Solenidade da Santíssima Trindade

7 de Junho de 2020

 

 

RITOS INICIAIS

 

Cântico de entrada: Ao Senhor do Universo – J. F. Silva, NRMS, 8

 

Antífona de entrada: Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho Unigénito, bendito o Espírito Santo, pela sua infinita misericórdia.

 

Diz-se o Glória.

 

Introdução ao espírito da Celebração

 

Deus revelou-nos tudo e só o que é necessário para a nossa felicidade na terra e no Céu. Ao revelar-nos o Mistério da Santíssima Trindade ensinou-nos que Deus é uma Comunhão no Amor de Três Pessoas e que a Ele é o nosso prémio eterno no Paraíso.

Ao recordar este mistério no recomeça do Tempo Comum ajuda-nos a rejuvenescer a nossa coragem na luta diária pela santidade pessoal. 

O nosso Deus, o melhor dos pedagogos, esperou pacientemente a ocasião oportuna para nos revelar este mistério.

A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.

 

Acto penitencial

 

Muitas vezes deixamo-nos cair na tristeza e no desânimo, como se não tivéssemos ao nosso lado Deus, como o melhor dos pais, que nos anima e socorre.

Peçamos perdão desta falta de fé na vida e ajuda para vivermos como filhos de Deus ressuscitados.

 

(Tempo de silêncio. Apresentamos, como alternativa, elementos para o esquema C)

 

•   Senhor Jesus: Vivemos distraídos perante estas maravilhas da criação

    e não nos lembramos de tudo é obra do amor de Deus para connosco.

    Senhor, tende piedade de nós.

 

Senhor, tende piedade de nós.

 

•   Cristo: Habituamo-nos a ouvir narrar o que sofreu Jesus para nos salvar

    e ficamos indiferentes perante tanto sofrimento que aceitou por todos nós.

    Cristo, tende piedade de nós.

 

    Cristo, tende piedade de nós.

 

•   Senhor Jesus: Vivemos sem nos lembrarmos que somos templos vivos

    da Santíssima Trindade que habita em nosso coração desde o Baptismo.

    Senhor, tende piedade de nós.

 

    Senhor, tende piedade de nós.

 

 

Deus todo poderoso tenha compaixão de nós,

perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

 

Oração colecta: Deus Pai, que revelastes aos homens o vosso admirável mistério, enviando ao mundo a Palavra da verdade e o Espírito da santidade, concedei-nos que, na profissão da verdadeira fé, reconheçamos a glória da eterna Trindade e adoremos a Unidade na sua omnipotência. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

 

Liturgia da Palavra

 

Primeira Leitura

 

Monição: O Senhor apresenta-se no êxodo como o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem. Ele é clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia.

 

Êxodo 34, 4b-6.8-9

4bNaqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra. 5O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés e proclamou o nome do Senhor. 6O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: «O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade». 8Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração. 9Depois disse: encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós. É certo que se trata de um povo de dura cerviz, mas Vós perdoareis os nossos pecados e iniquidades e fareis de nós a vossa herança.

 

No texto temos a descrição de mais uma teofania, em que Deus se manifesta. Mas, desta vez, não é com a tremenda grandiosidade que faz ressaltar a sua transcendência, como em Ex 19,16-20. Ele revela-se aqui como um Deus próximo e íntimo: «um Deus clemente e compassivo… cheio de misericórdia e fidelidade». No entanto, a revelação mosaica, que se centra na Unicidade divina, fica bem longe da revelação de Cristo acerca da Trindade, isto é, acerca do mistério da própria vida de Deus, pois põe em evidência, dum modo maravilhoso e absolutamente impensável, estes atributos divinos: a misericórdia e a fidelidade. Com efeito, a revelação da vida íntima de Deus em três Pessoas é-nos feita num contexto de salvação do homem afundado no pecado, por um amor sem limites e inteiramente gratuito: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16).

4b «As duas tábuas de pedra». Estas haviam de substituir as primeiras, quebradas por Moisés num acesso de indignação que teve, ao verificar a idolatria em que o povo caíra (Ex 32,19).

 

 

Salmo Responsorial    Dan 3, 52.53.54.55.56 (R. 52b)

 

Monição: Perante a Majestade infinita do nosso Deus, só nos resta entoar-Lhe um cântico de louvor pela Sua grandeza e de acção de graças pelos benefícios que nos tem concedido.

Façamo-lo, catando com fé e devoção o salmo responsorial da liturgia desta solenidade.

 

Refrão:     Digno é o Senhor

                de louvor e de glória para sempre.

 

Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais:

digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito o vosso nome glorioso e santo:

digno de louvor e de glória para sempre.

 

Bendito sejais no templo santo da vossa glória:

digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no trono da vossa realeza:

digno de louvor e de glória para sempre.

 

Bendito sejais, Vós que sondais os abismos

e estais sentado sobre os Querubins:

digno de louvor e de glória para sempre.

Bendito sejais no firmamento do céu:

digno de louvor e de glória para sempre.

 

Segunda Leitura

 

Monição: S. Paulo expressa – através da fórmula litúrgica “a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” – a maravilha de um Deus que é comunhão, que é família e que deseja atrair todos os homens para esse oceano de amor.

 

2 Coríntios 13, 11-13

Irmãos: 11Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco. 12Saudai-vos uns aos outros com o ósculo santo. Todos os santos vos saúdam. 13A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

 

A leitura corresponde às palavras com que S. Paulo termina a 2.ª Epístola aos Coríntios: uma recomendação final (v. 11) e saudações (vv. 12-13). A despedida é feita através de uma fórmula trinitária muito rica, usada por nós como saudação inicial da celebração eucarística. As três Pessoas divinas estão postas em pé de igualdade. Como em tantos outros casos, «Deus» (com artigo, em grego) designa concretamente a Pessoa do Pai, e não apenas a divindade, ou a única natureza divina, comum às três Pessoas divinas (estas não são três indivíduos, como quando falamos de pessoas humanas, mas três hipóstases, ou sujeitos de atribuição, três «eu»).

12 «Todos os santos vos saúdam». Refere-se aos cristãos da Macedónia, onde a carta foi escrita (cf. 2Cor 2,13; 7,5; 8,1; 9,2.4), talvez mesmo em Filipos, provavelmente antes do Pentecostes do ano 57.

 

 

Aclamação ao Evangelho        Jo 3, 16-18

 

Monição: Diz-nos S. João que «Deus enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele.»

Rejubilemos com esta Boa Nova da Salvação e manifestemos a nossa gratidão, catando a aclamação do Evangelho.

 

Aleluia

 

Cântico: Aleluia – M. Faria, NRMS, 16

 

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo,

ao Deus que é, que era e que há-de vir.

 

 

Evangelho

 

São João 3, 16-18

16Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. 17Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. 18Quem não acredita n'Ele já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.

 

Enquadramento do texto: a leitura é extraída do capítulo 3º de S. João, que aparece fundamentalmente como um dos grandes discursos de Jesus, redigido bem à maneira joanina – um discurso temático introduzido por um dialogo em que sobressai o mal-entendido do interlocutor (Nicodemos) –, apenas interrompido com mais um testemunho de João Baptista, mas que se enquadra bem no tema do Baptismo cristão, em aparente conflito com o de João (vv. 22-30). O diálogo inicial dá lugar à mensagem de Jesus; mas de facto é praticamente impossível destrinçar aquilo que o evangelista põe na boca de Jesus daquilo que é uma reflexão sua sobre as palavras do Senhor. Costuma-se considerar que, a partir do v. 13, temos uma meditação divinamente inspirada sobre as palavras de Jesus, feita pelo próprio evangelista, que do v. 16 ao 21 tomam a forma do chamado kérigma joanino em toda a sua força e esplendor. Também os versículos 31-36 deste capítulo só na aparência é que são do Baptista; na realidade são o mesmo kérigma joanino.

16 «Deus amou tanto... que entregou o seu Filho Unigénito». Esta consideração procede do enlevo, do encanto e deslumbramento de quem contempla o rosto de Cristo e o inefável amor de Deus pelas suas criaturas; o mistério da Trindade revela-se-nos num admirável mistério de amor, o da Incarnação e da Redenção! Parece haver na expressão joanina uma alusão ao sacrifício de Isaac (Gn 22,2-12), que os Santos Padres consideram uma figura do sacrifício de Cristo.

17-18 «Não para condenar o mundo, mas para que mundo seja salvo por Ele». O judaísmo dos tempos de Jesus concebia o Messias como um juiz que, antes de mais, vinha para julgar e condenar todos os que ficavam fora do reino de Deus ou se lhe opunham. Jesus insiste no amor de Deus ao mundo e no envio do Filho para que este venha a ser salvo e não condenado: o Filho é o Salvador do Mundo (Jo 4,42). Se é verdade que há quem se condene, isto sucede porque esse se coloca numa situação de condenação ao rejeitar o único que o podia salvar: «porque não acreditou no Nome (na Pessoa) do Filho Unigénito de Deus» (v. 18). «Já está condenado», visto que o amor de Deus revelado em Jesus é de tal ordem que o ser humano não se pode alhear; a pessoa é colocada perante um tremendo dilema, inevitável e urgente, tendo de assumir toda a responsabilidade que envolve a sua opção; daí que em S. João o juízo de condenação costuma aparecer como algo actual (cf. vv. 36; e 5,24; 12,31).

Breve excurso teológico: O mistério da Santíssima Trindade não é um quebra-cabeças, uma abstracção ou trigonometria divina reservada a sábios especulativos. Como já referi em nota à 1.ª leitura, o mistério da vida íntima de Deus – a Santíssima Trindade – é-nos revelado num contexto salvífico: o Pai que envia o Filho para salvar o mundo; o Filho que nos envia do Pai o Espírito que nos santifica; e é por isso que o mistério da Trindade está no centro da vida cristã, que é uma ascensão progressiva e contínua ao Pai, unidos ao Filho e guiados pelo Espírito Santo. Por outro lado, a revelação deste mistério – segundo o explicita o dogma e a Teologia – permite-nos falar com objectividade acerca da Trindade «ad intra», isto é, acerca do que ela é em si mesma, na sua mesma essência. O Filho procede do Pai, por eterna geração intelectual – gerado, não criado –; Ele é a Sabedoria, o Verbo (cf. Jo 1,1-3: a palavra que tudo exprime) do Pai, «o resplendor da glória do Pai e a expressão do seu ser» (Hebr 1,3). O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, como o amor do querer divino, por isso a Liturgia O chama «Fogo, Amor, Unção espiritual». As três Pessoas são iguais – uma mesma e única divindade –, e distintas: o Pai não é o Filho, o Filho não é o Espírito Santo, o Espírito Santo não é o Pai, mas apenas se distinguem no que a Teologia classificou de «relações opostas de origem», relações estas que derivam de o Filho proceder do Pai e o Espírito Santo do Pai e do Filho (ou pelo Filho). Em tudo o mais não há a mínima distinção, a tal ponto que tudo o que Deus faz fora do circuito interno de vida eterna é comum às Pessoas divinas, embora nós possamos apropriar de alguma das Pessoas em particular uma determinada acção ou atributo divino: para o Pai, a omnipotência e a criação; para o Filho, a sabedoria e todas as obras da sabedoria divina; para o Espírito Santo, o amor, a santificação do homem, a inspiração da Escritura, etc.

O transcendente mistério da Santíssima Trindade não é algo que afasta o crente de Deus – tão incompreensível Ele é –, mas, pelo contrário, é um mistério fascinante, que exerce nas almas enamoradas de Deus uma espécie de santa vertigem, uma antecipação do Céu: a atracção do abismo da grandeza e misericórdia divinas. Se Deus é quem é – o Ser infinito – tem que ser sumamente amável, ainda que incompreensível. No dogma da Santíssima Trindade não há contradição, pois não é como se disséssemos 1+1+1=3, uma vez que as Pessoas divinas não se somam umas às outras (são a mesma e única substância divina), mas compenetram-se numa mesma torrente de vida eterna, num mesmo abismo de sabedoria e amor, como se disséssemos 1x1x1=1. Mas a verdade é que se avança mais no conhecimento deste mistério pela via mística, do que pelo discurso teológico: assim sucedeu mesmo com pessoas analfabetas, como sucedeu com os pastorinhos de Fátima.

 

 

Sugestões para a homilia

 

• Deus da comunhão e da aliança

Deus vem ao encontro do homem

É o Deus da misericórdia

Chama-nos à comunhão com Ele

• Deus, comunhão de Pessoas

Deus, comunhão de Amor

Deu-nos o Seu Filho, Salvador

O Espírito Santo conduz-nos à santidade

 

 

1. Deus da comunhão e da aliança

 

a) Deus vem ao encontro do homem. «Naqueles dias, Moisés levantou-se muito cedo e subiu ao monte Sinai, como o Senhor lhe ordenara, levando nas mãos as tábuas de pedra. O Senhor desceu na nuvem, ficou junto de Moisés, que invocou o nome do Senhor

Moisés vai ao encontro do Senhor, no Sinai, levando as Tábuas da Lei. Deus não espera que Moisés percorra toda a distância, mas vem imediatamente ao seu encontro, porque Ele deseja ardentemente dialogar connosco.

Nesta apresentação que faz de Si mesmo, Deus não menciona a sua grandeza e omnipotência, o seu poder e majestade; mas menciona as “qualidades” que fazem d’Ele o companheiro ideal nesta “aliança” que fazemos com Ele: Jahwéh é o “Deus clemente e compassivo, sem pressa para se indignar e cheio de misericórdia e fidelidade.”

O nosso Deus não é Alguém isolado, incomunicável, e alheio aos nossos problemas, mas um Deus que vive em comunhão das Três Pessoas e Se abre à comunhão connosco.

Temos, por vezes, uma imagem falsa de Deus. Imaginamo-l’O à nossa imagem e semelhança, alguém superior a nós, mas sem paciência para suportar as nossas falhas, cioso da Sua autoridade, de modo que castiga inexoravelmente a menor falta de respeito, e mantém-se invariavelmente de rosto sério e distante.

No centro deste texto do Êxodo encontra-se uma afirmação que nos enche de paz e de alegria: Deus ama o seu Povo e cuida dele com bondade e ternura. A sua misericórdia é ilimitada e, aconteça o que acontecer, está sempre disponível para nos atender. Nós, que somos o Seu Povo da Aliança, podemos estar tranquilos e confiantes, pois Jahwéh, o Deus do amor e da misericórdia, garante-nos a sua eterna fidelidade ao Seu Amor por nós.

Nenhuma pessoa do mundo se pode queixar com verdade de que Deus a abandonou, mesmo que se tenha distanciado muito d’Ele, por uma vida e pecado.

O Senhor está sempre junto de nós, atento ao menor sinal de que desejamos voltar para Ele, porque a Sua maior alegria é perdoar, embora aceite com paciência os nossos caprichos e pecados.

Dá-Se-nos a conhecer, manifestando-nos a Sua vida íntima, para nos convidar a entrar nela.

 

b) É o Deus da misericórdia. «O Senhor passou diante de Moisés e proclamou: “O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo, sem pressa para Se indignar cheio de misericórdia e fidelidade”.»

Deus rompe o silêncio e a timidez de Moisés, fazendo a Sua apresentação, não com os atributos que falam da Sua grandeza, mas com aquilo que melhor nos conforta na Aliança: o Deus da misericórdia e do perdão gratuito. 

Marcados pela nossa experiência no convívio com as outras pessoas, construímos dentro de nós uma falsa imagem de Deus.

Imaginamo-l’O como Alguém cioso da Sua glória e Majestade, que pune invariavelmente a menor falta de respeito e que gosta de ser tratado à distancia, como os grandes da terra.

Ele define-se com dois atributos que nos enchem de alegria:

Misericórdia. É o Amor gratuito que não se cansa de se dar, que não passa factura, e que está sempre disponível para acolher. O exemplo clássico do Evangelho sobre a misericórdia são as Parábolas da dracma perdida, da ovelha tresmalhada e do filho pródigo, Aquele pai tinha todas as razões para rejeitar o filho ou, pelo menos, dar-lhe um castigo exemplar. Deixa, contudo as pessoas desconcertadas, porque organiza uma festa para acolher este filho esbanjador.

Santa Faustina Kowalska fala deste atributo divino no seu Diário.

“No início, Deus dá-se a conhecer como Santidade, Justiça, Bondade — ou seja, Misericórdia. A alma não conhece tudo isso de uma vez, mas em iluminações sucessivas, ou aproximações de Deus. E isso não dura muito, porque a alma não suportaria tanta luz” (D 95); “...o Senhor concedeu-me muitas luzes, para conhecer os Seus atributos. O primeiro atributo que o Senhor me deu a conhecer foi a Sua santidade. Essa santidade é tão elevada que tremem diante d’Ele todas as potestades e virtudes. (...) O Senhor concedeu-me também o conhecimento do segundo atributo – o da Sua justiça. (...) tudo diante d’Ele é manifesto em toda a nudez da verdade (...). O terceiro atributo é o Amor e a Misericórdia. E compreendi que o Amor e a Misericórdia é o maior atributo. É ele que une a criatura ao Criador” (D 180; cf. 320; 458; 1692).

Fidelidade. A fidelidade é a virtude que leva uma pessoa a cumprir generosamente as suas promessas, mesmo quando a outra parte as não cumpre, ou seja, esta virtude não depende da atitude da outra pessoa. Mesmo que ela falte, a pessoa fiel cumpre.

O receio de que Deus nos abandone, esquecendo a aliança que fez connosco no Baptismo vem com consequência dos nossos pecados. Ao cometê-los, tornamo-nos infiéis à nossa Aliança. Mesmo que o façamos, Deus não quebra a Sua palavra.

 

c) Chama-nos à comunhão com Ele. «Moisés caiu de joelhos e prostrou-se em adoração. Depois disse: “Se encontrei, Senhor, aceitação a vossos olhos, digne-Se o Senhor caminhar no meio de nós.”»

Como Moisés, nós encontramos sempre aceitação da parte de Deus, sejam quais forem os nossos pecados. O que pode acontecer é que os nossos ouvidos endureçam, à força de tantas infidelidades, que deixamos de ouvir os Seus apelos, não porque o Senhor deixe de os fazer.

Deus não se comporta como alguns dos amigos que temos, que se melindram ao menor pretexto; ou que celebram em comunhão connosco um momento feliz, mas depois isolam-se novamente. O Senhor chama-nos a uma comunhão com Ele para sempre e repete esse convite sem cessar, até ao fim da nossa vida.

Esta comunhão com Deus na terra concretiza-se em vários aspectos:

Vida. Estamos em comunhão com deus pela vida da graça, porque temos em nós a participação na vida divina recebida no Baptismo. É verdade que não somos deuses, mas recebemos uma participação da vida divina que excede a exigência de qualquer natureza criada.

Ciência. Deus faz-nos participar na Sua mesma ciência pela Fé. Quando acreditamos, estamos a ver com o mundo e a vida os olhos de Deus, a “beber” a Sua ciência infinita inalterável. O acto de fé é a afirmação mais firme que podemos fazer. Deus nunca Se engana nem nos engana.

Amor. Comungamos plenamente, pelo Baptismo, no Amor de Deus. Amamos o nosso Deus presente em cada pessoa; amamos cada pessoa com o coração de Deus. Por isso, a caridade está no centro da nossa vida e qualquer falta contra ela atinge violentamente esta virtude.

Felicidade eterna. Deus não Se contenta em que sejamos felizes de qualquer maneira. Deseja tornar-nos participantes da mesma felicidade divina. O Pai tem uma só mesa de comunhão â volta da qual nos vamos sentar todos, por toda a eternidade.

Entretanto, saboreamos já a felicidade de viver com fidelidade ao Senhor a vida presente.

 

2. Deus, comunhão de Pessoas

 

a) Deus, comunhão de Amor. «Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.”»

O nosso Deus não é o Deus da solidão e do isolamento, mas uma comunhão de Amor de Três pessoas divinas.

Dizemos no Catecismo que são Três Pessoas divinas distintas — o Pai, o Filho e o Espírito Santo — e um só Deus verdadeiro. Vivem a Três numa comunhão de Amor.

Conta-se de S. Tomás que, em pequenino, interrogava muitas vezes o professor: Quem é Deus?” Depois de uma resposta dada ao nível da sua idade, o futuro Doutor Angélico ficava uns momentos em silêncio, como que a saborear a resposta, e logo voltava a repetir a mesma pergunta, pelas mesmas ou semelhantes palavras.

“Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica. Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade.

A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.

Porque uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade.

O Pai é incriado, o Filho é gerado desde toda a eternidade. O Espírito Santo procede do Amor mútuo entre o Pai e o Filho.

Estamos convidados, pelo Baptismo, a tomar parte nesta deliciosa comunhão de Amor.

 

b) Deu-nos o Seu Filho, Salvador. «Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele »

O mistério da Incarnação — Deus que Se torna um de nós, por Amor, e Se nos dá para sempre — não cabe na nossa inteligência ilimitada.

Não admira que o não compreendamos, porque Deus não nos criou deuses, com uma inteligência ilimitada. Mas deixou-nos compreender aquilo que é essencial para a nossa salvação.

Muitas vezes as pessoas entram em crise de fé, por causa do mal no mundo. Este tem uma explicação:

• Há situações a que chamamos males mas que, de facto, não o são. A nossa vida não é eterna na terra; naturalmente, chegamos ao fim. Só à luz da eternidade podemos classificar o que é bom ou mau. Uma doença, um sofrimento, vistos à luz da eternidade, são, em muitos casos, um verdadeiro tesouro.

• Deus não criou deuses, porque seria impossível. Somos seres limitados. Nesta condição adoecemos, temos dores e chegamos ao fim desta caminhada na terra.

• Muitos dos males são causados pelos homens — em última análise, pelo demónio, fonte e origem de todo o mal —, não por Deus. Ele quis criar-nos livres, pois de outro modo não haveria merecimento. Deus não quer os males deste mundo; tolera-os.

Jesus percorreu os caminhos da nossa terra, para nos ensinar e ajudar a percorrê-los como bons filhos do Pai que está nos Céus.

 

c) O Espírito Santo conduz-nos à santidade. «Irmãos: Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco

Yuri Gagarin, russo, ao serviço da União Soviética, foi o primeiro astronauta que viajou no espaço. O comunismo internacional apressou-se a apresentá-lo como um ateu militante que tinha afirmado que não vira Deus no espaço. Esta atoarda de mau gosto nasceu de uma frase infeliz de Krutschev num discurso em que afirmava isto esmo, não dito pelo astronauta, mas como conclusão tirada por ele.

A verdade é muito diferente. Gagarin era um crente fervoroso e quis baptizar a filha antes desta viagem famosa ao espaço. Manteve-se sempre fiel ao cristianismo, apesar do ambiente ateu. Mas a informação soviética ocultou sempre esta verdade, porque destoava das suas mentiras.

S. Paulo oferece-nos um programa de vida para bem percorrermos este caminho de santidade: «Sede alegres, trabalhai pela vossa perfeição, animai-vos uns aos outros, tende os mesmos sentimentos, vivei em paz. E o Deus do amor e da paz estará convosco.» (I Cor 13, 11-13).

A Liturgia coloca a solenidade da Santíssima Trindade — meta e prémio da nossa vida na terra — neste recomeço do Tempo Comum, para nos animar a viver com generosidade a vocação cristã.

Deixou-nos, na Igreja, os meios de santificação: a Palavra de Deus e os Sacramentos.

É na celebração do Domingo que está centrada a nossa caminhada para o Céu.

Jesus encontra-Se connosco pessoalmente, para nos iluminar com a Sua Palavra e nos alimentar com o Seu Corpo e Sangue.

Além disso, edificamo-nos e entusiasmamo-nos mutuamente pela profissão da mesma fé e pela comunhão nos mesmo cânticos.

Levemos a devoção à Santíssima Trindade para a nossa vida.

• Não profanemos o Templo da Santíssima Trindade que somos, pelo pecado.

• Recolhamo-nos em nosso interior para recebermos luz e coragem nas dificuldades e desânimos da vida.

• Imitemos o Pastorinhos de Fátima, rezando a oração que o Anjo de Portugal lhes ensinou.

• Vivamos felizes fomentando a intimidade com a Santíssima Trindade. Antecipamos deste modo a felicidade que nos espera no Céu.

Connosco está Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa Mãe, Filha de Deus Pai, Mãe de Deus Filho, Esposa de Deus Espírito Santo e Templo vivo da Santíssima Trindade.

 

Fala o Santo Padre

 

«A comunidade cristã, mesmo com todos os limites humanos,

pode tornar-se um reflexo da comunhão da Trindade, da sua bondade, da sua beleza.»

As Leituras bíblicas deste domingo, solenidade da Santíssima Trindade, ajudam-nos a entrar no mistério da identidade de Deus. A segunda Leitura apresenta as palavras de bons votos que São Paulo dirige à comunidade de Corinto: «A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós» (2 Cor 13, 13). Esta — digamos — «bênção» do Apóstolo é fruto da sua experiência pessoal do amor de Deus, daquele amor que Cristo ressuscitado lhe revelou, que transformou a sua vida e o «estimulou» a levar o Evangelho aos gentios. A partir daquela sua experiência de graça, Paulo pode exortar os cristãos com estas palavras: «regozijai-vos, sede perfeitos, consolai-vos uns aos outros, [...] vivei em paz». A comunidade cristã, mesmo com todos os limites humanos, pode tornar-se um reflexo da comunhão da Trindade, da sua bondade, da sua beleza. Mas isto — como testemunha o próprio Paulo — passa necessariamente através da experiência da misericórdia de Deus, do seu perdão.

Foi o que aconteceu com os hebreus no caminho do êxodo. Quando o povo infringiu a aliança, Deus apresentou-se a Moisés na nuvem para renovar o pacto, proclamando o próprio nome e o seu significado. Diz assim: «o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade» (Êx 34, 6). Este nome expressa que Deus não está distante nem fechado em si mesmo, mas é Vida que se quer comunicar, é abertura, é Amor que resgata o homem da infidelidade. Deus é «misericordioso», «piedoso» e «rico de graça» porque se oferece a nós para superar os nossos limites e as nossas faltas, para perdoar os nossos erros, para nos reconduzir pela via da justiça e da verdade. Esta revelação de Deus chegou ao seu cumprimento no Novo Testamento graças à palavra de Cristo e à sua missão de salvação. Jesus manifestou-nos o rosto de Deus, Uno na substância e Trino nas pessoas; Deus é tudo e só Amor, numa relação subsistente que tudo cria, redime e santifica: Pai e Filho e Espírito Santo.

E o Evangelho de hoje «chama em questão» Nicodemos, o qual, mesmo ocupando um lugar importante na comunidade religiosa e civil da época, não deixou de procurar Deus. Não pensou: «Estou realizado», não deixou de procurar Deus; e agora ouviu o eco da sua voz em Jesus. No diálogo noturno com o Nazareno, Nicodemos compreende finalmente que já foi procurado e esperado por Deus, que é amado pessoalmente por Ele. Deus procura-nos sempre primeiro, aguarda-nos primeiro, ama-nos primeiro. É como a flor da amendoeira; o Profeta diz: «Floresce primeiro» (cf. Jr 1, 11-12). Com efeito, assim fala Jesus: «Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16). O que é esta vida eterna? É o amor desmedido e gratuito do Pai que Jesus doou na cruz, oferecendo a sua vida pela nossa salvação. E este amor com a ação do Espírito Santo irradiou uma luz nova sobre a terra em cada coração humano que o acolhe; uma luz que revela os ângulos obscuros, as dificuldades que nos impedem de levar os frutos da caridade e da misericórdia.

Nos ajude a Virgem Maria a entrar cada vez mais, totalmente, na Comunhão trinitária, para viver e testemunhar o amor que dá sentido à nossa existência.

Papa Francisco, Angelus, Praça de São Pedro, 11 de Junho de 2017

 

 

Oração Universal

 

Irmãos e irmãs:

«O Senhor, o Senhor é um Deus clemente e compassivo,

– como proclamou diante de Moisés no monte Sinai –

sem pressa para Se indignar cheio de misericórdia e fidelidade».

Animados por esta certeza, apresentemos-Lhe nesta Celebração

as necessidades da Igreja e do mundo inteiro, dizendo (cantando):

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

1. Pela santa Igreja, povo convocado e reunido por Deus Pai,

    por mediação de Cristo, na comunhão do mesmo Espírito,

    para que seja na terra o sinal vivo do amor do nosso Deus,

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

2. Pelos responsáveis no governo das nações de toda a terra,

    para que atendam sobretudo os mais humildes e os pobres

    e trabalhem pela paz e pela justiça, e pela igualdade social,

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

3. Pelo Santo Padre, pelos Bispos, Presbíteros e Diáconos,

    para que o Senhor abençoe os seus esforços pastorais

    e os leve ao encontro dos mais carenciados na luz da fé,

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

4. Pelo este mundo, por quem o Pai entregou o seu Filho,

    para que todo o homem que n’Ele acredita não pereça,

    mas tenha a vida eterna, na alegria, na paz e luz do Céu, 

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

5. Pelos que sofrem ou desesperam, sem qualquer ajuda,

    para que encontrem junto de si alguém que os socorra,

    animando-os a contar sempre com Deus em suas vidas,

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

6. Por todas as pessoas da nossa comunidade (paroquial),

    para que Deus, clemente e compassivo e misericordioso,

    as torne mais atentas e fraternas para com os mais pobres,

    oremos ao Pai, pelo Filho, no Espírito Santo.

 

    Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

 

Deus Pai, clemente e compassivo, cheio de misericórdia,

que, por vosso Filho, nos enviastes o Espírito Santo,

ouvi as orações do vosso povo que a Vós recorre

e dai-lhe a alegria de ser atendido em seus desejos.

Por Cristo, nosso Senhor.

 

 

Liturgia Eucarística

 

Introdução

 

A Santíssima Eucaristia é obra das Três Pessoas da Santíssima Trindade. O Pai criou o pão e o vinho que levamos ao Altar, o Filho ofereceu ao Pai o único sacrifício que Lhe é agradável e que renovamos sobre o altar; e o Espírito Santo dá ao sacerdote o poder de transubstanciar este pão e este vinho no Seu Corpo e Sangue.

 

Cântico do ofertório: Deus de Eterna Glória – da Missa alemã, F. Schubert, NRMS, 107

 

Oração sobre as oblatas: Santificai, Senhor, os dons sobre os quais invocamos o vosso santo nome e, por este divino sacramento, fazei de nós mesmos uma oblação eterna para vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

 

Prefácio

 

O mistério da Santíssima Trindade

 

v. O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

 

V. Corações ao alto.

R. O nosso coração está em Deus.

 

V. Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

R. É nosso dever, é nossa salvação.

 

Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte:

Com o vosso Filho Unigénito e o Espírito Santo, sois um só Deus, um só Senhor, não na unidade de uma só pessoa, mas na trindade de uma só natureza. Tudo quanto revelastes àcerca da vossa glória, nós o acreditamos também, sem diferença alguma, do vosso Filho e do Espírito Santo. Professando a nossa fé na verdadeira e sempiterna divindade, adoramos as três Pessoas distintas, a sua essência única e a sua igual majestade.

Por isso Vos louvam os Anjos e os Arcanjos, os Querubins e os Serafins, que Vos aclamam sem cessar, cantando numa só voz:

 

Santo, Santo, Santo.

 

Santo: F. Silva, NRMS, 14

 

Saudação da Paz

 

Deus quer estabelecer um Reino de Paz no mundo, mas ele deve nascer e desenvolver-se no coração de cada um de nós.

Com o desejo de que esta maravilha aconteça,

 

Saudai-vos na paz de Cristo!

 

Monição da Comunhão

 

Quando tivermos comungado sacramentalmente o Senhor, agradeçamos-Lhe esta condescendência divina e repitamos-Lhe a Oração que o Anjo da Guarda de Portugal ensinou aos Pastorinhos:

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”.

 

“Meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam".

 

Cântico da Comunhão: Glória ao Pai que nos criou – C. Sila, OC, pg128

cf. Gal 4, 6

Antífona da comunhão: Porque somos filhos de Deus, Ele enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: Abba, Pai.

 

Cântico de acção de graças: Louvor e Glória a Vos para sempre – M. Faria NRMS, 21

 

Oração depois da comunhão: Ao professarmos a nossa fé na Trindade Santíssima e na sua indivisível Unidade, concedei-nos, Senhor nosso Deus, que a participação neste divino sacramento nos alcance a saúde do corpo e da alma. Por Nosso Senhor...

 

 

Ritos Finais

 

Monição final

 

Lembremo-nos muitas vezes desta verdade consoladora: somos Templos vivos da Santíssima Trindade,

 

Cântico final: Com a bênção do Pai, – J. Santos, NRMS, 38

 

 

Homilias Feriais

 

10ª SEMANA:

 

2ª Feira, 8-VI: A Palavra de Deus e as bem-aventuranças.

1 Reis 17, 1-6 / Mt  5, 1-12

Bem-aventurados os pobres... Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos céus a vossa recompensa.

As bem-aventuranças são um retrato do rosto de Jesus. São promessas que dão esperança no meio das tribulações; anunciam aos discípulos as bênçãos e recompensas já obscuramente adquiridas; que foram inauguradas na vida de Nossa Senhora e dos Santos. Procuremos aprender a ser felizes com estas 'infelicidades' (EV).

O profeta Elias recebeu igualmente da parte de Deus uma promessa de que não ficaria sem alimento (LT). Bastou-lhe cumprir a vontade do Senhor. O Senhor é quem te guarda, o Senhor está a teu lado. O Senhor vela pela tua vida (SR).

 

3ª Feira 9-VI: A Palavra de Deus e o modo de viver a fé.

1 Reis 17, 7-16 / Mt 5, 13-16

Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas a boas obras.

A luz a que Jesus se refere (EV), é a luz da fé, que deve estar bem viva em cada um de nós, para podermos dar testemunho dela aos outros, e assim possam glorificar a Deus.

O profeta Elias ensinou a viúva de Sarepta a viver de fé na palavra de Deus, que não falta às suas promessas; que não lhe faltaria mais o alimento em sua casa e que não morreriam de fome, nem ela nem o filho (LT). É com esta fé que poderemos acreditar que o sofrimento tem valor salvífico, que está sempre presente na nossa vida. Fazei brilhar sobre nós, a luz do vosso rosto (SR). E assim, ao verem as vossas boas obras, glorificarão o vosso Pai que está nos Céus (EV).

 

 

 

 

 

 

Celebração e Homilia:   Fernando Silva

Nota Exegética: Geraldo Morujão

Homilias Feriais:           Nuno Romão

Sugestão Musical:        José Carlos Azevedo

 


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