 13-20).

Também o pão cozido no meio de brasas que o anjo apresentou ao profeta Elias, no deserto, quando fugia da ira de Jezabel, é considerado figura deste dom divino. A cada um de nós diz o anjo, como ao profeta: «Levanta-te e come, porque tens um longo caminho a percorrer.» (I Reis 19, 7).

Nenhuma pessoa, por mais inteligente que fosse, poderia ter imaginado esta maravilha: Deus tornado Alimento da vida divina do Seu Povo.

À imitação do que faziam os hebreus na caminhada do deserto, todas as manhãs — ou, na impossibilidade de o fazer nessa ocasião — em alguma hora durante o dia — havemos de deixar as nossas casas — as tendas desta peregrinação — para recolher este divino maná na Santa Missa.

Não podemos deixar de comungar diariamente, se isso nos é possível, como os hebreus não deixavam de recolher o maná todas as manhãs, porque este alimento não se podia armazenar.

Menos ainda se pode limitar a sagrada Comunhão a um dia de festa ou uma só vez por ano.

Deus espera-nos silenciosamente em cada dia e, se podemos, faltar a este encontro é uma falta de Amor.

 

2. Pão da Vida

 

a) Alimento da Vida em Graça. «Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo”.»

Jesus Cristo quis ficar na Santíssima Eucaristia sob a aparência do pão e do vinho, para nos ajudar a compreender que Ele é verdadeiro Alimento da vida da graça que trazemos em nós desde o Baptismo.

Enquanto estamos neste mundo, a Graça Santificante tem de ser alimentada e defendida dos perigos que atentam contra ela.

Neste Alimento divino, não é o alimento que se transforma na pessoa, como acontece com os alimentos da vida natural mas é a pessoa em graça que se transforma no Alimento, em Jesus Cristo.

É, na verdade, uma humildade suprema que Jesus Se queira fazer pão que desaparece para alimentar. Mantendo as aparências do pão e do vinho, torna-Se o nosso Deus, pela consagração na Missa.

Dois milagres realizados por Jesus na vida pública ajudam-nos a vislumbrar a maravilha da Santíssima Eucaristia.

• Em Caná da Galileia, a quantidade da água que existia antes e depois foi transformada em vinho permanece a mesma, mas a qualidade, a substância já não é a mesma: antes era água; agora é vinho; e mudaram também os acidentes: aparece agora, em vez da brancura e do odor da água a cor e o cheiro do vinho.

• Na multiplicação dos pães e peixes, a substância permanece a mesma: são cinco pães e dois peixes. Mas a quantidade mudou, de modo que puderam ser alimentadas até à saciedade cinco mil pessoas. Todavia, os acidentes não mudaram: o que aparecia como peixe ou como pão, continua igual.

• Na transubstanciação muda-se a substância – antes era pão e vinho e agora é o Corpo e Sangue do Senhor – e muda-se também a quantidade: Cristo dá-se todo inteiro a uma multidão de pessoas que deseje comungar. Contudo, os acidentes, as aparências do pão e do vinho permanecem.

A Presença Real de Jesus na Eucaristia é uma maravilha que só compreenderemos no Céu, embora a razão nos diga, desde já, que nada há nisto contra a razão.

 

b) Manjar insubstituível. «Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu Sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia

Pelo que diz respeito à vida natural, nós podemos alimentar-nos de muitas coisas, substituindo umas pelas outras. Recorremos a uma espécie de alimentos para nos favorecerem numa determinada faceta da saúde, evitamos uns que a outros fazem bem, mas a nós, mal. E volta e meia, precisamos de suplementos para corrigir deficiências encontradas na alimentação.

Quando, porém, se trata da Santíssima Eucaristia, é Alimento único, insubstituível para a vida da graça. Daí o erro de quem diz: “Eu não comungo, mas rezo muito, leio bons livros e frequento muitos actos de culto.

Encontramo-nos, pois, diante de um dilema: ou comungo e vivo em graça; ou não comungo e, mais hoje, mais amanhã, acabo por sucumbir ao pecado, morrendo para a vida da graça. Jesus fala-nos com clareza, quando nos diz peremptoriamente que, se não comungarmos o Corpo e Sangue do Senhor não teremos a vida (da Graça) em nós.

E como não é possível prescindir da vida em Graça – ela vai perdurar para sempre no Céu — não podemos dispensar o Santíssimo Sacramento.

Os primeiros cristãos entendiam isto muito bem e arriscavam a vida — como S. Tarcísio — para levar a sagrada Comunhão aos cristãos que estavam na prisão, à espera do martírio.

O mesmo aconteceu na Guerra Civil espanhola na qual os cristãos eram engenhosos para que as pessoas pudessem comungar.

Hoje há o perigo de as pessoas morrerem sem o conforto da Confissão Sacramental, da Sagrada Comunhão e da Santa unção. Quando uma pessoa adoece, com mais ou menos gravidade, vai para o Hospital e aí espera que lhe apareça um sacerdote a perguntar se precisa de sacramentos.

A lei portuguesa, porém, tornou isso impossível, proibindo qualquer pessoa de fazer esta pergunta, pelo que muitas pessoas entram na eternidade e comparecem no juízo particular sem se terem confessado e comungado e recebido a Santa Unção.

Para que o Corpo e Sangue do Senhor nos alimente a vida da graça, é indispensável recebê-lo como Jesus nos manda e a Igreja nos ensina:

Estando na Graça de Deus. Para isto não basta “confessar-se a Deus.” É indispensável a absolvição sacramental. Também na vida natural, os cadáveres não se alimentam. Quem está em pecado mortal é um cadáver perante Deus. Comungar neste estado de pecado é ofender gravemente ao Senhor Sacramentado.

Lutar contra o pecado venial habitual. É a santidade infinita de Deus que recebemos em nós e comungamos para melhorar a nossa amizade com Deus. Quem comunga deve fazer um esforço por evitar tudo o que ofende ao Senhor.

Acção de graças. Na vida natural, o resultado dos alimentos depende da recepção que há deles no organismo. O fruto da comunhão depende da fé e amor com que comungamos e do recolhimento em que permanecemos depois.

 

c) Fermento de unidade. «Não é o cálice de bênção que abençoamos a comunhão com o sangue de Cristo? Não é o pão que partimos a comunhão com o corpo de Cristo? Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo, porque participamos do mesmo pão

Partindo da verdade que comungamos todos o mesmo Senhor, a Caridade infinita do Altíssimo S. Paulo conclui que o primeiro fruto da comunhão é a unidade entre os cristãos.

Pergunta, na Primeira Carta aos fieis de Corinto, nessa altura divididos entre si: «Não é o cálice de bênção que abençoamos a comunhão com o sangue de Cristo? Não é o pão que partimos a comunhão com o corpo de Cristo?»

E logo tira a conclusão: «Visto que há um só pão, nós, embora sejamos muitos, formamos um só corpo, porque participamos do mesmo pão

Esta verdade há-de levar-nos a algumas conclusões práticas:

A Missa, festa da Unidade. Não faz sentido que nos unamos todos ao mesmo Senhor e estejamos divididos entre nós.

Por isso, a Liturgia convida-nos à reconciliação de uns com os outros, no rito da saudação da paz. É um gesto que havemos tornar cada vez mais verdadeiro, perdoando e aceitando ser perdoados, não apenas pelos que estão ali, mas por todas as pessoas.

Os esposos, antes de caminharem para o templo, procurem reconciliar-se entre si. O mesmo devem fazer os vizinhos desavindos. Não faz sentido que pessoas vivam de relações cortadas anos e anos, e a comungar, como se nada fosse.

Unidade e Amor ao serviço dos outros. Somos construtores da reconciliação entre as pessoas, construtores de pontes que unem, e não de muros que separam.

Cada Missa celebrada deve levar-nos a uma ajuda mais generosa às outras pessoas. O Senhor dá-nos o exemplo, oferecendo, por nós, a Sua vida na Cruz. A Santa Missa é a renovação do Sacrifício d Calvário.

A mãe é sinal e fermento de unidade de uma família. Maria Santíssima, Mão de Jesus e Nossa Mãe ajudar-nos-á a fazer ad Santíssima Eucaristia o fermento da unidade no mundo.

 

Fala o Santo Padre

 

«Na Eucaristia Jesus oferece-se a si mesmo como força espiritual

para nos ajudar a pôr em prática o seu mandamento — amar-nos como Ele nos amou —

construindo comunidades acolhedoras e abertas às necessidades de todos.»

[…] Celebra-se hoje a festa do Corpo e Sangue de Cristo — usa-se muitas vezes o nome latino: Corpus Domini ou Corpus Christi. Todos os domingos a comunidade eclesial reúne-se em volta da Eucaristia, sacramento instituído por Jesus na Última Ceia. Contudo, todos os anos temos a alegria de celebrar a festa dedicada a este Mistério central da fé, para expressar em plenitude a nossa adoração a Cristo que se doa como alimento e bebida de salvação.

A página evangélica de hoje, tirada de São João, é uma parte do discurso sobre o «pão de vida» (cf. 6, 51-58). Jesus afirma: «Eu sou o pão vivo que desceu do céu [...] o pão que eu darei pela vida do mundo» (v. 51). Ele pretende dizer que o Pai o enviou ao mundo como alimento de vida eterna, e que por isso Ele se sacrificará a si mesmo, a sua carne. Com efeito Jesus, na cruz, doou o seu corpo e derramou o seu sangue. O Filho do homem crucificado é o verdadeiro Cordeiro pascal, que faz sair da escravidão do pecado e apoia no caminho rumo à terra prometida. A Eucaristia é sacramento da sua carne dada para fazer viver o mundo; quem se nutre com este alimento permanece em Jesus e vive por Ele. Assemelhar-se a Jesus significa estar n’Ele, tornar-se filho no Filho.

Jesus, na Eucaristia, como fez com os discípulos de Emaús, põe-se ao nosso lado, peregrino na história, para alimentar em nós a fé, a esperança e a caridade; para nos confortar nas provas; para nos amparar no compromisso pela justiça e a paz. Esta presença solidária do Filho de Deus está em toda a parte: na cidade e nos campos, no Norte e no Sul do mundo, nos países de tradição cristã e nos de primeira evangelização. E na Eucaristia Ele oferece-se a si mesmo como força espiritual para nos ajudar a pôr em prática o seu mandamento — amar-nos como Ele nos amou — construindo comunidades acolhedoras e abertas às necessidades de todos, sobretudo das pessoas mais frágeis, pobres e carenciadas.

Alimentar-nos de Jesus Eucaristia significa também abandonar-nos com confiança a Ele e deixar-nos guiar por Ele. Trata-se de acolher Jesus no lugar do próprio «eu». Desta forma o amor gratuito recebido de Cristo na Comunhão eucarística, por obra do Espírito Santo alimenta o amor a Deus e aos irmãos e irmãs que encontramos no caminho de cada dia. Alimentados com o Corpo de Cristo, tornamo-nos cada vez mais concretamente o Corpo místico de Cristo. No-lo recorda o apóstolo Paulo: «Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão» (1 Cor 10, 16-17).

A Virgem Maria, que esteve sempre unida a Jesus, Pão de vida, nos ajude a redescobrir a beleza da Eucaristia, a alimentar-nos com fé, para viver em comunhão com Deus e com os irmãos.

Papa Francisco, Angelus, Praça de São Pedro, 18 de Junho de 2017

 

Oração Universal

 

Irmãos e irmãs:

Jesus ficou presente na Santíssima Eucaristia,

para mais facilmente nos aproximarmos d’Ele.

Façamo-l’O agora com toda a confiança filial,

Rezando com toda a confiança:

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

1. Pelo Santo Padre, pelos Bispos e Sacerdotes e Diáconos,

    para que nos ensinem a amar e adorar a divina Eucaristia,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

2. Pelas crianças que hoje vão comungar pela primeira vez,

    para que este encontro com o Divino Amigo as conforte,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

3. Por todos os pais e catequistas que prepararam as crianças,

    para que Jesus Eucaristia os encha de bênçãos e de alegria,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

4. Pelos que esqueceram o dia da sua Primeira Comunhão,

    para regressem, nesta Solenidade, aos caminhos da fé,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

5. Pelos cristãos afastados que não podem hoje comungar,

    para que o Senhor os reconduza aos caminhos do Amor,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

6. Pelos que empreenderam a longa viagem para a eternidade,

    para que Jesus Eucaristia os acompanhe e os leve ao Céu,

    oremos, irmãos.

 

    Dai-nos, Senhor, o Pão da Vida Eterna!

 

Senhor, que ficastes connosco nesta caminhada da terra

para serdes o nosso Alimento, Caminho, Médico e Amigo:

tornai-nos dignos deste tão maravilhoso tesouro divino

e fortalecei-nos com Ele até à felicidade do Paraíso.

Vós, que sois, Deus, com o Pai,

na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Introdução

 

Depois de nos ter iluminado com a Sua doutrina, Jesus realizar para nós o prodígio da Transubstanciação, tornando o pão e o vinho no Seu Corpo e Sangue com que nos vamos alimentar.

 

Cântico do ofertório: Ó verdadeiro Corpo do Senhor – C. Silva, NRMS, 42

 

Oração sobre as oblatas: Concedei, Senhor, à vossa Igreja o dom da unidade e da paz, que estas oferendas misticamente simbolizam. Por Nosso Senhor.

 

Prefácio da Eucaristia: p. 1254 [658-770]

 

Santo: A. Cartageno – COM, pg 189

 

Saudação da Paz

 

Procuremos a paz do coração — com Deus, connosco e com os outros — antes de nos aproximarmos da Mesa onde vamos receber o Corpo e o Sangue do Senhor.

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

Para muitos este dia é o momento do solene encontro com Jesus Cristo na Eucaristia, pela Primeira Comunhão. Para outros, é o aniversário.

Em qualquer dos casos, renovemos o nosso desejo de recebermos o Senhor com toda a pureza, humildade e devoção com que O recebiam Nossa Senhora e os Santos.

 

Cântico da Comunhão: O Corpo de Jesus é Alimento – A. Cartageno, NRMS, 60

Jo 6, 57

Antífona da comunhão: Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue permanece em Mim e Eu nele, diz o Senhor.

 

Cântico de acção de graças: Saboreai como é bom – J. Santos, NRMS, 93

 

Oração depois da comunhão: Concedei-nos, Senhor Jesus Cristo, a participação eterna da vossa divindade, que é prefigurada nesta comunhão do vosso precioso Corpo e Sangue. Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Procuremos crescer cada vez mais no Amor à Santíssima Eucaristia, e visitemos Jesus Cristo presente no Sacrário.

 

Cântico final: Saciastes o vosso povo – J. F. Silva, NRMS, 90-91

 

Homilia FeriaL

 

6ª Feira 12-VI: A Palavra de Deus e a limpeza do coração.

1 Reis 19, 9.11-16 / Mt 5, 27-32

Todo aquele que tiver olhado uma mulher, para a desejar, já cometeu adultério no seu coração.

Jesus pede-nos que vivamos bem o nono mandamento da lei de Deus (EV). De facto levamos o tesouro do amor de Deus em vasos de barro, que se podem quebrar muito facilmente. Precisamos combater as tentações internas contra a castidade, guardando os sentidos, etc.

Elias, quando interrogado pelo Senhor, disse-lhe: Ardo em zelo por vós, porque os filhos de Israel abandonam a vossa Aliança (LT).  Também nós podemos descuidar o 9º mandamento, que faz parte da Aliança. Senhor tende compaixão de mim e atendei-me. Não me rejeiteis nem me abandoneis (SR). E tem coragem e confia no Senhor (SR).

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:   Fernando Silva

Nota Exegética: Geraldo Morujão

Homilia Ferial:   Nuno Romão

Sugestão Musical:        José Carlos Azevedo

 


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