3º Domingo do Advento
12 de Dezembro de 2004
RITOS INICIAIS
Cântico de entrada: O Senhor virá no esplendor, Az. Oliveira, NRMS 54
cf. Filip 4, 4.5
Antífona de entrada: Alegrai-vos sempre no Senhor. Exultai de alegria: o
Senhor está perto.
Não se diz o
Glória.
Introdução ao espírito da Celebração
O tema deste Domingo é alegria. Pela Encarnação Deus
vem habitar com a humanidade. Alegremo-nos! O Senhor está próximo. Dentro de
dias celebraremos o Natal de Jesus, o Emanuel, o Deus connosco.
Oração colecta: Deus de infinita bondade, que vedes o vosso povo
esperar fielmente o Natal do Senhor, fazei-nos chegar às solenidades da nossa
salvação e celebrá-las com renovada alegria. Por Nosso Senhor...
Liturgia da Palavra
Primeira Leitura
Monição: Nesta página bíblica o profeta descreve a alegria do
Povo de Israel que regressa do cativeiro de Babilónia. A restauração de Judá e
da cidade Santa de Jerusalém é obra de Deus que vem salvar o seu povo. A
alegria messiânica será maior, pois Jesus vem para restaurar toda a humanidade.
Isaías 35,
1-6a.10
1Alegrem-se
o deserto e o descampado, rejubile e floresça a terra árida, 2cubra-se
de flores como o narciso, exulte com brados de alegria. Ser-lhe-á dada a glória
do Líbano, o esplendor do Carmelo e do Sáron. Verão a glória do Senhor, o
esplendor do nosso Deus. 3Fortalecei as mãos fatigadas e robustecei
os joelhos vacilantes. 4Dizei aos corações perturbados: «Tende coragem,
não temais: Aí está o vosso Deus, vem para fazer justiça e dar a recompensa.
Ele próprio vem salvar-vos». 5Então se abrirão os olhos dos cegos e
se desimpedirão os ouvidos dos surdos. 6aEntão o coxo saltará como
um veado e a língua do mudo cantará de alegria. 10Voltarão os que o
Senhor libertar, hão-de chegar a Sião com brados de alegria, com eterna
felicidade a iluminar-lhes o rosto. Reinarão o prazer e o contentamento e
acabarão a dor e os gemidos.
Este texto não se limita a descrever poeticamente a alegria e felicidade dos judeus retornados do exílio, uma alegria a que a própria natureza se associa (vv. 1-2). A passagem tem um colorido messiânico e escatológico: os vv. 5-6 cumprem-se à letra com a vinda de Cristo (cf. Evangelho de hoje, Mt 11, 5); «o prazer e o contentamento» perpétuos e sem mistura de «dor e gemidos» (v. 10) tiveram o seu começo com Jesus Cristo, mas mais num sentido espiritual; a sua consumação e plenitude está reservada para o fim dos tempos, na escatologia (cf. Apoc 7, 16-17; 21, 2-4).
Salmo Responsorial Salmo 145 (146), 7.8-9a.9bc-10 (R. cf. Is
35, 4)
Monição: O Salmo 145 é um hino de louvor à bondade divina,
que usa de compaixão para com os fracos, os órfãos e as viúvas. Com os crentes
que há mais de três mil anos rezaram a Deus com as palavras deste salmo,
peçamos nós também: vinde, Senhor e salvai-nos!
Refrão: Vinde, Senhor, e salvai-nos!
Ou: Aleluia!
O Senhor faz justiça aos oprimidos,
dá pão aos que têm fome
e a liberdade aos cativos.
O Senhor ilumina os olhos dos cegos,
o Senhor levanta os abatidos,
o Senhor ama os justos.
O Senhor protege os peregrinos,
ampara o órfão e a viúva
e entrava o caminho aos pecadores.
O Senhor reina eternamente.
o teu Deus, ó Sião,
é rei por todas as gerações.
Segunda Leitura
Monição: Esperamos a vinda do Senhor com toda a paciência,
tal com os agricultores esperam as chuvas que fecundam a terra.
São Tiago
5, 7-10
Irmãos: 7Esperai com paciência a vinda do
Senhor. Vede como o agricultor espera pacientemente o precioso fruto da terra,
aguardando a chuva temporã e a tardia. 8Sede pacientes, vós também,
e fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 9Não
vos queixeis uns dos outros, a fim de não serdes julgados. Eis que o Juiz está
à porta. 10Irmãos, tomai como modelos de sofrimento e de paciência
os profetas, que falaram em nome do Senhor.
Os temas da leitura são a paciência e a vinda do Senhor. A paciência, virtude eminentemente cristã em que a carta insiste (cf. Tg 1, 2-4.12), não significa uma passividade em face das injustiças, mas perseverança na fidelidade ao Senhor, na certeza de que Ele virá como Juiz remunerador; não é uma indiferença estóica perante a dor, a contrariedade e a opressão, mas é sofrer com Cristo, unindo os sofrimentos próprios à sua Paixão redentora.
7 «Como o agricultor espera pacientemente…»: temos aqui uma bela comparação tirada da vida agrícola; com efeito, na Palestina, onde chove muito pouco, todo o agricultor anseia pelas chuvas que costumam vir sobretudo em duas épocas (cf. Jr 5,24) as chuvas temporãs (Outubro-Novembro: as chamadas yoreh ou moreh), que preparam a terra para as sementeiras, e as tardias (Março-Abril: em hebraico malqox), que garantem uma boa colheita.
9 «Eis que o Juiz está à porta»: o Senhor cuja «vinda está próxima» (v. 8), é como se estivesse já em frente da nossa porta, pronto a bater e a entrar. Esta vinda do Justo Juiz no final dos tempos, antecipa-se para cada um à hora da morte. Esta vinda será terrível para os que confiaram em si mesmos e nas suas riquezas, tantas vezes iniquamente adquiridas (cf. Tg 5, 1-6), mas será libertadora para os bons cristãos. Talvez haja aqui uma referência à eminente destruição de Jerusalém, com a vinda do Juiz divino (cf. Mc 13, 29) que libertará os cristãos palestinos da opressão de maus senhores judeus.
Aclamação ao Evangelho Is 61, 1 (cf. Lc 4, 18)
Monição: «Ide contar a João Baptista: os cegos vêem, os coxos
andam, os surdos são curados, os mortos ressuscitam, a Boa Nova é anunciada aos
pobres!» Quanta alegria terá sentido João Baptista, sendo confirmado na sua fé!
Jesus é Enviado de Deus. Vem libertar a humanidade!
De pé, escutemos com alegria o Evangelho e cantemos
aleluia!
Aleluia
O Espírito do Senhor está sobre mim:
enviou-me a anunciar a boa nova aos pobres.
Cântico: M. Faria, NRMS 16
Evangelho
São Mateus
11, 2-11
Naquele tempo, 2João Baptista ouviu falar,
na prisão, das obras de Cristo e mandou-Lhe dizer pelos discípulos: 3«És
Tu Aquele que há-de vir ou devemos esperar outro?» 4Jesus
respondeu-lhes: «Ide contar a João o que vedes e ouvis: 5os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres. 6E bem-aventurado
aquele que não encontrar em Mim motivo de escândalo». 7Quando os
mensageiros partiram, Jesus começou a falar de João às multidões: «Que fostes
ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? 8Então que fostes ver?
Um homem vestido com roupas delicadas? Mas aqueles que usam roupas delicadas
encontram-se nos palácios dos reis. 9Que fostes ver então? Um
profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais que profeta. 10É dele que está
escrito: ‘Vou enviar à tua frente o meu mensageiro, para te preparar o
caminho’. 11Em verdade vos digo: Entre os filhos de mulher, não
apareceu ninguém maior do que João Baptista. Mas o menor no reino dos Céus é
maior do que ele».
2-3 A pergunta que faz João, agrilhoado nas masmorras da fortaleza de Maqueronte situado nos rochedos da margem oriental do Mar Morto, parece ser uma pergunta destinada a encaminhar para Jesus alguns discípulos mais apegados ao Baptista e que ainda não aceitavam Jesus como Messias. É pois uma pergunta pedagógica. Dificilmente se pode entender como uma dúvida de fé do próprio Baptista, em face do que se conta em Mateus 3, 16 e João 1, 29-34.
5 A resposta de Jesus apoia-se especialmente no cumprimento das profecias de Isaías (Is 35, 5, cf. 1.ª Leit. de hoje, e 60, 1).
6 Jesus torna-se um empecilho, «um motivo de escândalo», um tropeço, para aqueles que se aferravam à ideia de um Messias glorioso, um rei terreno poderoso. A imagem que Jesus deixa de Si nos que O vêem é a da humildade despretensiosa: Jesus oculta o que é na realidade.
11 Esta superioridade e inferioridade não se refere à santidade pessoal, mas à dignidade: João tem um ministério superior ao dos próprios profetas, pois lhe cabe apresentar directa e pessoalmente a Cristo; mas, uma vez que a Nova Lei é de uma ordem superior, nela o último em dignidade supera o mais digno da Lei Antiga. E João, enquanto preparador e anunciador da vinda do Messias, pertence à Antiga Lei.
Sugestões para a homilia
Jesus, o Messias
anunciado
A vinda do Senhor
Jesus, o Messias anunciado
A primeira leitura descreve a alegria do regresso do
cativeiro do povo Hebreu. Exilado em Babilónia durante 70 anos, finalmente vai
poder regressar a Sião. Que alegria! Os israelitas poderiam exclamar: «É Deus,
o próprio Deus que vem salvar-nos!» Até a natureza exulta e se cobre de flores
para robustecer a esperança dos vacilantes e dar coragem aos que tinham o
coração desanimado.
Nos dias do Messias, anuncia o Profeta, o
contentamento será ainda maior! O Messias «há-de abrir os olhos dos cegos,
descerrar os ouvidos dos surdos, os coxos saltarão como os veados» e os lábios
dos mudos entoarão cânticos de alegria.
João Baptista, veio preparar os caminhos do Senhor.
Foi preso pelo rei Herodes. Os seus amigos falam-lhe dos milagres que Jesus vem
realizando e fica com a certeza de que em Jesus se cumprem as profecias. O
Messias vem libertar a humanidade não só das doenças, mas sobretudo da
escravidão do pecado. Os milagres são sinais do Reino de Deus que se
caracteriza como sendo um tempo de perdão e de graça, de misericórdia e de
redenção para toda a humanidade. Verdadeiramente «é Deus, o próprio Deus que
vem salvar-nos.»
A vinda do Senhor
Os cristãos durante o tempo
de Advento esperam paciente e jubilosamente a vinda de Jesus. Já veio na
humildade de uma simples criança. Virá de novo no fim dos tempos. Aguardamos a
sua vinda gloriosa e festejamos o aniversário da sua primeira vinda. Esperamos
o Senhor até Ele aparecer! Vem, Senhor Jesus, ó vem de pressa! É este um dos
cânticos entoados nas Igrejas, durante o tempo de Advento.
«Dai firmeza aos vossos
corações, pois a vinda do Senhor está próxima», escrevia S. Tiago aos cristãos
do seu tempo. A proximidade do Natal empresta à Liturgia deste Domingo uma
alegria festiva. A humanidade canta a gratidão por todos benefícios que a
Encarnação do Verbo nos trouxe. Cumpriram-se as profecias e estamos cheios de
consolação. Com o profeta Isaías podemos nós também hoje anunciar com voz de
júbilo aos corações desanimados: «tende coragem!» Aí vem o desejado das nações!
«É Deus o próprio Deus que vem salvar-nos!»
Em comunhão com o povo da
Antiga Aliança e com toda a Igreja dos nossos dias supliquemos com as palavras
do salmista: «vinde, Senhor e salvai-nos!»
Fala o Santo Padre
«O Advento convida-nos ao júbilo e à alegria, porque
já está próximo o encontro com o Salvador.»
1. «Alegrem-se o
deserto e a terra seca, o campo floresça de alegria» (Is 35, 1).
Um insistente convite à alegria caracteriza a liturgia deste terceiro domingo
de Advento, chamado domingo "Gaudete", porque a palavra «Gaudete» é, precisamente, a primeira da
antífona de entrada. «Alegrai-vos», «regozijai-vos»! Ao lado da vigilância, da
oração e da caridade, o Advento convida-nos ao júbilo e à alegria, porque já
está próximo o encontro com o Salvador.
Na primeira leitura, que escutámos há pouco,
encontrámos um verdadeiro hino à alegria. O profeta Isaías preanuncia os
prodígios que o Senhor realizará em favor do seu povo, libertando-o da
escravidão e reconduzindo-os à pátria. Com a sua vinda, realizar-se-á como que
um novo e mais importante êxodo, que fará reviver em pleno o júbilo da comunhão
com Deus. Para todos os que estão desencorajados e desconfiados ressoa a «boa
notícia» da salvação: «os resgatados de Javé sentirão uma alegria sem fim e
a tristeza e o pranto fugirão» (cf Is 35, 10).
2. «Coragem! Não tenhais medo; eis o vosso Deus...
Ele vem salvar-vos» (Is 35, 4). Quanta confiança infunde esta
profecia messiânica, que deixa entrever a verdadeira e definitiva libertação,
realizada por Jesus Cristo. Com efeito, na página evangélica que foi proclamada
nesta nossa assembleia, Jesus, respondendo à pergunta dos discípulos de João
Baptista, aplica a si próprio o que Isaías tinha afirmado: é Ele o Messias
esperado. «Ide diz Ele contar a João o que vedes e ouvis: os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos
ressuscitam e a Boa Nova é anunciada aos pobres» (Mt 11, 4-5).
Está aqui a razão profunda da nossa alegria: Em
Cristo completou-se o tempo da espera. Deus realizou, finalmente, a salvação
para todo o homem e para toda a humanidade. Com esta íntima convicção,
preparamo-nos para celebrar a festa do Santo Natal, acontecimento
extraordinário que reacende nos nossos corações a esperança e a alegria
espiritual. […]
7. «Sede pacientes até à vinda do Senhor» (Ti
5, 7). O Advento convida-nos à alegria, mas, ao mesmo tempo, exorta-nos a
esperar com paciência a vinda do Salvador que está próxima. Convida-nos a não
desanimarmos, resistindo a todo o tipo de adversidades, certos de que o Senhor
não tardará a chegar.
Esta paciência vigilante, como sublinha o apóstolo
Tiago na segunda Leitura, favorece a consolidação de sentimentos fraternos na
Comunidade cristã. Reconhecendo-se pequenos, pobres e necessitados da ajuda de
Deus, os crentes unem-se entre si para acolher o seu Messias que está para vir.
Ele virá no silêncio, na humildade e na pobreza do Presépio e dará a sua
alegria a quem lhe abrir o coração.
Avancemos, portanto, com espírito alegre e generoso
para o Natal. Façamos nossos os sentimentos de Maria, que esperou o Redentor na
oração e no silêncio e lhe preparou com cuidado o nascimento em Belém.
João Paulo II, na Paróquia
Romana de Sta. Maria Josefa, 16 de Dezembro de 2001
Oração Universal
Irmãos, cheios de alegria pela proximidade do Natal
de Jesus,
oremos com toda a confiança:
Vinde, Senhor Jesus.
1. Pela Santa
Igreja de Deus:
para que anuncie que Jesus Cristo é o
único Salvador,
oremos, irmãos.
2. Pelos governantes das nações:
para que promulguem leis justas
que favoreçam a paz, a concórdia e o
trabalho,
oremos, irmãos.
3. Pelos
pobres, pelos órfãos e pelas viúvas,
para que nunca lhes falte o pão de
cada dia,
oremos, irmãos.
4. Pelos fiéis defuntos
para que o Deus Menino lhes dê a
alegria do seu reino,
oremos,
irmãos.
Senhor nosso
Deus, e nosso Pai, fazei-nos esperar com santa alegria
a vinda de Jesus
Cristo vosso Filho. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
Liturgia Eucarística
Cântico do ofertório: Quando virá Senhor o dia, NRMS 39
Oração sobre as oblatas: Fazei, Senhor, que a oblação deste sacrifício se
renove sempre na vossa Igreja, de modo que a celebração do mistério por Vós
instituído realize em nós plenamente a obra da salvação. Por Nosso Senhor...
Prefácio do Advento I: p. 453 [586-698] ou II p. 455
[588-700]
Santo: A. Cartageno, Suplemento ao CT
Monição da Comunhão
Os profetas anunciaram e desejaram ardentemente a
vinda do Salvador. A Virgem Mãe esperou com inefável amor o nascimento do Deus
Menino. Desejemos nós também amorosamente a vinda de Jesus ao nosso coração.
Cântico da Comunhão: Eu estou, à porta chamo, F. da Silva, NRMS 22
cf. Is 35, 4
Antífona da comunhão: Dizei aos desanimados: Tende coragem e não temais.
Eis o nosso Deus que vem salvar-nos.
Oração depois da comunhão: Concedei, Senhor, pela vossa bondade, que este
divino sacramento nos livre do pecado e nos prepare para as festas que se
aproximam. Por Nosso Senhor...
Ritos Finais
Monição final
A alegria do Natal passa não só pelas preparações
exteriores que fazemos nas casas, nas igrejas e nas ruas, mas deve passar
também pelo acolhimento que fazemos a Jesus na pessoa dos pobres. Com Nossa
Senhora e S. José preparemos o presépio do nosso coração onde Jesus sinta o
calor do nosso amor fraterno.
Cântico final: Não demoreis, ó Salvador, M. Borda, NRMS 31
Homilias Feriais
3ª SEMANA
2ª feira, 13-XII: O Sacrário: a luz do mundo.
Num 24,
2-7. 15-17 / Mt 21, 23-27
(Balaão): Eu vejo, mas não para já, e
avisto, mas não de perto: um Astro sai de Jacob e um ceptro se ergue de Israel.
Balaão, inspirado pelo Espírito de Deus, anuncia o
aparecimento de um Astro (cf. Leit.), que é a estrela vista pelos Magos e que
os conduziu até Jesus (cf. CIC, 528).
Jesus é a «luz do mundo» (Jo 8, 12), que começou por atrair os Apóstolos e continua a brilhar
diante de cada um de nós. Ele aproxima-se do mundo para dissipar as trevas; e
de cada um de nós para dar sentido a tudo o que fazemos: ao trabalho, ao
descanso, às dores e alegrias... As lamparinas acesas junto de cada Sacrário
indicam-nos a presença da luz do mundo.
3ª feira, 14-XII: A Missa e a vontade de Deus.
Sof 3, 1-2.
9-13 / Mt 21, 28-32
Ai da cidade rebelde e impura, ai da
cidade violenta! Não escutou nenhum apelo, nem aceitou qualquer aviso!
O profeta transmite uma queixa do Senhor: que a
cidade não lhe fez caso (cf. Leit.). Também Jesus tem pena de que os sumos
sacerdotes e os anciãos não tenham dado crédito a João Baptista, e ficaram
representados pelo filho que disse que ia trabalhar na vinha e, de facto, não
foi (cf. Ev.).
Pelo contrário, Jesus humilhou-se, tornando-se
obediente até à morte e morte de Cruz (cf. Fil
2, 1-11). Na Missa, Jesus convida-nos a beber o mesmo cálice – de entrega plena
ao cumprimento da vontade do Pai – que Ele bebeu. Estamos dispostos a cumprir
sempre a vontade do nosso Pai Deus?
4ª feira, 15-XII: O sacrário: fonte de água
cristalina.
Is 45, 6-8.
18. 21-25 / Lc 7, 19-23
Ó céus, mandai o orvalho lá do alto, e
as nuvens derramem a justiça; abra-se a terra, floresça a salvação...
É uma profecia claramente messiânica (cf. Leit.), tal
como o Salmo: Ó céus, dai-nos o justo, como orvalho
(S. 84).
Jesus ficou na Sagrada Eucaristia. E nós
encontramo-lo no Sacrário e ali podemos falar com Ele: «Que faremos, perguntais
algumas vezes, na presença de Deus sacramentado? Amá-l'O, louvá-l'O,
agradecer-lhe e pedir-lhe. Que faz uma pessoa sedenta à vista de uma fonte
cristalina?» (S. Afonso M. Ligório). E o orvalho divino derrama-se sobre a
nossa alma, enchendo-nos de graça, fortaleza e paz.
5ª feira, 16-XII: O Cordeiro de Deus.
Is
54, 1-10 / Lc 7, 24-30
É aquele de quem está escrito: vou
mandar-te à frente o meu mensageiro, que há-de preparar-te o caminho diante de
ti.
João Baptista é uma das grandes figuras do Advento,
pois foi enviado para preparar os caminhos do Senhor (cf. Ev.). Cada um de nós
tem que dar testemunho de Cristo: «grande é a nossa responsabilidade: porque
ser testemunho de Cristo pressupõe, antes de mais, procurar comportar-nos de
acordo com a sua doutrina, lutar para que a nossa conduta relembre Jesus,
evoque a sua figura amabilíssima» (Cristo que passa, 122).
João Baptista também nos indica o Cordeiro de Deus, o
verdadeiro cordeiro, Cristo, vítima no sacrifício do Calvário, para benefício
de toda a humanidade.
6ª feira, 17-XII: Invocar o nome de Jesus.
Gen 49, 2.
8-10 / Mt 1, 1-17
O ceptro não há-de fugir a Judá... até
que venha aquele que lhe tem direito e a quem os povos hão-de obedecer.
Jacob anuncia aos seus filhos a vinda do Messias (cf.
Leit.). E é precisamente da sua descendência que ele será gerado: «José, Esposo
de Maria, do qual nasceu Jesus» (Ev.).
O nome de Jesus quer dizer «Deus salva». A Ele
havemos de recorrer muitas vezes: «Que o teu nome, Jesus, esteja sempre no
fundo do meu coração e ao alcance das minhas mãos, a fim de que todos os meus
afectos e as minhas acções a ti sejam dirigidos» (S. Bernardo). Também o
podemos invocar na Eucaristia: «Ó doce pelicano! Ó bom Jesus! Lava-me com o teu
sangue, a mim, imundo» (Adoro te devote).
Sábado, 18-XII: José, exemplo de comunhão de vida com
Jesus.
Jer 23, 5-8
/ Mt 1, 18-25
Dias virão em que farei surgir para David um rebento justo.
Será um verdadeiro rei e agirá com sabedoria.
Jeremias anuncia a vinda do Salvador, como
descendente messiânico de David (cf. Leit. e CIC, 437). É José, filho de David,
que receberá a mensagem do Anjo, que lhe comunica o nascimento de Jesus (cf.
Ev.).
Agora também lhe é confiada a protecção da Igreja: «a
luz da figura piedosa de S. José difunde os seus raios benéficos na casa de
Deus, que é a Igreja» (Paulo VI). É um exemplo de comunhão de vida com Jesus e
Maria: «o santo mais afortunado de todos pela sua grande comunhão de vida com
Cristo e Maria, pelo seu serviço a Cristo, pelo seu serviço por amor» (Paulo
VI).
Celebração e Homilia: José Roque
Nota
Exegética: Geraldo Morujão
Homilias
Feriais: Nuno Romão
Sugestão Musical: Duarte Nuno Rocha