Anjo da Guarda de Portugal
10 de Junho de 2020
Memória
RITOS INICIAIS
Cântico de entrada: Como promessa de cada hora – M. Faria, NRMS, 30
Dan 3, 95
Antífona de entrada: Bendito seja o Senhor, que enviou o seu Anjo e libertou os seus servos, que n'Ele confiaram.
Introdução ao espírito da Celebração
Celebremos com alegria e gratidão o nosso Deus que nos oferece o dom do Anjo da Guarda de Portugal. A devoção ao Anjo da Guarda é muito antiga em Portugal. A tradição identificou o Anjo da Guarda de Portugal com São Miguel.
Tal devoção reforçou-se, de maneira muito especial, a partir das três aparições do Anjo em Fátima. Foi na segunda aparição que o Anjo disse aos pastorinhos que era o Anjo da Guarda de Portugal: “Orai, orai muito. Os Corações santíssimos de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios. De tudo o que puderdes oferecei a Deus sacrifícios em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores. Atrai assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai, com submissão, o sofrimento que o Senhor vos enviar”.
Ele é Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. Ele traz a Paz que é Deus. Ensina-nos a crer, a orar, a amar, esperar, a viver a caridade, a pedir perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não amam a Deus e aos irmãos.
Sejamos amigos e obedientes ao Anjo da Guarda da nossa Pátria. E partilhemos amor a Jesus Eucaristia. Seja a nossa vida de oração intensa e perseverante. Sacrifiquemo-nos assumindo em nós a Paixão de Cristo em favor dos irmãos. Vivamos uma fé autêntica e um amor verdadeiro a todos, para que sobre a nossa Pátria se derramem as graças e bênçãos de Deus.
Oração colecta: Deus eterno e omnipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo de Portugal, sejamos livres de todas as adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia da Palavra
Primeira Leitura
Monição: que ressoe no nosso coração a beleza do Anjo da Guarda de Portugal a convidar-nos à fidelidade e ao amor a Deus.
Daniel 10, 2a, 5-6.12-14ab
2aNaqueles dias, 5ergui os olhos e vi um homem vestido de linho, com um cinturão de ouro puro. 6O seu corpo era semelhante ao topázio e o rosto tinha o fulgor do relâmpago; os olhos eram como fachos ardentes, os braços e as pernas eram brilhantes como o bronze polido e o som das suas palavras era como o rumor duma multidão. 12Ele disse-me: «Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia em que aplicaste o teu coração para compreender e te humilhaste diante do teu Deus, as tuas palavras foram ouvidas. É por causa das tuas palavras que eu venho. 13O chefe do reino da Pérsia resistiu-me durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos chefes principais, veio em meu auxílio. Eu estive lá, a fazer frente ao chefe dos reis da Pérsia, 14abe vim para te explicar o que vai suceder ao teu povo, no fim dos tempos».
A leitura está respigada dos sonhos e visões de Daniel (2ª parte do livro: 7,1 – 12,13), onde, na última visão, uma figura excelsa explica o que irá suceder nas guerras do séc. II a. C. entre os selêucidas e os lágidas, e como uma personalidade abominável (Antíoco IV da Síria) virá trazer grandes desgraças ao povo, mas acabará por ser derrotado, graças à intervenção libertadora de Miguel (este nome hebraico – mi-ka-el – significa: quem como Deus?). A leitura foi escolhida para a festa de hoje certamente pela descrição da figura angélica da aparição nos vv. 5-6, que evoca a visão dos Pastorinhos de Fátima.
Salmo Responsorial Salmo 90 (91),1 e 3.5b-6.10.11.14-15
Monição: O Salmo faz-nos saborear a presença de Deus em nossa vida, dando-nos um companheiro admirável.
Refrão: O Senhor mandará aos seus anjos
Que te guardem em todos os teus caminhos.
Tu, que habitas sob a protecção do Altíssimo,
moras à sombra do Omnipotente.
Ele te livrará do laço do caçador
e do flagelo maligno.
Não temerás o pavor da noite,
nem a seta que voa de dia;
nem a epidemia que se propaga nas trevas,
nem a peste que alastra em pleno dia.
Nenhum mal te acontecerá,
nem a desgraça se aproximará da tua morada.
Porque o Senhor mandará aos seus Anjos
que te guardem em todos os teus caminhos.
«Porque confiou em Mim, hei-de salvá-lo;
hei-de protegê-lo, pois conheceu o meu nome.
Quando Me invocar, hei-de atendê-lo,
estarei com ele na tribulação,
hei-de libertá-lo e dar-lhe glória».
Aclamação ao Evangelho Lc 2, 10b
Monição: O Anjos são mensageiros da alegria, da paz e da salvação operada em Cristo. Em Fátima o Anjo da Guarda anuncia grandes e maravilhosas coisas, mas pede a nossa colaboração e compromisso.
Aleluia
Cântico: Aleluia – J. Berthier, COM, pg 112
Disse o Anjo do Senhor:
«Anuncio-vos uma grande alegria para todo o povo.»
Evangelho
São Lucas 2, 8-14
Naquele tempo, 8havia naquela região uns pastores que viviam nos campos e guardavam de noite os rebanhos. 9O Anjo do Senhor aproximou-se deles e a glória do Senhor cercou-os de luz; e eles tiveram grande medo. 10Disse-lhes o Anjo: «Não temais, porque vos anuncio uma grande alegria para todo o povo: 11nasceu-vos hoje, na cidade de David, um Salvador, que é Cristo Senhor. 12Isto vos servirá de sinal: encontrareis um Menino recém-nascido, envolto em panos e deitado numa manjedoura». 13Imediatamente juntou-se ao Anjo uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus, dizendo: 14«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados».
Também o texto escolhido nos fala dos Anjos do Natal. A glória de Deus que em Israel se manifestava no templo, manifesta-se agora no campo dos pastores. Deus manifesta-se aos simples e humildes e no meio dos seus afazeres mais correntes.
8 «Pastores». É significativo que os primeiros a quem o Messias se manifesta seja gente desprezada e sem valor aos olhos da sociedade judaica, que os incluía entre os «publicanos e pecadores», pois a sua ignorância religiosa levava-os a constantemente infringirem as inúmeras prescrições legais. O facto de guardarem o gado de noite não significa que não fosse inverno, embora não saibamos nem o dia nem sequer o mês em que Jesus nasceu, o que se compreende, pois então só se celebrava o aniversário natalício dos filhos dos reis e pouco mais. Só tardiamente se começou a celebrar o nascimento de Jesus (em Roma já se celebrava no séc. IV a 25 de Dezembro). Ao chegar a noite, os pastores reuniam o gado numa vedação campestre (redil) e eles abrigavam-se da inclemência do tempo nalguma cabana feita de ramos, mesmo durante o inverno.
14 Com o nascimento de Jesus, Deus é glorificado – «glória a Deus» – e advém para os homens a síntese de todos os bens – «a paz». O texto original grego pode ter uma dupla tradução, qual delas a mais rica: «homens de boa vontade» (que possuem boa vontade, segundo a interpretação tradicional adoptada pela nova tradução da CEP), ou «os homens que são objecto de boa vontade» (ou da benevolência divina). Por agora, os textos litúrgicos preferiram a segunda, mais de acordo com a visão universalista de Lucas. Segundo uma variante textual (menos provável) teríamos uma frase com três membros: «glória a Deus..., paz na terra, benevolência divina entre os homens».
Sugestões para a homilia
Admirável Arcanjo: Anjo da Pátria.
O Anjo da Guarda de Portugal: estar atento a S. Miguel.
Santidade de Deus. Adoração. Contributo pessoal.
Admirável Arcanjo: Anjo da Pátria.
Os Anjos são seres inteligentes e livres que traduzem a grandeza da santidade, da misericórdia e graça de Deus. Eles permaneceram fiéis a Deus. Amam a Deus de forma incondicional, total e eternamente. Assumiram ajudar-nos como companheiros e amigos da nossa caminhada. Mensageiros de Deus, em momentos decisivos da História da Salvação. Trazem Deus aos homens. Perto de Deus, em comunhão única com Deus, também perto dos homens.
Na intimidade do ser humano, estes mensageiros que perscrutam o que está a descoberto e o que está oculto, chamam constantemente à conversão, à oração, ao sacrifício, à santidade. Estão encarregados da guarda dos homens (Mt 18, 10; At 12, 13). São ainda protetores e defensores da Igreja (Ap 12, 1-9).
O seu nome vem da função e missão que exercem como mensageiros fidelíssimos de Deus, como colaboradores de Deus e dos homens.
“Não temas… não temais” é a oferta de paz que oferecem ao Povo de Deus e a todos os que acolhem a novidade que é Jesus Cristo. A vitória será uma certeza. Deus Amor vencerá.
“Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor” (v. 11). É o grande e inconfundível anúncio. Por isso querem preparar o nosso coração para o acolhimento da Boa Nova e para o compromisso com a mesma, isto é, com a Pessoa e a Missão de Jesus Cristo, Filho de Deus e de Maria.
Deus nunca nos abandona diante dos obstáculos, das desorientações, dos fracassos e dos desânimos. Assim como não abandona os povos e as nações que enfrentam calamidades, horrores e torrentes de maldades que destroem vidas, geram ódios e violências. O mal, nas suas mais variadas facetas, nunca vem de Deus.
Nesta luta que todos enfrentamos, pessoalmente e como Nação ou Pátria, Deus coloca ao nosso lado, à nossa disposição os Anjos para nos guiarem pelos caminhos que levam à Casa do Pai, ao abraço da Ternura Paterna, ao dinamismo da Paixão de Cristo, à torrente de verdade e vida do Espírito Santo, ao amor e serviço à Igreja e ao amor pela humanidade inteira.
Outrora no Céu, São Miguel Arcanjo, na sua missão “Quem é como Deus?” enfrentou uma plêiade de soberba, orgulho e arrogância intelectual. Agiu com a suavidade de profunda sabedoria, partilhada na beleza do amor e fidelidade a Deus, e ainda na caridade suprema. Em nome de Deus convidou à conversão, à mudança, à aceitação da vontade de Deus que é expressão da maior liberdade para qualquer criatura racional. Trouxe muitos Anjos para o campo da verdade e derrotou os que afincadamente ficaram, sem possibilidade de retorno, na opção do non serviam, não querer amar e servir a Deus. Não querer amar e seguir pelo caminho do amor, servindo Deus e os Homens.
Na terra, São Miguel, o Anjo da Paz, tem a mesma missão: preparar a todos para o acolhimento, a adoração e o amor a Deus. Os inimigos de Deus e da nossa salvação entram com toda a energia procurando causar devastação, morte e trevas como o fizeram na eternidade. Por isso, S. Miguel, nos convida às atitudes fundamentais da nossa vitória: amar e servir a Deus. Amar a todos, que começa pela atitude fundamental da nossa oração e dos nossos sacrifícios em favor de todo o Corpo da Igreja e de toda a humanidade.
São Miguel chama toda a nossa Pátria para a fidelidade amorosa a Deus e para a entrega amorosa à Igreja e a todas as pessoas. Lembra que Deus está connosco no Sacramento da Eucaristia e que o amor é a vocação e razão de ser de todos os que nasceram de Deus. Pede-nos que afastemos todos os desprezos, os ultrajes, a falta de fé, a indiferença, o sacrilégio e a maldade. Vêm do Céu para nos reconduzir ao Céu. Faz-nos, desde já, saborear as realidades da Jerusalém celeste.
O Arcanjo São Miguel, Anjo da Paz, Anjo da Guarda de Portugal, também nos incendeia de amor à Virgem Santa e Imaculada, associada de forma singular e única a Jesus Cristo.
O Anjo da Guarda de Portugal: estar atento a S. Miguel.
Segundo a tradição São Miguel é o Anjo da Guarda de Portugal. Magnifico Arcanjo. Magnifica missão. Estejamos atentos aos seus gestos e apelos:
1- Oração e penitência.
O Anjo chama-nos à partilha constante e permanente da nossa vida de oração e de sacrifício. Uma oração de adoração ao Único Deus Vivo e Verdadeiro, que se fez Homem e permanece connosco na Eucaristia. Uma oração que se prolongue intensamente e que atinja todos os pontos cardeais e todos os corações.
Chama-nos ao sacrifício e penitência como participação ativa, quotidiana e permanente no mistério da Paixão de Cristo, que deu a vida por todos, e nos convoca a associarmo-nos a Ele em favor de todos.
a) Na 1ªaparição: “À maneira que se aproximava, íamos divisando as feições: um jovem dos seus 14 a 15 anos, mais branco que se fora de neve, que o sol tornava transparente como se fora de cristal e duma grande beleza.
Ao chegar junto de nós, disse:
- Não temais! Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.
E, ajoelhando em terra, curvou a fronte até ao chão e fez-nos repetir três vezes estas palavras:
- Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam.
Depois, erguendo-se, disse:
- Orai assim. Os Corações de Jesus e de Maria estão atentos à voz das vossas súplicas. Oferecei constantemente, ao Altíssimo, orações e sacrifícios”.
b) Na segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal.
- Como nos havemos de sacrificar?
- De tudo que puderdes, oferecei a Deus sacrifício em acto de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e súplica pela conversão dos pecadores. Atraí, assim, sobre a vossa Pátria, a paz. Eu sou o Anjo da sua guarda, o Anjo de Portugal. Sobretudo, aceitai e suportai, com submissão, os sofrimentos que o Senhor vos enviar”
c) Na terceira aparição: “Erguemo-nos para ver o que se passava e vemos o Anjo, tendo na mão esquerda um cálix, sobre o qual está suspensa uma Hóstia, da qual caem algumas gotas de Sangue dentro do cálix. O Anjo deixa suspenso no ar o Cálix, ajoelha junto de nós, e faz-nos repetir três vezes: Santíssima Trindade, Padre, Filho, Espírito Santo, (adoro-Vos profundamente e) ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E, pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores. Depois levanta-se, toma em suas mãos o cálix e a hóstia. Dá-me a sagrada Hóstia a mim e o Sangue do Cálix divide-o pela Jacinta e o Francisco, dizendo ao mesmo tempo: Tomai e bebei o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus. E, prostrando-se de novo em terra, repetiu connosco, outras três vezes, a mesma oração: Santíssima Trindade... etc., e desapareceu”. Luciano Cristino, As Aparições do Anjo 1915 e 1916, pp 4-5.
Santidade de Deus. Adoração. Contributo pessoal.
Pelo testemunho do Anjo que adora profundamente a Deus no Sacramento da Eucaristia, percebemos a santidade e a proximidade de Deus, acessível e verdadeiramente presente na Eucaristia. O Anjo ama e faz amar a Trindade Santa. Relembra e lembra o fundamental da Palavra de Deus: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e Ele aí está presente na Eucaristia. Uma adoração profunda em gestos, atitudes e palavras que transformam a vida pessoal e a vida do mundo. O grande segredo para todos os tempos e para a Igreja é a Eucaristia. E não podemos esvaziar a Eucaristia deste profundo mistério, e nem deixá-lo desprezado para um plano secundário. Todos os planos e projetos pastorais deviam começar pelos joelhos diante de Jesus Eucaristia. Tanto sacrário abandonado!
O Anjo faz o convite a crer, adorar, esperar e amar. E faz o convite a fazer reparação e sacrifício pelos que rejeitam Deus e caminham na morte e para a morte, pelos que rejeitam profundamente a salvação, pelos que não se abrem à Luz. E sobretudo há como que uma “lamúria” silenciosa ao nosso desinteressado compromisso pela salvação das pessoas e à pouca incidência que a Eucaristia tem na vida de tantas pessoas.
Faz um convite a reparar os pecados cometidos contra Deus. Reparação da Santíssima Trindade por todos os sacrilégios, ultrajes, indiferenças para com o Precioso Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presente e doado em cada Eucaristia e nos Sacrários do mundo inteiro.
Faz um convite ao amor e fidelidade à Igreja, Corpo de Cristo, aportando o nosso compromisso de fé, de amor, de esperança, de oração, de sacrifício, de entrega por todos. O que vence o poder do mal e faz com que ele deixe de ter poder sobre as pessoas é a oração, como o Anjo fez e ensinou a fazer: as atitudes orantes, os gestos de profunda adoração centralizada em Deus e o compromisso da vida que surge em conversão pessoal.
Faz um convite a não termos medo de Deus. Não temais foi a sua primeira frase. Depois mostra como é fácil encontrar e ter uma experiencia profunda com o Deus Trino presente na Eucaristia. Ensina que as técnicas da oração são: fé profunda; o corpo ao serviço da oração; o amor autêntico; oração perseverante, constante, mesmo que custe, que se torne árida; vontade configurada com a vontade de Cristo; deixar Deus habitar-nos totalmente.
Oração Universal
Irmãs e irmãos:
confiemos a nossa oração ao ministério
do Anjo da Guarda de Portugal,
mensageiro de Deus na nossa Pátria,
e nosso protetor e defensor,
e digamos (ou: cantemos) com toda a confiança:
R. Ouvi-nos Senhor.
Ou: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor.
Ou: Por intercessão do Anjo da Guarda de Portugal, ouvi-nos, Senhor.
1-Pela Santa Igreja de Deus,
pelo Papa Francisco, pelos bispos, presbíteros e diáconos,
e todo o Povo de Deus,
para que a proteção de São Miguel Arcanjo
a todos defenda dos ataques do inimigo,
oremos, irmãos.
2-Pelas dioceses e paróquias de Portugal,
para que, dóceis ao seu Anjo da Guarda,
e na sabedoria do Evangelho,
sejam espaços de acolhimento,
de fé, adoração, esperança,
bondade e misericórdia,
oremos, irmãos.
3- Para que os responsáveis do nosso País
sejam guiados não pelo desejo de mandar,
mas pelo espírito de serviço,
se libertem das ideologias soberbas e arrogantes,
contra Deus e contra a pessoa humana,
oremos, irmãos.
4- Pelos que se sentem marginalizados e espezinhados,
pelas crianças a quem é negado o direito à vida,
e por todas as que são maltratadas moral, física e psicologicamente,
para que o Anjo da Guarda as defenda e proteja,
oremos, irmãos.
5-Por todos nós aqui presentes em assembleia,
para que, pelo ministério dos Anjos,
e por intercessão especial do Anjo da Guarda de Portugal,
sintamos os benefícios da sua proteção,
e correspondamos à sua proposta, comos os pastorinhos,
oremos, irmãos.
Deus, nosso Pai,
Que hoje, ao celebrarmos o dom do Anjo da Guarda de Portugal,
nos reunistes nesta santa assembleia,
acolhei os nossos votos e orações
e fazei de nós verdadeiros adoradores
e concidadão dos Santos e dos Anjos no Céu.
Por Cristo, nosso Senhor.
Liturgia Eucarística
Cântico do ofertório: Anjo da guarda – H.Faria, NRMS, 11-12
Oração sobre as oblatas: Recebei, Senhor, estas ofertas que apresentamos ao vosso altar e fazei que, por intercessão do nosso Anjo da Guarda, sejamos defendidos de toda a adversidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Prefácio dos Anjos: p. 491
V. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
V. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.
R. É nosso dever, é nossa salvação.
Senhor, Pai Santo, Deus eterno e omnipotente,
é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação
dar-Vos graças, sempre e em toda a parte,
por Cristo nosso Senhor.
Proclamamos a vossa imensa glória,
que resplandece nos Anjos e nos Arcanjos,
e, honrando estes mensageiros celestes,
exaltamos a vossa infinita bondade,
porque a veneração que eles merecem
é sinal da vossa incomparável grandeza
sobre todas as criaturas.
Por isso, com a multidão dos Anjos,
Que celebram a vossa divina majestade,
Nós Vos adoramos e bendizemos, cantando numa só voz:
Santo: A. Cartageno – ENPL, 15
Monição da Comunhão
Peçamos ao Anjo da Paz, ao Anjo de Portugal que nos ensine a orar, como ensinou aos Pastorinhos:
“Meu Deus, eu creio, adoro,
espero e amo-Vos.
Peço-Vos perdão para os que não crêem,
não adoram, não esperam e não Vos amam".
“Santíssima Trindade,
Pai, Filho e Espírito Santo,
adoro-Vos profundamente
e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo,
Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo,
presente em todos os sacrários da terra,
em reparação dos ultrajes,
sacrilégios e indiferenças
com que Ele mesmo é ofendido.
E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração
e do Coração Imaculado de Maria,
peço-Vos a conversão dos pobres pecadores".
Cântico da Comunhão: Cantai comigo – H. Faria, NRMS, 2
Judite 13, 20.21
Antífona da comunhão: Bendito seja o Senhor, que me protegeu por meio do seu Anjo. Dai graças ao Senhor, porque é eterna a sua misericórdia.
Cântico de acção de graças: Com os benditos Anjos – M. Faria, NRMS, 11-12
Oração depois da comunhão: Senhor, que nos alimentais neste admirável sacramento de vida eterna, dirigi os nossos passos, por meio do vosso Anjo, no caminho da salvação e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Ritos Finais
Monição final
Vamos com entusiasmo. Às vezes a vida é bem difícil e cheia de perigos, cheia de obstáculos. É luta contra o poder das trevas, da arrogância, da soberba de ideias, de atitudes semeadoras de morte, destruição, ódio e violência.
Levamos as armas do Anjo da Guarda de Portugal: amor profundo a Deus presente na Eucaristia e em todos os sacrários da terra; sabedoria divina, forjada na oração perseverante; humildade, fortaleza, verdade e justiça; fé, esperança, amor. Uma vida de sacrifício na comunhão com o mistério da Paixão de Cristo. Uma vida iluminada pela presença e intercessão da Rainha de todos os Anjos, o Imaculado Coração de Maria e também pela presença amiga do Anjo da Guarda de Portugal.
Cântico final: Santo Anjo do Senhor – M. Faria, NRMS, 6 (I)
Celebração e Homilia: Armando Rodrigues Dias
Nota Exegética: Geraldo Morujão
Sugestão Musical: José Carlos Azevedo